Capítulo 27

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Mariana

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Mariana

Virei minha cabeça pra ele, o- olhando de imeadiato, que encarava a parede.

— Você quer me proteger? — perguntei baixo, me aproximando.

— É, mas tu não me ajuda — franziu a testa.

— Eu não fiz nada! — revirei os olhos, já irritada.

— Não tô dizendo que tu é culpada, Mariana — ele passou uma mão pelo cabelo — Só não era pra tu ter ficado sozinha lá. — deu um passo, se aproximando de mim.

— Eu preciso andar com segurança até pra beber uma água, agora? — franzi as sobrancelhas.Minha cabeça estava levemente inclinada pra cima, olhando Gustavo nos olhos enquanto nossos rostos estavam próximos.

— Não precisa de segurança, porra.Tô aqui pra você — falou, olhando pra mim e me tirando um sorriso mínimo — Só não quero que tu fique dando mole, tem uns que querem ir pra cima mesmo.

— Certo, regras de segurança cravadas na minha mente.Mais alguma coisa? —ironizei.

— Também não era pra ter ficado com o Zé. — voltou no assunto, levando uma das suas mãos até minha nuca, emaranhando meu cabelo na sua mão e segurando, me mantendo parada na sua frente.

— Por que isso te incomoda? — minha voz saiu baixa, enquanto ainda nos encarávamos.

Ele soltou uma risada baixa, um tento debochada, negando coma  cabeça.

— Baixa tua bola — sua mão continuava segurando meu cabelo, enquanto seus olhos esquadrinhavam meu rosto.

— Incomoda não? — franzi a sobrancelha, duvidando.

— Nem um pouco. — respondeu ríspido, caindo seus olhos pra minha boca sem discrição nenhuma, me tirando um sorriso convencido.Gustavo revirou os olhos, bufando.

— Eu duvido — sussurrei perto da sua boca, sentindo um leve puxão no meu cabelo, então o GN colou nossas bocas.

Segurei na nuca dele enquanto Gustavo apertava minha cintura, me puxando pra cada vez mais perto.O beijo era intenso e cheio de urgência.

Puxei uns fios do cabelo do GN, enquanto ele apalpava minha bunda.Desci minha mão até seu peitoral, fazendo carinho, e então descendo mais, até sua barriga.

A mão do Gustavo voltou a segurar meu cabelo com força e, enquanto ainda nos beijávamos, ele soltou um suspiro ao sentir meus dedos deslizando pela sua barriga.

Ele segurou minha cintura enquanto dava alguns passos pra frente, me fazendo dar alguns pra trás, e então senti minhas costas se chocarem na parede.

— O que tu faz comigo? — sussurrou no meu ouvido, apertando minha cintura.

Coloquei uma das minhas pernas envolta da sua cintura e no mesmo momento ele segurou nas minhas coxas, fazendo com que eu ficasse no seu colo.

O nosso beijo ficava cada vez mais intenso, e, enquanto nos beijávamos, Gustavo andou até o sofá, ainda me segurando em seu colo.Assim que ele me deitou naquele sofá, eu fiquei completamente apreensiva.Olhei pra ele com um olhar duvidoso, e ele de imeadiato notou meu incômodo, parando na hora.

Gustavo

Aquela garota me dava um puta fogo, o que não faz muito sentido na minha cabeça, já que também vejo a Mariana como a mina mais inocente que não sobreviveria na favela sem os meus cuidados.

Mas o negócio era que ela tinha acabado de passar por um perrengue com um muleque e não queria que ela sentisse medo de novo.

— Tu sabe que quando eu falo que vou te proteger, falo sério né não? — olhei pra ela, que tava com aquela carinha filha da puta que até saí de cima.Tá doido, vai que eu não resisto.

— Eu sei — ela falou meio tímida, ajeitando a roupa, então mordeu o lábio inferior.

— Vou tomar um banho — avisei, dando as costas pra ela enquanto andava —Procura alguma coisa pra tu comer aí, eu  já desço de novo — disse enquanto subia  as escadas sem olhar pra Mariana.Só ouvi o barulho do andar dela até a cozinha, então fui pro meu quarto tomar um banho bem gelado a fim de acalmar meu amigão.

Mariana

Assim que ele subiu, peguei meu celular e fui até a cozinha procurar algo pra comer.Eu realmente estava morta de fome, mas, como previsto, não tinha comida pronta.Alguém faz as compras da semana nessa casa, senhor?

Coloquei Too Much To Ask pra trocar enquanto procurava os ingredientes pra fazer um sanduíche pra mim.Era o básico que eu precisava pra suprir minha fome.

Achei algumas das coisas necessárias e montei meu lanche, enquanto dançava ao som da música lenta tocada no meu celular.

Fui até a geladeira procurar algo pra beber, e, só depois de colocar um pouco de suco no meu copo, reparei na minha platéia exclusiva com um sorriso idiota no rosto.

— Tu dança mal pra carai — Gustavo riu, encostado no batente da porta enquanto me olhava.Seu cabelo estava molhado e só usava uma bermuda.

Me recuperei do susto, terminando de colocar o suco.

— É que a música não favorece muito - expliquei, pegando meu copo — No funk eu arraso —pisquei, colocando o suco em cima da mesa, enquanto ele confirmava com a cabeça e roubava um pedaço do meu sanduíche.

— Por que tu ouve essas músicas? —perguntou, me encarando

— Por que eu gosto, ué.São músicas boas. — peguei o sanduíche da mão dele.

— Dá nem pra dançar com esse som aí.Prova disso foi a porra que eu vi quando cheguei na cozinha — ele fez careta e eu fiz uma falsa cara de ofendida, rindo em seguida.

— Claro que dá pra dançar — olhei pra ele, colocando o sanduíche de volta no prato — Dá pra dançar uma dança lenta.Quer tentar comigo? —ri, olhando pra ele e estendendo minha mão.

— Sem chance —cruzou os braços, negando totalmente a ideia.

— Para, vai - puxei sua mão, fazendo ele chegar perto —É facinho. — falei, sorrindo

— Aham, só que é rídiculo. — reclamou

— Assim — ignorei seu comentário e peguei suas duas mãos, colocando elas posicionadas na minha cintura.  Levei minhas mãos até sua nuca, deixando elas paradas ali, enquanto balançava meu corpo de um lado pro outro.

Gustavo esquadrinhava meu rosto inteiro, enquanto balançávamos desajeitamente de um lado pro outro.Vez ou outra ele resmungava algo baixinho.

— Sei que no fundo você tá gostando, Gustavo — mexi os ombros, num gesto exibido.

— Porra, o que são os bailes da favela perto da animação que é essa dança? —debochou, sorrindo.

— Ah, é? E uma giradinha? Será que você consegue se arriscar em algo mais ousado? — ironizei com um sorriso, enquanto o GN negava com a cabeça rindo, e em seguida me girando ao som da música.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora