Capítulo 49

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Christopher Uckermann

Minha relação com Dulce parecia que tinha levado um reset. Estávamos bem, assim como quando nos conhecemos, eu sentia muito a falta dela, de sua companhia e principalmente de nossos flertes constantes.

Todas os dias da semana eu ia cedinho para sua casa, tomávamos café da manhã juntos e fazíamos ioga, era um momento muito único para nós dois, me sentia conectado com ela e sei que ela sentia o mesmo.

Hoje era sexta-feira e tínhamos combinado com todos de irmos ao bar em que nos conhecemos, aquele era um lugar muito agradável e com certeza com muitas lembranças.

Logo saí da academia e fui para casa. Christian também sairia com a gente, por isso pedimos a um dos professores fechá-la, confiávamos quase que cegamente em nossos funcionários. Ao entrar no carro, resolvi mandar uma mensagem à Dulce, ela geralmente demorava para se arrumar e sairíamos juntos hoje, já que Anahí só chegaria mais tarde por estar trabalhando.

- Maria, estou saindo do trabalho, hein!

- Para de me chamar de Maria, Uckermann! - ri com o jeito que Dulce falou, sabia que ela ficaria brava.

- Tá tá, estou saindo! Não demore.
-Maria

- Não vou mais, não te aguento mais também, vamos cortar as relações.

- Você não resiste o charme Uckermann, querida. Nem adianta querer fugir mais.

- Que droga! Você podia ser mais feio, pelo menos ficaria mais fácil para mim.

- Jamais facilitaria as coisas para você, ruivinha 😈

- Chega, Uckermann! Até daqui a pouco.

- Até.

Deixei o telefone de lado e fui rapidamente para casa, ainda era cedo, não tinha trânsito, então não demorei muito a chegar. Logo que entrei, fui direto tomar um banho e me arrumar, odiava atrasos e com certeza não queria ser o causador de um. Me vesti com uma calça jeans e uma camiseta preta básica, como estava calor, optei por não levar jaqueta. Terminei relativamente rápido, então, resolvi ir à casa de Dulce esperá-la. Dei uma rápida espiada pela janela e pude vê-la de longe, enrolada em uma toalha de banho e totalmente distraída.

Peguei minhas coisas e saí quase que correndo de casa. Não entendi direito minha atitude, Dulce realmente me afetava, ainda me deixaria maluco. Toquei sua campainha e em pouco segundos, ela abriu a porta, como se soubesse que seria eu ali, nem fez questão de se trocar.

- Oi, Chris! - Ela disse abrindo um grande sorriso. - Você está adiantando, ainda não está na hora, né?

- Sim, Dul, não se preocupe. - disse rindo de leve para ela e entrando em sua casa. Dulce fechou a porta atrás de mim e me encarou, assim, pude observá-la melhor. Seu rosto era perfeito, sua pele era macia, ela estava com uma maquiagem leve mas com os olhos bem marcados, aquele par de olhos me prendia de um jeito que eu não saberia definir o que era.

- Certo... - ela pareceu tão desconcertada quanto eu, estávamos extremamente próximos, podia sentir sua respiração. Meu Deus, como eu queria beija-la, esquecer todos os nossos planos e tudo que passamos para ficarmos aqui juntos. Mas não podia, não agora, então me afastei levemente e ela pareceu sentir falta do meu corpo perto do seu.

- Dulce, vamos nos atrasar assim.

- Ah, vou lá no quarto terminar, pode vir também, preciso de ajuda para escolher um vestido.

- Tudo bem.

Dulce caminhou na minha frente em direção ao quarto, pude encarar sua silhueta perfeita e tive uma visão privilegiada de sua bunda, ela era muito gostosa, e fazia minha calça ficar apertada só com isso. Droga, eu parecia um adolescente!

