Capítulo 70

5K 388 287
                                    

Mariana

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mariana

— Qual é o problema desse cara? — Luan questionou assim que Gustavo saiu da mesa.

— Problema nenhum — Zureta defendeu GN, encarando Luan — Não é nada contigo, ele tá meio bolado esses dias.Coisa do trampo — disfarçou, comendo sua pizza.

Bruno e Julia me olhavam com hesitação e até um pouco de pena, mas eu não iria me vitimizar.Precisava conversar com Gustavo e entender o que tinha acontecido.

— Eu vou falar com ele — levantei da mesa, então senti uma mão segurando a minha, me impedindo de andar.

— Deixa que um dos amigos dele conversem com ele — Luan disse — Ou então eu vou com você, sabe se lá o que esse cara é capaz de fazer — arqueou uma das sobrancelhas, preocupado.

Olhei com estranheza pro meu namorado instintivamente.Gustavo nunca seria capaz de me machucar, e ver Luan sugerindo isso me deixou incomodada.Estava prestes a protestar, mas não precisei.

— É melhor ela ir sozinha — Bruno disse, encarando meu rosto — Vai lá, Mari.

Lancei um olhar de agradecimento pro meu irmão, então saí da mesa, andando em direção à varanda do apartamento.

Gustavo estava de costas pra mim, os braços apoiados na sacada, olhando pro céu, já escuro.Um cigarro pendia na sua boca, apoiado pelos seus dedos.

Me aproximei silenciosamente, a sensação de ansiedade louca no peito.Ficar perto dele ainda me trazia sensações diferentes, borboletas no estômago que eu era incapaz de controlar.

Parei do seu lado, um pouco distante.Ele continuava olhando pra frente, como se eu não estivesse ali.

— Qual foi? — soltou a fumaça pela boca — Cansou do professor mauricinho metido à intelectual? — sua voz estava carregada de raiva, ódio e mágoa.

— Por quê você tratou o Luan daquele jeito? — perguntei baixo, quase num sussurro.

Ele virou levemente a cabeça pra mim, olhando nos meus olhos.

— Não curtiu o jeito que eu tratei o teu namoradinho politicamente correto? — da boca só saía deboche e ira, mas seus olhos estavam tão tristes que senti vontade de chorar.Imaginei que os meus estivessem do mesmo jeito.

— Eu só achei desnecessário — respondi, séria — Assim como esses apelidinhos.

Gustavo afirmou com a cabeça, espalmando a nuca.Então voltou a recostar os braços da sacada e soltou um risada baixa, sincera dessa vez.

— Eu sou otário pra caralho, né? — era como se estivesse falando mais pra si mesmo do que pra mim — Tinha que ter metido o pé no segundo que esse muleque entrou.Mas eu quis pagar pra ver se o negócio era sério mesmo — um sorriso dolorido brincou no canto da sua boca — E era, né, Mariana? — contorceu o rosto, como se sentisse dor — Tu tá aí, toda gamada nele.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora