Capítulo 9

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Dulce Maria

No domingo pela manhã, resolvi que iria visitar meus pais já que fazia umas duas semanas que não os via. Eu era extremamente apegada à eles, principalmente ao meu pai, nós éramos parceiros em tudo na vida.

Mandei uma mensagem para eles avisando que estaria lá em pouco tempo e em seguida já recebi uma resposta animada da minha mãe, sei que ela sentia minha falta, quando me mudei de lá para morar com Pablo, foi um choque para os dois, e mesmo devido as circunstâncias, sei que se animaram quando eu voltei à morar lá. Poderia dizer que seria mais fácil ficar morando com eles, mas eu não teria minha privacidade dessa maneira.

Comi uma fruta para não passar mal novamente, me arrumei e logo saí de casa. Assim que coloquei os pés para fora, pude ver Christopher saindo também, ele estava incrivelmente bonito e atraente, como sempre.

- Bom dia, Dul!

- Bom dia, Chris! - comecei a andar em direção à meu carro, e o observei fazer o mesmo.

- Você está bem? Está se sentindo mal como ontem?

- Estou ótima! Obrigada! - ele sorriu fraco e abriu a porta de seu carro.

- Até mais, Dulce.

- Até!

Entrei em meu carro e segui meu caminho. Achei o comportamento de Christopher meio estranho, poderia dizer que ele estava até nervoso, eu não sabia muito sobre ele, mas gostava da relação que tínhamos, e me senti levemente preocupada sobre, perguntaria à ele sobre mais tarde.

Dirigi pela cidade tranquilamente, as ruas estavam vazias por ser domingo de manhã e eu agradecia por isso, afinal não tinha nenhuma paciência para trânsito. Logo estacionei na casa dos meus pais e sai do carro, estava animada para vê-los e com muita saudade. Toquei a campainha e meu pai abriu a porta com um sorriso no rosto, assim me joguei em seus braços num abraço apertado.

- Oi, papai! Estava com saudades!

- Também estava, princesa! Vamos, sua mãe está na cozinha. - entramos e fomos direto encontrá-la, e assim que adentramos, senti um cheiro maravilhoso, a comida da minha mãe era incrível.

- Oi, mamãe! - a abracei por trás e dei um beijo em sua bochecha, já que ela estava de costas para a porta.

- Dulce, meu amor! Como está, filhinha?

- Muito bem e você?

- Melhor agora, sentimos sua falta!

- Eu também, mamãe, acredite! Tenho trabalhado bastante ultimamente.

- Você não muda, sempre enfiada naquele laboratório. - agora foi a vez do meu pai falar, o tanto que eu trabalhava sempre incomodou eles.

- Eu sei, mas gosto do que faço, e vocês que sempre me incentivaram a fazer isso.

- E ficamos orgulhosos de você, filhinha. Mas não tem nada de errado em pegar leve.

- Bom, quem sabe futuramente.

- Como está Anahí? - minha mãe resolveu mudar de assunto, sei que notou como eu me incomodava quando diziam que eu trabalhava demais. - Conversei rapidamente com ela essa semana. - meus pais tratavam Annie como se fosse filha deles, e eu achava isso incrível.

- Está bem, saindo com um cara novo, parece que dessa vez é para valer.

- E você?

- Não estou saindo com ninguém, mamãe. Sinceramente, nem quero, não depois do que eu passei.

- Engraçado, Anahí nos contou que você conheceu alguém.

- Ah, sim, o Christopher, mas não é isso que vocês estão pensando, ele é bonito e gente boa, mas somos amigos.

- Amigos? - Meu pai arregalou os olhos. - Isso já é uma grande evolução!

- É eu sei, a doutora Camila disse o mesmo. Sinto que posso confiar em Christopher.

- Já gostei desse rapaz! Me conte sobre ele.

Comecei a contar sobre minha aproximação com Christopher, desde o bar que nos conhecemos até ele ter cuidado de mim ontem. Minha mãe ficou encantada por ele, sei que ela já está criando altas expectativas, mas eu fiz questão de colocar os pés dela na terra, nada aconteceria entre eu e ele. Meu pai ficou animado sobre essa amizade, e compreendeu mais o que eu quis dizer quando ressaltei que éramos só amigos.

Passamos o dia tranquilo e entre muitas risadas, eu amava passar os domingos ao lado dos meus pais, eles significavam tudo para mim. Minha mãe havia feito meu bolo de chocolate favorito, aquilo com certeza tinha feito minha semana.

Mais tarde, quando ja estava escurecendo, resolvi ir para minha casa, aquela semana seria cheia no laboratório e eu precisava descansar. Poucos minutos depois, entrei em casa e suspirei, me sentia renovada e pronta para tudo.

Fui para meu quarto e decidi ir tomar um banho para relaxar. Ouvi um som de notificação vindo do meu celular e estranhei, tinha falado com Anahí e ela havia dito que estava com Poncho e meus pais já sabiam que eu estava em casa. Desbloqueei minha tela e sorri quando li as mensagens.

- Oi, ruivinha! Como passou o dia?

- Oi, Chris! Foi ótimo, estive na casa dos meus pais, e você? Senti que não estava muito bem de manhã.

- Estou bem, apenas preocupado.

- Se precisar conversar, estou aqui!

- Obrigado, Dul! Vá descansar, amanhã às sete da manhã estarei aí para nossa yoga. 😉

- Você não esqueceu disso ainda? 😪

- Não, e nem irei! Durma bem, Dulce, boa noite! 😘

- Boa noite, Chris! 😊

Bloqueei meu celular e segui para o banheiro, era bom saber que mais alguém além de Anahí e minha família se importava comigo, Christopher realmente conquistou minha confiança e sua preocupação comigo aquece meu coração.

Saí dos meus pensamentos e fui para o chuveiro, me sentia realmente cansada depois desse longo dia, mas não que tenha sido de total ruim. Logo, sai do banheiro, coloquei meu pijama e deitei na minha cama, liguei a TV do meu quarto em um filme mas acabei adormecendo.

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