Capítulo 37

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Mariana

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Mariana

Já estava naquele quarto há uns quarenta minutos.Gustavo foi comer com a Vanessa, Bruno saiu e Julia foi pra casa, — não antes de me perguntar um milhão de vezes se eu estava realmente bem.

Pausei minha série assim que ouvi várias batidas na porta.Desci as escadas, indo até a porta principal e abrindo-a.

Um garoto de mais ou menos quinze anos, baixinho e magrinho,  sorriu pra mim.Eu franzi as sobrancelhas, mas sorri de volta.Ele estava com um saco plástico branco na mão.

— Oi, posso ajudar? — falei calma, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

— Chefe mandou entregar isso aqui pra tu — ele me estendeu a sacola — Mariana, né?

Eu só assenti com a cabeça, pegando da sua mão.

Não deu nem tempo de agradecer, muito menos perguntar o que era, porquê o garoto simplesmente sumiu em segundos.

Entrei dentro de casa novamente, trancando a porta.Coloquei a sacola na mesa da sala, abrindo. Tinha uma caixinha de isopor, com o lanche.Dei um sorriso de lado.

Fui até a cozinha, pegando um prato e colocando o sanduíche.Joguei  a embalagem de isopor fora e peguei uma latinha de coca-cola na geladeira.

Finalmente sentei no banquinho da ilha, comendo meu lanche.Fome era pouco para o que eu tava sentindo, eu estava faminta.Bebi do meu refrigerante e devorei minha comida.

Assim que terminei, lavei a louça e subi até meu quarto, lavando as mãos e escovando os dentes.Peguei meu celular na mesinha de cabeceira, mandando uma mensagem pra Julia.

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Mari: A festa amanhã tá de pé, né?

Ju: Óbvio! Tô precisando real esfriar a cabeça

Mari: O que aconteceu, maluca?

Ju: Depois te explico... Você tá bem?

Mari: Tô bem, sério.

Ju: Hm.Pelo amor de Deus, qualquer coisa me liga, tá?

Mari: Tá bom, amiga.Mas eu tô bem.De verdade.

Ju: Vou acreditar então.Tô indo dormir, tá?

Mari: Vai lá! Te amo, dorme bem!

Ju: Também amo você.Beijuuu!

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Eu tava precisando sair um pouco.Dançar, beber, beijar talvez.Amanhã eu finalmente poderia fazer isso, sem ninguém pegando no meu pé.

Eu esperava de verdade que Bruno não pensasse em encher o saco, porquê, se o fizesse, eu com certeza arranjaria um jeito de despistá-lo.

Deitei na minha cama de novo, desligando a televisão.Desfiz minha cama, ligando o ar-condicionado e me cobrindo.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora