Capítulo 47

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Gustavo

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Gustavo

Nos últimos dias eu só tinha passado raiva.Toda vez que a Mariana saía de casa eu mandava um milhão de mensagens há cada minuto pra ter certeza de que nada tinha acontido.

A verdade era que eu tava apaixonado pra caralho.Não sabia se tinha feito certo em esconder a chantagem do Garcia dela, mas não queria que ela sentisse medo ou ficasse preocupada demais.

Ela já tinha entendido que alguma coisa tava rolando, acho que passou a perceber por causa dos muleques que estavam sempre perto dela fazendo proteção.Eles me informavam sobre tudo pelo radinho.

Ia ter um baile hoje.A Mariana tava bem afim de ir, mas eu não me sentia muito seguro em relação a isso.Ela estaria mais vulnerável no meio de tanta gente, e eu não poderia ter muito controle de quem chegava perto.

— Tô indo me encontrar no shopping da zona sul com a Julia, tô levando minha chave! — Mariana gritou do primeiro andar e eu pude escutar o barulho do molho de chaves na sua mão.

Desci as escadas correndo, antes que ela pudesse abrir a fechadura.

— Por quê? — parei na sua frente, com a respiração um pouco ofegante pela pressa.

— Por quê o quê? — Mariana franziu as sobrancelhas, enquanto tentava destrancar a porta.

— Vai lá agora pra quê? Fica aqui comigo pô, a gente fica de boa — me desconcertei ao tentar formular a desculpa esfarrapada.

— Ué, a gente vai se encontrar agora a tarde, antes do baile.Ela tá querendo ir também — sorriu.

— E porquê ela não vem pra cá pra passar o tempo contigo? Não é mais fácil, já que o baile vai ser aqui no morro? — franzi a testa, perguntando o o óbvio.

— A gente quer passar o dia lá, não pode?

— Não.Chama ela pra vir aqui — insisti.

— Tá assim porquê? — suspirou, quase impaciente.Eu tinha noção de que ela começava a se irritar com aquilo.

— Tô só te dando uma opção óbvia.Fica aqui — disse, tentando manter a calma.

— Não tô afim.Eu tô indo, depois volto — segurou na maçaneta e abriu a porta.Antes que ela pudesse dar um passo, empurrei a porta novamente, fazendo com que ela batesse com força.

— Você tá maluco? — senti a raiva na sua voz — Tá querendo me controlar, Gustavo?

— Quem tá ficando maluca é tu pô, tá tirando? — disse entredentes — Tô te mandando ficar aqui.Pode escutar uma vez não?

— Você não manda em mim — franziu o cenho.

— Caralho, tu quer fazer birra agora, Mariana? — travei o maxilar.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora