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Mariana
Acordei disposta a fazer tudo o que tinha que ser feito.Hoje precisaria resolver as coisas da matrícula da faculdade, comprar um presente pro Bruno — porque o aniversário dele estava chegando — e terminar com o Luan.
A última seria com certeza a mais difícil e dolorosa, e mentiria se dissesse que não ponderei mais de uma vez se deveria dar um ponto final no nosso namoro ou não.Mas cheguei a conclusão de que essa incerteza era só por medo de magoá-lo com a minha decisão, não por vontade de continuar sendo sua namorada.
Tomei um café da manhã rápido.Bruno já tinha saído pra trabalhar e Julia pra correr, então eu estava sozinha em casa.Lavei as louças, arrumei o quarto e tomei um banho, pronta pra iniciar o dia.
Liguei pra universidade e separei todos os documentos que me foram solicitados.Aproveitei pra procurar inspirações de presente de aniversário na internet, mas não achei nada muito interessante.Bruno sempre me dava presentes originais e simbólicos, e eu era péssima naquilo.Decidi que passaria no shopping algum dia durante a semana pra procurar algo legal.
Meu telefone começou a tocar e eu vi o nome do Luan no identificador de chamadas.
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Mari: Alô?
Luan: Oi, Mari — disse — Tudo bem?
Mari: Eu tô bem, e você?
Luan: Estou bem, mas você não parece.Por quê sumiu?Não responde as minhas mensagens, essa foi a primeira ligação que atendeu...
Suspirei, sentindo uma pontadinha no peito.
Mari: Tá acontecendo muita coisa, Luan.Uma confusão.Na verdade foi até bom você ter me ligado. — fiz uma pausa — A gente pode se encontrar hoje?Preciso conversar com você.
Luan: Aconteceu algo?
Mari: Mais ou menos.Você pode hoje, tem algum horário livre? — minhas mãos suavam de nervosismo.
Luan: Posso hoje pela tarde.Às 16:00 tá bom pra você?
Mari: Tá ótimo, pode ser 16:00 horas.Aqui em casa mesmo.
Um silêncio constrangedor pairou na ligação.
Luan: Tem certeza de que não quer me falar nada agora?
Mari: Eu prefiro conversar sobre esse assunto pessoalmente, pode ser?
