Capítulo 5

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Mariana

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Mariana

   Subi o morro com Gustavo e Bruno.Ao longo da subida, GN fazia sinais pra mais alguns garotos que nos rodeavam e nos acompanhavam.Aquilo era um pouco confuso pra mim, mas preferi ficar quieta.Minha garganta formava um nó gigante, provavelmente pelo choro preso.Não conseguia acreditar que passaria a viver num lugar assim.

   Logo chegamos em uma casa bem grande, mais afastada da parte central, com certeza uma das únicas luxuosas por ali.Entrei meio sem jeito.

  — Mariana, esses são o Coutinho, Zé e Zureta — apontou para os três garotos na minha frente, que pareciam muito simpáticos — É bom tu andar com eles pra tua própria segurança, as vezes rolam uns conflitos e eles podem te dar proteção — falou olhando no meu olho.

Apenas assenti com a cabeça, sem olhar diretamente pra seu rosto.Eu tinha um pouco de medo do Gustavo, então evitava ao máximo qualquer tipo de contato.Não estava nos meus planos virar amiguinha do maior traficante da favela.

   GN veio até mim, segurando meu rosto com uma mão, fazendo eu olhar pra ele.Ele tá encostando em mim?Mas que porra.

     — Ouviu? — ele disse em tom superior.

    Murmurei um "sim", segurei em seu pulso tirando sua mão do meu rosto.Eu, hein.Peguei minhas coisas e subi as escadas querendo sair logo dali.Senti seu olhar sobre mim, me acompanhando.

                 • • •

Já tinha guardado todas as minhas roupas nas gavetas e cabides quando vejo Bruno adentrar o quarto e sentar na cama que, supostamente, era minha agora.

  — Qual é a desse seu amigo? —perguntei, sentando do seu lado, sem muita cerimônia.

— Hein? — Bruno franziu o cenho.

— Ouviu? — imitei a voz do Gustavo, carregando a minha de deboche.

  — O Gustavo sempre teve esse temperamento forte, tu vai ter que se acostumar.Ele é dono de tudo daqui Mariana, tá acostumado a mandar em todo mundo, comandar a favela —explicou, com normalidade na voz.

    — Eu tenho medo dele.Pra mim ele parece maluco. — admiti

    — Não precisa ter medo.Ele nunca faria mal à você.Na real, é ele quem vai te proteger aqui — gesticulou.

    — Eu sei me cuidar, Bruno — encarei seu rosto

    — Aqui as coisas são diferentes, Mari — ele beijou minha testa — Descansa um pouco, mais tarde a gente vai pro baile, Gustavo sugeriu que conhecêssemos o resto dos vapores.

   — Tudo bem — assenti, sem muita escolha.

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Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora