Capítulo 56

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"Bem, você só precisa da luz quando               está escurecendoSó sente falta do sol quando começa a nevarSó sabe que a ama quando a deixa irSó sabe que estava bem quando se sente malSó odeia a estrada quando sente saudade de casaSó sabe que a ...

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"Bem, você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir

E você a deixou ir."

Let Her Go - Passenger.

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Gustavo

—A gente não tá junto mais não, pô — disse, assim que Vanessa desgrudou de mim — Eu chutei ela ontem.A mina não saía da minha cola, tá ligado? — menti.

Senti uma agitação ruim da porra no peito.

— Acha que engana quem, boy? — Vanessa passou a mão pelo lábio, limpando o batom vermelho que tinha sido borrado — Agora pouco tu tá tava todo estressadinho quando a gente comentou sobre a garota! — afirmou, na maior pose, no que suas amigas só concordaram freneticamente com a cabeça.

— E tu acha que eu fiquei puto por causa de Mariana, Vanessa? — carreguei minha voz de deboche e passei a mão na nuca — Fiquei bolado porque tu veio com essa tua marra pra cima de mim!Me respeita.Se tivesse com Mariana ia te beijar pra quê? — soei grosso.

— Tu tá é pulando a cerca, GN! — Vanessa soltou uma risada tão debochada que me fez tremer de raiva.

— Tu acredita no que que tu quiser, filha! — respondi — Tenho nada a ver com isso não — fingi indiferença, fazendo menção de continuar andando.

— Então quer dizer que Mariana não é mais tua fiel? — o tom de decepção na sua voz foi tão perceptível que eu quase ri.

— Não — falei numa expressão de tédio— Te liga, Vanessa.

— E por isso esse beijão? — colocou as mãos na cintura.

— Pra tu ver que eu sou sujeito homem! — peguei um cigarro do maço.

Coloquei a mão em frente a boca no formato de concha e acendi o cigarro com um isqueiro.

— E pra tu parar de ser abusada achando que pode me peitar — completei, soltando a fumaça no seu rosto.

Virei de costas e voltei a caminhar.Passei o dorso da mão na boca, como se aquilo fosse limpar o beijo da Vanessa.

Doeu pra caralho pensar que ontem foi a última vez que pude sentir o beijo da Mariana.Não tinha nem ideia de como ia mandar o papo pra ela.

Cheguei na boca já me jogando na cadeira.Montei uma carreira da branca na mesa, cheirando tudo de uma só vez.Perfeito.

— Ê, muleque! — Zé abriu a porta, Coutinho e Zureta atrás.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora