Capítulo 8

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Dulce Maria


Anahí e eu passamos a noite comendo doces e rindo de várias histórias de infância, vivíamos compartilhando coisas da época em que ainda não nos conhecíamos, era divertido mas me leva a pensar como seria se tivéssemos passado a infância juntas.

Fomos dormir no meio da madrugada e acordamos perto da hora do almoço e Annie começou a se arrumar para sair com Poncho e eu passaria o restante do dia como mais gostava: em minha própria companhia.

Assim que ela saiu, resolvi que faria uma caminhada antes de almoçar, eu gostava de andar pelo bairro por ser extremamente arbóreo, além de ter um parque botânico perto de onde eu morava. Coloquei minha roupa de ginástica e sai de casa com meus fones em meus ouvidos.

Não era um dia quente, pelo contrário, fazia muito frio, sentia o vento gelado cortar minha pele, eu adorava aquela sensação que o inverno nos dava. Assim que entrei no parque, comecei a correr, já que até agora eu apenas caminhava.

Continuei concentrada na música que tocava em meu fone e no caminho que eu fazia, senti uma leve tontura de repente e resolvi diminuir meu ritmo, mas não queria parar agora. Segui meu caminho e de repente trombei em alguém, era Christopher que estava em minha frente.

- Ah, oi, Christopher. Me desculpa, eu não vi você. - eu disse me desvencilhando dele, já que ele me segurou pela cintura, para que eu não caísse no chão.

- Você está bem, Dulce? Está meio pálida.

- Só estou com tontura, estou bem.

- Você se alimentou hoje?

- Não, mas não estou com fome.

- Você não pode se exercitar sem comer, Dul. Vamos para a sua casa que eu vou fazer seu almoço.

- Você é sempre entrão assim, né?

- É isso ou você desmaia, querida. Eu sei bem o que estou falando, acredite.

- Tudo bem, então vamos.

Saímos do parque e fomos em direção à minha casa. Odiava admitir mas Christopher estava certo, eu não deveria ter saído sem me alimentar, e por mais que eu geralmente não faça isso, hoje eu não estava com tanta fome.

Enquanto caminhávamos, Christopher falava diversas coisas, mas eu realmente não conseguia me esforçar e me concentrar em nada. Minha visão estava começando a ficar turva, fui sentindo meu corpo amolecer, parei de andar e vi que ele percebeu, logo eu apaguei em seus braços.

Quando despertei, estava levemente desnorteada, sabia que estava em meu sofá e senti uma leve carícia em meu cabelo. Abri os olhos e deparei com Christopher agachado ao meu lado, me olhando preocupado, talvez até um pouco assustado. Tentei me levantar mas ele impediu na mesma hora.

- Fique deitada, sua pressão está baixa. Eu estava apenas esperando você acordar para fazer um almoço. Como se sente?

- Um pouco tonta e com fome.

- Dul, você está doente? - ele pausou o que dizia e engoliu seco. - ou grávida?

- Claro que não, nenhuma das opções. Quer dizer, não sei se estou doente, talvez seja melhor eu passar no médico. Gravidez é praticamente impossível.

- Certo, então nós vamos comer e se você não melhorar, vou te levar no hospital.

- Você não precisa fazer isso, Chris. Não vou estragar seu sábado, e outra, estou melhor.

Tudo Para Ficar Com ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora