Capítulo 61

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Mariana

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Mariana

Já faziam três meses que eu tinha saído do morro.A dor foi passando aos poucos e eu já não sofria tanto por Gustavo como antes.Dizer que eu tinha esquecido dele seria exagero.Não era verdade.

Faltavam alguns poucos dias para a prova do vestibular.Eu estava extremamente ansiosa e muito, muito nervosa, apesar de ter a noção do quanto me dediquei e me esforcei nos últimos meses.

Ignorei a sugestão de descansar nos dias anteriores a prova e repassei na mente cada um dos meus resumos com o maior cuidado possível, todos os dias até o grande dia.Eu tinha que estar pronta.Desejava isso com toda a minha força.

Quando o dia de prestar vestibular enfim chegou, eu não poderia estar mais nervosa.Julia e Bruno me diziam palavras reconfortantes na esperança de que aquilo fosse me deixar mais calma.Infelizmente não deixou.

— Vai dar tudo certo, Mari — Bruno me deu um abraço apertado — Relaxa, tu estudou — segurou meus ombros e me lançou um sorriso de boca fechada.

Apenas nos últimos 4 meses, pensei.

Bruno acabou dando carona para que o carro não ficasse lá.Antes de sairmos, desejou boa sorte pra Julia também e fomos nós duas até o local da realização da prova.

Eu e Julia estávamos em salas diferentes.Assim que sentei na cadeira senti minhas mãos suarem.Eu estava nervosa demais e repassava na mente as estratégias argumentativas da minha redação a cada quinze segundos.

Assim que minha prova foi entregue e eu pude começar, foi somente naquilo que minha cabeça focou nas horas seguintes.Finalizei a redação relativamente satisfeita e saí da sala em silêncio, pegando meus pertences na sacolinha lacrada debaixo da mesa.

Julia já me esperava do lado de fora e eu corri na direção dela assim que a-vi.

— Calma, garota! — minha amiga soltou uma risada nervosa — Como você foi?

— Eu acho que bem, espero que bem — respondi, então nós duas sentamos na calçada — Mas esse fim de semana eu fiz a prova das matérias que são meu forte, né?Não quero nem pensar na semana que vem... — enrosquei meus dedos na lateral da cabeça, puxando levemente meus próprios fios de cabelo.

— Calma, Mari! — Julia me deu um tapa leve no ombro — Para com isso.O que importa é que hoje você se saiu bem, e no próximo fim de semana vai arrasar também.

Olhei pra ela com descrença por conta do carregamento exagerado nas palavras, mas Julia fingiu não perceber e me ignorou.

— E você? — perguntei — Foi bem?

— Acho que sim — ela acenou positivamente com a cabeça — Mas de qualquer forma, ainda estou cogitando a possibilidade de fazer uma faculdade particular.

Amor de drogaOnde histórias criam vida. Descubra agora