Fui caminhando lentamente até o quarto dela, tentando controlar minha ereção, mas estava um pouco complicado já que Dulce estava nua, apenas de toalha, naquele corpo perfeito. Assim que passei pela porta, pude ver a bagunça que estava ali. Havia pelo menos sete vestidos curtos jogados ali, algumas saias e uns croppeds, confesso que fiquei espantado, Dulce era muito organizada, jamais pensaria que veria isso.

- Não se assuste, vou arrumar depois. - ela disse parecendo que lia meus pensamentos. Afastei algumas peças e sentei com as costas encostadas na cabeceira da cama. Comecei a olhar o que estava ali e bati em um vestido que com certeza Dulce ficaria de tirar o fôlego. Era branco, de cetim, com alças fininhas e provavelmente ficaria justo à seu lindo corpo.

- Dul, por que não usa esse vestido aqui?

- Pensei nele mesmo, mas estava em dúvidas entre esse e o vermelho.

- Gosto dos dois mas esse aqui é meu favorito.

- Tudo bem então. - ela pegou o vestido e entrou no closet. Pouco tempo depois, Dulce saiu dalí vestida, e eu estava certo, ela estava lindíssima.

- Uau, você está maravilhosa, Dul.

- Obrigada, pode fechar meu zíper para mim, Chris? - respira fundo Christopher, pensei comigo mesmo. Dulce se aproximou e eu levantei, ela parou de costas para mim e pude reparar que ela não usava sutiã, sua calcinha era branca de renda e eu estava a um ponto de perder o controle. Subi seu zíper lentamente e assim que cheguei ao fim, dei um beijo em seu ombro, que a fez suspirar e sua pele se arrepiar. Me afastei novamente e sentei onde já estava, eu ia perder a cabeça hoje ainda.

- Obrigada. - ela disse entre um sorriso tímido, aquilo também tinha a afetado, ótimo. Dulce calçou suas sandálias pretas de salto e avisou que estava pronta para irmos. Respirei fundo e fomos, eu estava me segurando muito para não avançar em Dulce agora mesmo e passar a noite toda nessa cama, meu Deus que mulher.

O caminho foi tranquilo, vez ou outra nos provocávamos como sempre, existia uma tensão sexual palpável entre nós dois, era bizarro e com certeza difícil de entender.

Logo chegamos no bar, de longe, pude avistar Christian com Justin sentados em uma mesa grande, então fomos em sua direção. Chegamos mais perto e nos cumprimentamos, Dulce se sentou ao lado de Christian e eu, ao seu lado. Pedimos algumas bebidas e Justin começou a contar um pouco sobre seu trabalho aqui, ele estava radiante, os olhos brilhavam ao falar disso e sei que também estava assim por Christian eles eram o casal perfeito.

Anahí e Poncho não demoraram muito para chegar, logo estávamos os seis reunidos, Justin já parecia totalmente entrosado no nosso meio e eu confesso que gostava disso. Vez ou outra, sentia Dulce me provocando, parecia estar tão excitada quanto eu, já que não parava de mexer as pernas ou de cruzá-las apertando suas coxas uma na outra. Nesse momento, todos os outros conversavam distraídos, totalmente imersos, já eu e Dulce, parecíamos estar no nosso próprio mundinho.

Parecendo não aguentar mais, Dulce se levantou e foi ao banheiro. Me certifiquei que ninguém estava olhando em minha direção e a segui, em passos largos, precisava dar um basta naquilo.

- Christopher, me assustou. - Dulce colocou a mão no peito como se estivesse tentando controlar a respiração. Estávamos em um corredor escuro e apertado, talvez nem perto do banheiro, ela estava mal intencionada. - O que faz aqui?

- Eu não aguento mais esperar para fazer isso, Dulce.

Sem deixá-la responder, colei nossos lábios em um beijo, pedi passagem com a língua e Dulce retribuiu na mesma intensidade. Ela abraçou meu pescoço, aumentando nosso e agarrou meu cabelo, como sempre fazia. Deus, que saudade dessa mulher.

Tudo Para Ficar Com ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora