Capítulo 51

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Dulce Maria

Ter passado a noite com o Christopher tinha sido melhor do que havia projetado. Era notável a falta que um tinha do corpo do outro, estávamos em combustão praticamente.

Adormecer em seus braços com certeza era uma das minhas sensações favoritas e eu não queria nunca parar de senti-la. Ter o corpo dele colado no meu, nossas pernas entrelaçadas, nossas peles fundidas, era tudo que eu poderia pedir. Eu ainda estava velando seu sono quando pude vê-lo se remexer e sorrir, mesmo de olhos fechados, meu coração deu pulinhos dentro de mim, eu já estava perdida.

- Bom dia, Dul. - ele disse com uma rouquidão em sua voz, senti minha pele formigar no mesmo instante.

- Bom dia, Chris. - sorri e ele me puxou para um beijo rápido.

- O que acha de um banho?

- Acho que precisamos.

Christopher me pegou no colo, como seu eu fosse uma criança indefesa, e fomos até o banheiro. Ele me colocou no chão e entrou no box para ligar o chuveiro, o dia estava quente e aquilo me deixava animada. Fiz o coque frouxo no cabelo e entrei no box com ele, que de imediato me puxou para um abraço apertado, fazendo meu cabelo molhar, mas tudo bem, não queria estragar esse momento.

- Senti sua falta. - ele disse com os lábios pressionando minha cabeça em um beijinho carinhoso.

- Você já disse isso...

- Sentia falta de estar assim com você. - suspirei sentindo meus olhos começarem a arder, eu estava sensível ultimamente, principalmente por estar tomando meu remédio com menos frequência, aquilo tudo me afetava.

- Eu também, Chris. - o olhei nos olhos e acariciei seu rosto. - Não faz ideia do quanto. - nossos lábios se encontraram num beijo terno e intenso, me senti emocionada e algumas lágrimas começaram a cair por meu rosto. Christopher se afastou e limpou com as costas dos dedos.

- Por que está chorando, Dul?

- Quando eu digo que senti sua falta, eu morri sem você, Chris. Me perdoa por ter te magoado, eu fui uma filha da puta com você, eu não te mereço, você está em todo direito de sair por aí e ficar com outras, não comigo, de me odiar e nunca mais olhar na minha cara.

- Dulce, de onde está vindo isso? Eu já te perdoei, pequena, fiquei magoado sim, principalmente naquela noite com Justin, mas passou, estamos aqui agora, no presente, aquilo é passado.

- Você não pode ser tão compreensível assim. Teria que me fazer sofrer, Christopher.

- Claro que não, Dulce. Está maluca? Soltou um parafuso enquanto transávamos, não é possível.

- Parece...irreal.

- Mas não é, sei que para você é difícil de acreditar, eu não guardo rancor, não gosto de sentir coisas ruins, não odeio nem à Muriel, quanto mais a você.

- Isso não está certo, sinto que estou te fazendo mal e não quero isso.

- Você quer acabar com o que mal começamos? - balancei a cabeça negativamente e suspirei. - então, eu também não quero, não se preocupe com isso, Dul. Está no passado, não vamos voltar a cometer os mesmos erros, ok? A partir de agora conversaremos como dois adultos que somos e resolvemos as coisas assim, certo?

- Tudo bem, desculpe por ter surtado...

- Não peça desculpa por ter dito o que sentia, Dul, não tem nada de errado nisso. Sei que você ainda está num processo de recuperação, mas estarei aqui para te ajudar em tudo, sempre. - ergui a cabeça para olhar aquele homem lindo, que fazia meu coração palpitar, seus olhos brilhavam intensamente, de um jeito que eu não podia decifrar, mas sei que eu me encontrava do mesmo jeito. A água escorria entre nós, por mais que estivéssemos apoiados na parede, tudo naquele momento estava perfeito.

- Você realmente não tem defeito, né? - perguntei da forma mais espontânea possível, por que realmente saiu despretensiosamente, e pude ver aquele sorriso se abrir, foi inevitável não sorrir também.

- Eu tenho muitos defeitos, querida, acredite. - ele disse ainda rindo e eu apenas o puxei pela nuca para um beijo calmo, porque era assim que estávamos, nossas línguas dançavam no mesmo ritmo, era como se fossem feitas uma para a outra.

Um beijo que começou calmo, acabou tomando proporções maiores, afinal éramos Dulce e Christopher, não podia esperar menos que isso. Minha intimidade pulsou apenas com o toque de suas mãos passando pelo meu corpo, e logo notei sua ereção batendo na minha barriga, estávamos sempre prontos um para o outro.

Quando o ar se fez escasso, Christopher desceu uma trilha de beijos molhados até meu pescoço, e logo alcançou meu seio, onde ele abocanhou sem demoras, me arrancando um gemido um pouco mais alto e me fazendo puxar seus cabelos, eu amava fazer isso. Chris desceu uma de suas mãos até minha intimidade e penetrou dois dedos ali, espalhando minha excitação por toda região.

- Sempre pronta para mim, né Maria?

- Sim, me fode logo, Chris. - Eu estava sem pudores, eu sei, mas o que podia fazer se esse homem causava de tudo e mais um pouco em mim?

Gemi em protesto quando Christopher tirou seus dedos de minha intimidade e ele apenas sorriu fraco, como se soubesse o que viria a seguir. E sabia. Chris me segurou contra a parede gelada, me fazendo enlaçar as pernas em sua cintura, e assim me penetrou com habilidade. Soltamos, juntos, um gemido de alívio, era como se precisássemos daquele contato físico naquele momento.

Ele acelerou seus movimentos e eu cravei as unhas em suas costas, tentando conter todo o prazer que sentia. Christopher me beijava em todos os lugares que alcançavam, e eu me sentia cada vez mais entregue a seus braços. Mais umas estocadas fortes, gozamos juntos, intensamente, e pude sentir seus jatos dentro de mim, aquela sensação era indescritível.

Olhamos fundo nos olhos um do outro, ainda conectados, e sorrimos largamente, as coisas realmente estavam diferentes. Chris me deu um beijo casto e logo nos separamos. Continuamos nosso banho, dessa vez sem malícia nenhuma, Christopher quis lavar meu cabelo e eu deixei, afinal estava quase que sem forças. Pouco tempo depois saímos do chuveiro, eu vesti uma cueca dele e uma de suas camisetas, já que não queria colocar meu vestido da noite passada, e ele preferiu ficar apenas de bermuda, com aquele peitoral definido de fora.

- Chris, estou faminta.

- Vamos, pequena, vou preparar nosso café da manhã e depois fazemos yoga.

- Eu trocaria a yoga por sexo todos os dias, estou cansada, Chris. - Eu disse manhosa e ele apenas riu.

- Tudo bem, vamos comer... - mais uma vez eu parei para pensar se aquele homem tinha defeitos, ele realmente não tinha. Christopher passou o braço por meu ombro e fomos para a cozinha comer, eu estava fraca mas precisava recuperar minhas energias, afinal tínhamos mais uma coisa a conversar.

Tudo Para Ficar Com ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora