Capítulo 75

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Mariana

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Mariana

— Feliz aniversário! — falei animada e abracei Bruno por trás, que estava sentado na cadeira da cozinha.

— Valeu, Mari — sorriu, levantando e se virando em minha direção pra me abraçar direito.

— Nem acredito que você já tá ficando velho! — brinquei, apertando sua bochecha.

— Não exagera! — riu, bagunçou meu cabelo e beijou minha testa — A Julia ainda não acordou? — olhou em direção a porta da cozinha.

— Feliz aniversário, Brunito! — minha amiga apareceu na porta da cozinha no mesmo instante, com um sorriso de orelha a orelha no rosto e um embrulho nas mãos.

Ela veio saltitando em nossa direção e eles se abraçaram com força, contentes.

— Aqui! — entregou o presente à ele — É só uma lembrancinha, mas espero que você goste — passou a mão pelo cabelo.

— Obrigado Ju, não precisava — abraçou minha amiga pela cintura outra vez, dando um beijo na bochecha dela.

— De nada — sorriu de lado, indo sentar na mesa — E a comemoração?Vai ser aqui mesmo? — se serviu com um pouco de café.

— Vai — meu irmão respondeu — Falei com o síndico e ele liberou a área de festa e de churrasco pra gente a partir das 20:00 horas — piscou pra Julia.

O aniversário do Bruno caiu justamente numa sexta-feira, o que era ótimo, porque a comemoração poderia ser no mesmo dia.

— E você já chamou todo mundo que queria? — perguntei, despretenciosamente.

— Uhum — me confirmou — Mas pode ficar tranquila que eu não chamei o Gustavo, imaginei que você fosse ficar desconfortável se ele viesse — me olhou.

Bruno sabia que eu tinha terminado com Luan, mas eu não tinha contado pra ele que tinha sido por causa do Gustavo.Ele deveria imaginar, mas não o-disse diretamente.

Senti uma pontadinha de decepção e acho que isso transpareceu no meu rosto, porque Julia decidiu intervir.

— Mas você chamou os outros meninos?O Zureta, Coutinho, Zé? — Julia perguntou.

— Chamei — meu irmão respondeu.

— Então acho que fica meio chato não chamar o Gustavo — opinou, como minha cúmplice — E acho que a Mari não se importaria tanto assim se ele viesse.Né, Mari? — me encarou, e eu quase sorri.

— Não me importaria — neguei com a cabeça — E o Gustavo é um dos seus amigos mais próximos, seria egoísmo da minha parte te privar de ver ele no seu aniversário — complementei.

Escutei a risada entrecortada da Julia e me segurei pra não fazer o mesmo.

— Sério? — meu irmão arqueou uma das sobrancelhas — Valeu, Mari — me abraçou com força, quase me esmagando — Vou ligar pra ele agora, então! — pegou seu celular na mesa e saiu quase voando da cozinha.

— De nada! — Julia soltou uma gargalhada, então eu me permiti rir também.

Gustavo

— Bom dia — cumprimentei os seguranças, indo em direção à minha sala.

— Eaí — Coutinho acenou com a cabeça pra mim, andando junto comigo — Zé e Zureta tão esperando a gente na tua sala já.

Andamos em silêncio e entramos.

— Te falar que hoje ia ter baile mas eu até animei pra esse lance do Bruno — ouvi Zureta comentar enquanto eu entrava.

— Cês vão? — Coutinho direcionou a pergunta pro Zé e pro Zureta.

— Eu vou — Zé respondeu.

— Também tô afim — Zureta completou.

— GN? — Coutinho perguntou pra mim dessa vez, colocando um dos seu fuzis no suporte da parede.

— Sem chance — andei até minha cadeira, praticamente me jogando nela — Zero afim de ficar vendo Mariana com aquele Luan, só vou ficar mais bolado — brinquei com uma caneta entre os dedos.

A real era que a chance de eu bater no cara só por ver ele encostando na Mariana era grande, e seria filhadaputagem estragar o aniversário do Bruno por causa disso.

— Namoral que tu vai deixar de ir no aniversário do Bruno por causa disso? — Coutinho me encarou, sentando na minha frente.

— A gente nem sabe se esse cara vai — Zureta completou.

— E vai ficar na cara que tu não foi por causa disso — opinou Zé.

— Namoral?Tô pouco me fudendo pro que vão achar — dei de ombros — Não quero acabar dando um murro na boca daquele mauricinho. — prendi um cigarro entre os lábios e fiz uma concha com uma das mãos enquanto acendia o isqueiro.

• • •

— Trago boas notícias, irmão! — Zureta me interrompeu no meio do trampo, me fazendo errar uma conta.

— Agiliza, manda — fiz um gesto com as mãos, sem parar de olhar pro bolo de papel na minha frente.

— O namorado da Mari nem vai na parada do Bruno — Zureta disse, apoiando as mãos na minha mesa.

Levantei a cabeça.

— Como tu sabe? — questionei, franzindo o cenho e apoiando as costas na cadeira.

— Fui de call com o Bruno e perguntei — respondeu, como se aquela porra não tivesse problema nenhum.

— Porra Zureta, tu tá maluco? — elevei o tom de voz, impaciente — O Bruno vai se ligar de que é por minha causa! — levantei da cadeira.

Zureta fez que nem ligou, dando de ombros.Filho da puta.

— Pô GN, não é novidade pra ninguém que tu ainda é apaixonado na Mari — gesticulou com as mãos — Mas pelo menos agora cê sabe que pode colar lá tranquilamente. — bateu no peito, se achando um gênio.

— Tu não tinha nada que ter perguntado essa parada sem a minha permissão! — sentei novamente e passei a mão pela boca, nervoso.

— Agora já foi, velho.Dá esse moral pra gente e vamo todo mundo junto — Coutinho se intrometeu.

— Se tu não for vai ficar um clima mó estranho, tô te mandando o papo — Zé disse, levantando as sobrancelhas.

— Tá — suspirei estressado — Eu vou nessa porra.Satisfeitos? — organizei os papéis mesmo sem necessidade.

— Agora sim — Zureta deu um sorrisinho cínico e saiu da minha sala.

Mariana

Eram quase 21:00 horas, eu  estava completamente pronta e ajudava meu irmão na finalização dos preparativos.

— Você comprou bebida alcoólica pra uma multidão — ri, observando a bancada de pedra — Achei que só viessem umas cinquenta pessoas.

— E só vem umas cinquenta, mas hoje é meu aniversário e eu mereço a diversão completa — piscou pra mim.

— Não vou contradizer o aniversariante, então — levantei as mãos em sinal de rendimento e ri baixo.

Me olhei no espelho perto das portas de vidro me certificando de que estava bonita.Corei ao constatar que eu sabia exatamente o porquê de estar me preocupando com isso.

Vinte minutos depois os convidados já começaram a chegar e em pouco tempo o salão de festas estava cheio.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora