Capítulo 8

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Mariana

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Mariana

Eu ri, em tom de deboche.

— Vai dormir — sugeri — acho que tá um tiquinho bêbado, não? Porque essa é a única situação plausível que eu imagino pra que você venha pedir algo assim, logo pra mim...

— Ah, é? Logo pra você? — ele riu sarcástico — Tu é abusada né, mina? — ele fixou seu olhar em mim.

— Sou? — Cheguei pertinho dele.Juro que não sei de onde tirei coragem pra enfrentar o GN daquele jeito.

— Rasga daqui, mina.Você não vai querer me ver estressado — falou me olhando nos olhos.Impressionante como esse cara tem o pavio curto.

Subi as escadas indo até meu quarto.Me joguei na cama soltando um longo suspiro.

                        • • •

Segunda-feira novamente.Acordei com meu alarme gritando.Eram 5:30 e eu tinha que me arrumar pra ir pra escola, já que agora ela não ficava tão perto.Tomei um banho rápido, escovei os meus dentes e coloquei meu uniforme, calçando também meu tênis.Penteei meu cabelo deixando ele solto, meu sono estava me dominando então decidi sair de cara limpa.Sem paciência pra maquiagem hoje.

Desci as escadas indo até a cozinha, me deparando com o Gustavo virado de costas, só de bermuda.

— Bom dia — falei simples.

— Bom — ele respondeu, virando pra mim e apoiando as mãos na bancada atrás de si — Teu irmão te avisou? — ele perguntou, mordendo a torrada que estava em sua mão.

— Avisou o quê? — perguntei, abrindo a geladeira e pegando um cacho de uvas pro meu café da manhã.

— Bruno vai trabalhar o dia todo hoje.Vou ter que ficar cuidando de ti, já que precisa de babá — ele falou, comprimindo os lábios.

— É? E a gente vai ficar fazendo o quê? — questionei

— Tu vai ter que ficar na boca comigo a tarde, vou te buscar na escola e vamo direto pra lá.A noite a gente se resolve, fica por aqui mesmo — deu de ombros

— Tá bom — assenti e comi um pouco da minha uva.

Olhei um pouco pra ele, analisando seu corpo por uns longos segundos.Papai do céu.

Gustavo pegou seu celular, me entregando.

— Que isso? — perguntei, sem entender e franzindo a testa.

— Tira foto que dura mais — ele piscou e riu. Revirei os olhos, mas não teve como não rir junto.Boa sacada.

Saí da cozinha.

Andei até o ponto de ônibus mais próximo.Quando finalmente cheguei no meu ponto, desci e fui andando até a escola.

Cheguei e subi direto pra minha sala, sentei na frente da Julia.Quando ela me viu logo ficou com uma expressão apreensiva.Ela estava estranha desde o dia em que nos reunimos, lá em casa.

— Oi amiga — coloquei a minha mochila do meu lado — Pode ir falando, qual é a dessa carinha? Tá assim desde sábado. — recordei.

— É que eu meio que tenho que te contar uma coisa, mas não sei como — ela apoiou os cotovelos na mesa e em seguida o rosto nas mãos — Tenho medo de você ficar chateada comigo...

— Fala Julia, tô ficando nervosa já — falei apreensiva.Essa mania dela de ficar enrolando me afligia.

Minha amiga ficou em silêncio por alguns segundos, até finalmente decidir abrir a boca.

— Sabe quando a gente foi pra sua casa? — ela disse e eu assenti

— Sei.O que tem? — apressei, fazendo gestos com as mãos.

— Naquela noite, eu e o Bruno, a gente ficou — ela disse, tentando ao máximo evitar o contato visual comigo.Um sorriso brotou nos meus lábios.

— Tá falando sério? — sorri, impressionada.

— Uhum — ela pareceu confusa com a minha reação

— Tá, e aí? Conversaram depois disso? — eu parecia uma criança curiosa.

— E aí nada, amiga.Não rolou mais nada depois e nem vai rolar.Cê sabe que eu tô curtindo o Carlos ainda. — suspirou

— Você quem sabe... mas o meu irmão não é de se jogar fora — pisquei pra ela e ri.Virei pra frente assim que o sinal tocou.

                        • • •

Depois de longas horas de aula, o GN foi me buscar na escola.Ele só buzinou e eu reconheci seu carro.Entrei.

— Oi — disse me sentando no banco e colocando meu cinto.Ele sequer olhou pra mim.

— Fala tu — disse com indiferença e acelerou, indo pra boca.


GN

Cheguei na boca com a garota e grudei ela em mim.Sabia que se ela voltasse pra casa com um arranhão o Bruno me metia a bala.

Cumprimentei alguns vapores e a Mariana só ficava quieta.As vezes essa mania dela de ignorar tudo me irritava, mas deixei passar.Entrei na minha sala e sentei, a Mariana continuou em pé, olhando tudo ao redor.

Logo o Zé, Zureta e Coutinho entraram na sala.Assim que a Mariana os-viu, abriu um sorriso.

— Oi meninos — ela falou sorridente, abraçando os três.

Começaram a falar pra caralho e não paravam de conversar nunca.O assunto entre os quatro tava rendendo.

— Vamo parar de papinho aí, que tem muita entrega pra fazer — mandei — Os três, chispando.

A Mariana me olhou e revirou os olhos.

Chatona da porra.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora