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Bruno
Eu me sentia um completo idiota.Como deixei isso acontecer? A única coisa que eu tinha que fazer era cuidar da minha irmã.
Fui até a cozinha tomar um copo d'água quando ouvi a campainha tocar.Deixei o copo no balcão e fui atender, andando até a porta e abrindo a mesma.
— Oi Ju — forcei um sorriso ao ver a garota na minha frente, que retribuiu — Entra aí, a Mariana tá no quarto — dei espaço pra ela passar.
— Obrigada Bruno — beijou minha bochecha e subiu as escadas, rapidamente.Olhei ela subir, e quando o fez, voltei a minha atenção ao meu copo, agora vazio.Andei até a sala.
Fiquei deitado no sofá por um tempo procurando algo pra assistir na televisão, tentando distrair minha cabeça, até meu celular dar um toque.Era uma mensagem.
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GN:E aí?Falou com a garota?
Bruno :O nome dela é Mariana., Gustavo.Acho que ela ficou meio bolada comigo, mas tive que falar né.Tem como fugir disso não...
GN:Não vem trazer patricinha pra me dar trabalho não velho, namoral.
Bruno:Ela não é patricinha mano, com uma notícia dessa qualquer um chateia, né.
GN:Se tu diz...
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Bloqueei o celular quando vi que a Mari descia com a Julia.Olhei pras duas e a Mariana se aproximou, sentando do meu lado.
Mariana
No fundo eu sabia que tinha sido injusta com ele, e estava ciente também de que ele fazia o máximo por nós dois.Tudo que eu tive esses últimos anos, devo à ele.
— Me desculpa? — falei dando beijinhos na bochecha dele, em busca do meu perdão — Sei que não fui muuuuito compreensiva.
— Claro que eu te desculpo, Mari.No teu lugar eu teria feito igual.Tô ligado que não é facil — ele me abraçou forte, então ficamos alguns minutos nessa posição.
— E eu?Não ganho abraço? —ouvimos a voz da Ju, e o Bruno no mesmo instante puxou minha amiga pela cintura, envolvendo ela no nosso abraço.
— Vou fazer um brigadeiro de panela pra gente!Quem topa? — me pronunciei, fazendo jus à promessa.
Como esperado, os dois logo se animaram com a ideia.
Colocamos um suspense qualquer enquanto comíamos o brigadeiro e jogávamos conversa fora.Ao anoitecer, Julia decidiu ir pra casa.
Assim que ela foi, subi, tomei um banho relaxante, colocando meu pijama favorito e aproveitando pra ficar deitada na cama mexendo um pouco no celular.Ouvi batidas atrás de mim e quando olhei pra trás, meu irmão estava encostado na porta esperando permissão pra entrar.
— Quando nós vamos? O que vai acontecer com a escola?Vou ter que sair de lá também? — sentei na cama, bombardeando o Bruno de perguntas.
— Amanhã depois da tua aula a gente tá indo.Tu não vai precisar trocar de escola, vou pegar parte da poupança pra tua faculdade e usar na mensalidade.Mas vai ter que acordar cedin pra pegar ônibus.
— Amanhã?Já? —levantei as sobrancelhas — Não sabia que estava tão perto assim... — suspirei.
— Descansa — ele beijou o topo da minha cabeça, me deitou na cama e me cobriu — Amanhã vai ser um longo dia.
Com toda a certeza seria.Assenti e coloquei meu celular na mesinha de cabeceira do meu lado.Acabei apagando uns minutinhos depois.
