Capítulo 21

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Mariana

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Mariana

No momento em que ele perguntou aquilo eu simplesmente travei.Sou virgem, nunca fiz sexo na vida e não imaginei minha primeira vez numa praia deserta com o amigo tarado do meu irmão.

Ao notar minha expressão, Gustavo saiu de cima de mim com rapidez, sentando na areia e recuperando a respiração lenta.

— Qual foi? — perguntou, me olhando ainda deitada.Sentei, ficando do lado dele.

— É que tipo... — olhei pra baixo, brincando com a areia, procurando as palavras pra dizer aquilo da forma menos constrangedora possível.

— Tu é virgem? — ele pareceu adivinhar meus pensamentos.Eu só fiz que "sim" com a cabeça, mordendo o lábio superior.

Ele me olhou sorrindo e mexeu no seu cabelo.

— Uau, então eu ia ser o teu primeiro? — colocou a mão no peito, dramatizando e debochando numa ceninha ridícula — Que honra — sorriu, me fazendo revirar os olhos.

— Você não ia ser meu primeiro — respondi.

— Ué, tu não disse que era virgem? —ele arqueou uma das sobrancelhas, sem entender.

— Uhum — assenti com o cabeça — Mas é que eu não ia transar com você — falei simples, passando minhas mãos uma na outra pra tirar a areia.

— Ah, tu não ia? — Gustavo mordeu o lábio inferior, sorrindo.

— Não — falei e levantei, caminhando até a beira do mar, onde a areia estava molhada.Gustavo me seguiu.

Senti mãos firmes na minha cintura por trás e uma respiração quente no meu pescoço.

— Tu gosta de fazer isso comigo né?— sussurrou no meu ouvido, me fazendo virar e ficar de frente pra ele.Nossos corpos estavam colados.

— Isso o quê?— perguntei, pertinho do rosto dele.

— Me provocar e depois deixar na vontade — coçou a nuca e eu sorri.

— Ah, então você fica na vontade depois? — ri

— Óbvio — me olhou — Sou de ferro? Sou nada — deu de ombros.

Só assenti com a cabeça, fazendo desenhos com os pés na areia molhada.Ficamos quietos por um tempo.Era engraçado saber que eu causava esse tipo de sensações nele.

— Ih Mariana, ó um caranguejo perto do teu pé! — Gustavo me tirou dos devaneios e eu sorri ao ver um siri perto de mim.

— É um siri — corrigi, tentando olhar mais de perto.

— Pra mim é tudo a mesma coisa — ele se aproximou também, parecendo uma criança curiosa.

— Pega pra mim? — virei o rosto pra ele.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora