Capítulo 71

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Mariana

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Mariana

Acordei no meio da madrugada com um barulho de passos e vozes vindos da sala.Levantei da minha cama devagar.

Meu quarto estava escuro, mas a porta estava entreaberta, então não me dei o trabalho de procurar o interruptor pra ligá-lo.Continuei a andar, seguindo a luz do corredor.

Bruno andava de um lado pro outro, falando ao telefone, no meio da sala.Julia estava sentada no sofá com o rosto aflito, como se esperando que meu irmão terminasse a ligação logo.Ambos estavam com roupas de dormir, como se tivessem pulado da cama por alguma urgência.

— Como assim não dá pra levar pro hospital?Não tem uma enfermeira ou alguém que possa ajudar aí no morro?

Me aproximei devagar, ainda sem ser vista.Os olhares dos dois se viraram pra mim assim que entrei na sala.

— Beleza, eu vou ver se consigo ajudar de alguma forma e te ligo — Bruno falou, agora um  pouco mais baixo, ao telefone — Tchau — e então desligou.

— O que aconteceu? — perguntei, passando a mão no cabelo um pouco bagunçado — Por quê vocês estão acordados? — esfreguei os olhos, na tentativa de afastar o sono.

Julia levantou do sofá, andando em minha direção.Ela me abraçou de lado antes de começar a falar.

— O Coutinho ligou pro Bruno pra pedir ajuda, amiga — me apertou mais forte nos seus braços — O Gustavo sofreu uma overdose, Mari.

Todo o meu sono se esvaiu e senti uma pontada aguda no peito.

— Uma overdose? — repeti baixinho, sem conseguir acreditar.

Senti uma sensação estranha, o coração apertado, um frio na barriga horrível, um vontade repentina de vomitar.

— O Coutinho encontrou o Gustavo inconsciente no banheiro  — Bruno complementou, se aproximando.

Meus olhos se encheram de lágrimas só de imaginar a situação.

— Ele tava respirando? — perguntei pro meu irmão, já desesperada, as lágrimas caindo.

— Tava, Mari — o Bruno respondeu rápido, pra me aliviar — O Coutinho tava tentando acordar o GN e fazer ele vomitar, mas até agora não rolou — suspirou, se aproximando.

— A gente tem que chamar uma ambulância! — exclamei, passando o dorso da mão no rosto inutilmente, tentando secar as lágrimas — Eu vou pro morro! — me soltei do abraço da minha amiga e fui em direção à mesa, pegando o molho de chaves, sem me importar com meu pijama.

— Não vai adiantar nada você ir pro morro agora, Mari — Bruno interviu — E não tem como levar ele pro hospital, a polícia vai aparecer lá — seguiu meus passos.

— Não vai pro hospital? — senti meus cílios molhados — E ele vai ficar lá, pendendo a morte, ninguém vai fazer nada?

— Os muleques e eu já estamos cuidando de tudo, uma solução provisória — me encarou — Óbvio que depois ele vai ter que ficar de repouso, mas a prioridade agora é manter ele vivo e fora da cadeia.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora