Capítulo 16

17.2K 911 123
                                    

Mariana

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mariana

— Acordo de paz? — franzi as sobrancelhas, virando pro GN — Como seria isso, exatamente? — encostei a cabeça no sofá, direcionando meu olhar pra ele.

— Uma trégua, ué — Gustavo explicou, dobrando a perna e apoiando o braço nela — Sem confusão, tá ligada? Só pra gente ficar na paz — sorriu de lado.

Retribuí o sorriso, achando graça.

— Seria possível um acordo de paz entre nós? — ri pelo nariz — Acho que nunca tive o desprazer de conhecer alguém com o humor tão oscilante quanto o seu — brinquei.

— Ih, alá você apontando defeito em mim de novo — GN soltou uma risada gostosa, pegando uma almofada e batendo na minha perna com ela — É assim que tu quer manter nosso acordo de paz, é?

— Numa amizade sincera é preciso ter verdade, né? — ri

— Então a gente pulou da trégua pra uma amizade sincera? — Gustavo franziu a testa.

— É.Por quê? — brinquei com uma mecha do meu cabelo — Não quer ter uma amizade sincera comigo?

Gustavo sorriu, me olhando.

— Tô ligado nesse lance de amizade sincera — soltou uma piscadela — Eu quero isso aí... — falou enquanto se aproximava, cheirando meu pescoço.

Soltei uma gargalhada alta, tombando meu pescoço pra trás.Ele entendia tudo no sentido mais perverso da palavra.

— Eu tô falando de amizade de verdade, Gustavo — falei, soltando mais uma risada ao notar sua expressão decepcionada.

— Ih, e qual a graça nisso? — me encarou, desiludido.

— Minha companhia e meu papo não são suficientes pra você? — sorri.

Ele fez uma cara de falso entusiasmo.

— Jaé, papo.E a gente vai falar sobre o quê? — escorou no sofá, suspirando

— Eu faço perguntas sobre você, você faz perguntas sobre mim — coloquei meu cabelo atrás da orelha.

— Caraca, que divertido! — GN exalou deboche na voz.

— Qual é o seu filme preferido? — olhei pra televisão.

—Acho que não tenho.O seu? — me olhou.

— Operação Cupido.Das gêmeas, ruivas. — sorri

— Tô ligado, já vi isso aí.A outra morreu?

— A outra o quê? — franzi a testa

— A outra irmã.A gêmea.Lembro que são duas no filme, mas só vejo uma em notícia, na TV... — ele falou sério, me arrancando uma risada baixa.

— São a mesma pessoa, Gustavo — sorri, achando graça da sua inocência—A Lindsay Lohan atua no personagem das duas gêmeas, entendeu?

— Namoral?Pô, é boa essa aí, hein — ele sorriu.

— Uhum — assenti com a cabeça, enquanto pegava uma das almofadas do sofá, posicionando e afofando no colo do Gustavo, pra que eu pudesse deitar.

— Faz assim comigo não... — Gustavo falou baixo enquanto eu afofava a almofada no seu colo.Era engraçado sua capacidade de ver indecência em qualquer movimento meu.

Deitei a cabeça no seu colo, pegando em sua mão e colocando no meu cabelo, a espera de um cafuné.Ele ficou intacto, me olhando como se não entendesse nada.

— Faz carinho — expliquei, me encolhendo no sofá — Não estamos no início de um acordo de paz? É um bom jeito de começar — pisquei — Além de que, eu salvei sua vida.Pelo menos um cafuné isso deve valer.

— Folgada — Gustavo soltou uma risada — Tu tá é se aproveitando de mim, isso sim.

— Talvez — estalei a língua no céu da boca — Agora agiliza, que esse cafuné é pra hoje — provoquei

Gustavo resmungou, antes de começar a fazer um cafuné meio sem jeitinho.Aos poucos o carinho foi melhorando, e ele até ousou passar os dedos pela minha orelha e pela minha nuca também, me causando um arrepio gostoso.

Aos poucos fui sentindo o sono chegar, enquanto ele me fazia o cafuné.

Gustavo

Só fui perceber que a Mariana tinha dormido no meu colo quqndo estranhei ela estar tão quieta.Parecia tá dormindo tão bem que não quis acordar, então fiquei na sala, vendo um programa entediante no volume baixo.

Depois de um tempo, ouvi a porta abrindo e o Bruno entrou em casa com uma sacola na mão.Me olhou com uma cara estranha ao ver a Mariana deitada no meu colo.

— Ela dormiu — expliquei, coçando a nuca — Que eu faço? — torci a boca.

— Leva ela lá pra cima, pro quarto dela — disse enquanto pegava as sacolas, andando em direção a cozinha.Parou no meio do caminho e me encarou.

— Colfoi? — franzi a testa

— Só deixa ela lá em cima.Só.E não acorda ela — apontou o dedo e girou, voltando a andar pra cozinha.

Revirei os olhos.Era chato pra porra o jeito que o Bruno gostava de sufocar a Mariana de tanta proteção.

Levantei com cuidado pra não acordar ela, abaixei na altura do sofá, pegando ela no colo, deitada.A Mariana resmungou umas palavras que eu não entendi e eu fui subindo com ela pro segundo andar, apoiando a cabeça dela no meu ombro.

Cheguei no quarto da Mariana empurrando a porta com o pé pra poder entrar.Andei até a cama, tentando o equilíbrio enquanto puxava a colcha da cama e segurava a Mariana.Deitei ela com cuidado pra não acordar, mas ela acabou se remexendo um tiquin.

Andei até o interruptor apagando a luz, e desci as escadas em encontro ao Bruno, que colocava macarrão em um dos pratos.

Peguei o outro prato esperando ele colocar a comida no dele.Quando ele acabou, coloquei o macarrão no meu prato e sentamos na mesa.

Bruno falou nada durante a janta toda, comemos em silêncio.Quando ele terminou de comer, deixou os talheres no prato e juntou as mãos, me encarando.Lá vem.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora