Capítulo 18

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Gustavo

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Gustavo

Assim que a Mariana saiu, fiquei sozinho novamente com a Vanessa.Ela me olhava com os braços cruzados como se esperasse alguma explicação.Ah tá.

— Você é um saco, GN —ela reclamou, parecendo uma criança birrenta — Ela saiu daqui se achando a rainha da cocada preta.Foi só uma brincadeirinha inocente, mas você adora pagar de defensor dos oprimidos — sua voz esganiçada no meu ouvido já tava me deixando puto, e eu sabia que se deixasse, ela ficaria tagarelando no meu ouvido por horas.Só conhecia uma forma de fazê-la calar a boca de vez.

— Vamo deixar isso pra lá, pô.Te disse que ela é irmã do meu amigo, quero confusão pro meu lado não — tentei enrolar ela, pegando no seu cabelo e beijando seu pescoço.Sei que parece meio babaca da minha parte, e talvez seja mesmo, mas só eu sei que quando a Vanessa implica com alguma coisa, ela não para de falar.E quem paga o pato sou eu.

Logo ela estava toda mole pra cima de mim, como já esperado.Beijei sua boca com velocidade, enquanto ela fazia menção de tirar minha roupa ali mesmo.

— Vamos subir — falei entre o beijo, segurando em sua bunda — Pra gente ficar mais à vontade... — expliquei.Ela puxou minha camisa com pressa pro andar de cima, e entramos no meu quarto sem descolar as bocas.

Vanessa já foi tirando a blusa e abrindo seu sutiã, me dando uma bela visão dos seus seios.Abri minha calça e tirei minha cueca rapidamente, enquanto abocanhava um dos seus peitos.

E assim fomos.Rolou uma rapidinha ali mesmo, nada muito especial.Depois do sexo eu fui até o banheiro e tomei um banho, enquanto a Vanessa ficou deitada, de preguiça na minha cama.Saí, começando a me arrumar.

— Eu vou pra boca — avisei, colocando minha camisa e uma pistola na cintura, enquanto olhava pra ela — Tu vai pra onde? —  esfreguei meu cabelo na toalha, secando.

— Posso ficar aqui? — disse manhosa.

— Poder cê pode, mas depois de sair da boca,vou buscar Mariana na escola — avisei, olhando pra Vanessa.Sim, eu ia mesmo.Mas ela não sabia.Não era como se eu fosse sequestrar ela nem nada, o negócio era que eu queria levar a sério o lance de acordo de paz e queria fazer funcionar nossa boa convivência, além da promessa antiga que eu fiz pro Bruno de sempre vigiar e cuidar da irmã dele.

— Tá me zoando né, GN? — Vanessa parecia furiosa — Qual é a sua, hein? —ela levantou, me peitando.Abusada.

— Fica na tua, Vanessa — coloquei a mão no peito dela, empurrando devagar pra trás — Tu tem nada a ver com isso.Bruno pediu pra eu cuidar dela, carai.Tenho que cumprir palavra né — expliquei

— Otário — ela empurrou minha mão, enquanto saí do meu quarto batendo o pé.Que se foda.

Ignorei a ceninha enquanto terminava de me arrumar, peguei meu carro e fui direto pra boca.O Bruno tava lá também, o que me surpreendeu.Ele vem aqui ajudar nos negócios as vezes, mas não gosta de se meter no trabalho sujo, então prefere seu cargo de gerente, — coisa que eu não entendo.

Os muleques me olharam assim que eu cheguei.

— Vai encontrar Vanessa quando? — Zé falou rápido, o olhar de geral curioso em cima de min.Bando de fofoqueiro.

— Já encontrei — belisquei o lábio com os dentes — Hoje de manhã.Ela foi lá em casa, a gente conversou.Não parece tá maluca não — andei até a minha mesa, sentando na cadeira — Só aquele grude de sempre.Voltou por saudade mesmo, pelo menos foi isso que entendi — falei tudo, bem direto.Não queria prolongar o assunto.

— E como cês tão? — Bruno perguntou — Tão tipo, ficando?

— Tamo aí, né.A gente transou quando ela foi em casa, mas só.Também não quero nada com ela além do que tinha antes — peguei um isqueiro, acendendo um cigarro de maconha já bolado em cima da mesa.

Os meninos pareceram ficar satisfeitos e os olhares curiosos finalmente pararam.

— Que horas Mariana sai da escola? — referi minha pergunta ao Bruno, enquanto dava uma tragada e soltava fumaça no ar.

— Pra quê tu quer saber? — me encarou, enquanto os outros muleques olhavam pra mim de novo.Num tô falando que são um bando de fofoqueiro?

— Vou buscar ela hoje, ué — falei como se fosse óbvio.

— Seu cu — Bruno respondeu rápido —A minha irmã sempre volta de ônibus, e hoje não vai ser diferente.

— Qual o problema carai? — levantei uma das sobrancelhas — A gente estabeleceu um acordo de paz, e eu quero cumprir com ele.Para de nóia — falei

— Tu não vai buscar ela, GN.—Bruno me encarou — Fica de boa aí, na moral.

Revirei os olhos, fingindo me render.Mas claro que eu ia buscar ela.Quem o Bruno pensava que era pra mandar em mim?Ai ai.Claro que eu não sabia o horário certinho que ela saía, mas ia parar na frente da escola umas 11:40 da manhã, um horário cedin, pra não ter perigo de ela pegar o ônibus antes que eu chegasse lá.

Tô ligado que tô parecendo pirado falando desse jeito, mas eu queria ter uma boa convivência com a Mariana e acho que dava bom se a gente conversasse um tiquin... né?

Depois daquela manhã cheia na boca, saí de lá meio que as pressas.Os muleques não entenderam, mas eu também não expliquei nada.Dirigi até a escola um pouco perdido, tentando lembrar o caminho pela última vez que fui buscar ela lá.

Estacionei o carro, notando que não tinha movimento nenhum na parte da frente da escola.Espero que ela não demore muito pra sair.Pra polícia me achar aqui é nem tchum.

Depois de umas caralhadas meia hora dentro daquele carro, finalmente o sino tocou e em uns minutos vi a Mariana indo em direção a calçada, provavelmente ao ponto de ônibus.Dei uma buzinadinha pra tentar chamar a atenção da Mariana, mas ela pareceu não perceber que era pra ela.

— Ô Mariana! — gritei, com a cabeça pra fora do carro, fazendo alguns alunos me olharem e a Mariana me repreender com um olhar constrangido.Dei risada.

— Que cê tá fazendo aqui? — ela colocou o cabelo atrás da orelha, se aproximando da janela, ainda com vergonha.

— Vim te buscar, ué — falei como se fosse óbvio — A gente vai dar um passeio.

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Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora