Capítulo 65

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Gustavo

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Gustavo

— Caralho mano, tu tá aí ainda? — Coutinho entrou na minha sala, escancarando a porta.

— Tô só terminando de ver pra onde vai ser a distribuição pro mês que vem — peguei um pedaço de guardanapo e escrevi as quantidades de droga.

— São onze horas da noite já — insistiu

— Tu não precisa ficar de babá não, caralho — respondi — Tô indo já.

— Nunca vi tu trabalhando tanto, muleque — sentou folgado e largado numa das cadeiras em frente a minha mesa — É pra ocupar a cabeça?

Olhei pra ele por um segundo e desviei pros papéis na minha frente de novo.

— Tô ligado nas tuas ideias não — disse, tentando manter a paciência.

— Bem que tu tá, sim — Coutinho manejou a cabeça — Pra distrair a cabeça de Mariana.

Travei o maxilar e respirei fundo antes de responder.

— Não vejo a cara dessa mina a mó cota.Não viaja, nem lembro dela mais — balancei a cabeça, espantando a lembrança.

O filho da puta ainda ficou me olhando por um ano antes de finalmente meter o pé.

Esfreguei a mão na cabeça e apoiei os cotovelos nos joelhos.Aquilo era uma porra.Quando eu tava noiado eles reclamavam, agora que tentava ocupar minha cabeça vinham com aquele papo de Mariana.

Mas ultimamente isso tinha melhorado um pouco, e o Coutinho não tava errado.Comecei a focar na boca igual um maluco e isso mantinha minha mente ocupada.

Mariana

Escutei a campainha tocar e abri sem verificar no olho mágico.O porteiro avisou que Luan estava subindo.Abri a porta.

— Oi — ele sorriu com as mãos nos bolsos da calça jeans e me deu um selinho.

— Oi! — sorri sem mostrar os dentes — Tô quase pronta, quer entrar?

Ele fez um sinal afirmativo com a cabeça e eu dei espaço pra que ele passasse.Julia estava sentada no sofá e Bruno no quarto.

— Boa tarde — cumprimentou a minha amiga, que respondeu brevemente e continuou assistindo seu programa.

Fui até o banheiro terminar de pentear o cabelo e voltei pra sala em menos de cinco minutos.

— Tchau, Ju! — mandei um beijo pra ela enquanto saíamos de casa e segurei a mão do Luan — Pra onde a gente vai?

— Passei no mercado e comprei algumas coisas pra comermos.Pensei em aproveitar o dia bonito e fazer um piquenique especial. — gesticulou com a mão livre.

— Gostei da ideia — sorri e apertei o botão do elevador — É impressionante como você me ganha pela boca — ri, no que ele acompanhou.

Eu e Luan estávamos saindo há um tempo.Era bom.Ele me tratava com toda o cavalheirismo do mundo, não era intenso demais, caloroso demais ou frio demais.Tudo nele parecia ameno.Mas isso era bom.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora