Capítulo 41

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Gustavo

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Gustavo

Acordei no domingo com um peso no meu corpo.Olhei pra baixo, vendo Mariana dormir quietinha no meu peito.Virei o corpo dela pro outro lado e coloquei o lençol no seu corpo, deixando que ela continuasse a dormir.Beijei o topo da sua cabeça e me espreguicei.

Levantei da cama sentindo minha cabeça pesar de tanta dor, tava com uma puta de uma ressaca.Fui até o banheiro, lavando o rosto com água gelada.Escovei os dentes e acabei por decidir tomar um banho.

Saí do banheiro depois de uns dez minutos, e logo notei que Mariana não estava na cama mais.Andei até o quarto dela, que estava com a porta aberta, e fui direto pro banheiro, que tinha a luz acesa.

— Oi — Mariana disse com a escova enfiada na sua boca, me olhando pelo reflexo do espelho.Parei atrás dela.

— Eaí — esfreguei meu cabelo  — Dormiu bem?

— Uhum — ela terminou de escovar os dentes, lavando a boca — E você? — ela pegou a toalha, secando.

— Muito bem — beijei o ombro dela e fiz carinho no seu braço com meu polegar — Só acordei com uma puta ressaca.

— Bebe bastante água, ajuda.Acho que tem remédio na caixinha da cozinha. — disse suave e saiu do banheiro, indo em direção à porta.

— Vim aqui te ver, mal educada — reclamei.

— Meu irmão já tá acordado — disse — E acho que ele já desconfia de alguma coisa, com certeza notou que não dormi no meu quarto...

— E um beijo mata? — segui seus passos até a porta, e, antes que ela pudesse sair, agarrei sua cintura, puxando-a pra perto de mim.Ouvi sau risadinha baixa.

Sentir meu corpo colado no dela daquele jeito já estava me deixando maluco.Dei alguns passos pra frente, fazendo com que Mariana desses outros pra trás, e então ela chocou suas costas com a parede.

— Uhum — ela respondeu a minha pergunta, balançando a cabeça afirmativamente — O Bruno me mataria se presenciasse essa cena.Por mais que eu ache que ele já desconfia, e não tem parecido se importar tanto quanto antes... — Mariana disse.

Ele se importava pra caralho, bem mais do que ela poderia imaginar.Se importava tanto que chegou a proibir que eu tentasse qualquer coisa com ela, mas eu não levava isso tão a sério.

Não levava a sério pelo simples fato de não aceitar receber ordens de ninguém.Não existe alguém com essa autoridade sob mim.

Mas a Mariana sim, e ela precisaria aceitar a decisão fodida do irmão responsável.E no final eu quem pagaria o pato, já que a filha da puta conseguiu me fazer viciar nela e eu já me imaginava maluco sem poder tocá-la.

Não era como se eu tivesse tempo sobrando pra ficar com ela.

Mariana

Gustavo atacou minha boca, começando um beijo intenso.Segurei nos seus fios curtos de cabelo perto da nuca e senti suas mãos passearem por todo o meu corpo.

Da minha boca os beijos desceram rapidamente pro meu pescoço.Ele parecia apressado, nem sequer olhava direito no meu rosto e senti sua mão descer pelo meu quadril e até minhas coxas com firmeza.

Suas mãos chegaram agilmente até a barra da minha blusa, fazendo menção de tirá-la.

— Gustavo... — chamei um pouco desconfortável, franzindo as sobrancelhas.

Ele pareceu não entender que eu estava começando a me sentir desconfortável com aquilo, pois continuou com os beijos pelo meu pescoço.Assim que senti ele subir minha blusa pela cintura, segurei seu punho.

— Gustavo! — minha voz saiu mais alta e falha do eu que gostaria, vendo ele se afastar no mesmo instante.

Gustavo estava com o cabelo meio bagunçado e a camisa amassada.Me olhou num misto de confusão e preocupação.

— Eu não quero assim, agora... — coloquei uma mecha do cabelo atrás da orelha, passando por Gustavo com certa rapidez.

Senti sua mão segurar meu pulso com carinho, fazendo com que eu parasse de andar.

— Não queria te assustar não, Mariana — sua voz saiu baixa, como um pedido de desculpas.

— Tá tudo bem — foi a única coisa que eu respondi.

— Foi mal se eu sugeri alguma coisa que tu não estivesse afim... — ele começou a dizer, parecendo escolher bem as palavras — É que eu até já te vi, fizemos um pouco mais do que só beijar.Não sabia que seria um problema pra tu... — Gustavo dizia tudo numa calma incomum de sua personalidade.

— Não é assim que as coisas funcionam — minha voz saiu um pouco trêmula — Você transou com garotas ontem, Gustavo.Você bateu no cara que eu queria transar e... — fui interrompida.

— Eu não quero ouvir o que tu gostaria de fazer com esse cara — Gustavo disse, com a feição completamente fechada — Não quero mesmo.

— Bem, eu também não queria ter recebido uma ligação na qual sua porta-voz avisava que você estava muito ocupado fodendo alguém, por isso não poderia falar comigo — soltei um suspiro alto de chateação.

— Você significa algo pra mim — Gustavo passou a mão pelo seu cabelo, nervoso — E eu fiz merda, pra caralho.Mas te juro, tu não sai da minha cabeça por um segundo.Eu não consigo parar de pensar em você, e isso tá me enlouquecendo.Eu não sei que porra é essa que tá acontecendo comigo. — a última frase pareceu como uma confissão pra ele mesmo.

— Eu sou assim — olhei nos olhos de Gustavo — Eu quero que seja algo especial, e você com toda aquela pressa, eu não queria... — coloquei uma mecha do cabelo atrás da orelha.Me sentia uma criança idiota falando aquelas coisas na frente dele.

— Desculpa, eu tô ligado no teu jeito — gesticulou — Só não quero perder o tempo que tenho contigo...— cruzou os braços

— Nós não estamos com o tempo contado, essa pressa toda não é necessária — fui até a cama, deitando de barriga pra cima e apoiando meu tronco nos cotovelos.

Gustavo

Foda-se.

Tinha certeza de que o Bruno me meteria um tiro na testa depois disso, mas essa porra já não tava dando pra mim.Esquivar e fugir dele pra dar a porra de um beijo na Mariana não combinava comigo.

— O Bruno me proibiu de ter qualquer relação contigo, Mariana.Me proibiu de chegar perto demais — falei pausadamente, vendo a feição no seu rosto mudar completamente — Nós não temos tempo contado, porquê nem tempo temos.Se ele sonhar que eu tô afim de transar contigo, porra, ele me mata! Esse foi o motivo pelo qual eu me afastei de ti sem motivo nenhum.

Em poucos segundos vi Mariana descer as escadas com rapidez.Não demorou muito para que eu escutasse sua voz em alto e bom som.

"Você acha que eu sou a porra de um fantoche?"

Ouvi um soluço alto.

Ela estava chorando.

Merda.

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Vou ter que me preparar psicologicamente pra escrever os próximos 2 capítulos, sério!

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Obrigada pelo carinho com a história, vocês são incríveis e com certeza o meu maior incentivo.❤️

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora