Dulce Maria
Após conversar com Christopher, fui para minha casa repensando em tudo que havíamos dito um para o outro. Uma parte de mim estava feliz por saber que ele se sentia atraído por mim, por que eu também me sentia assim, era só físico e não tinha mal algum nisso, e também não faríamos nada a respeito.
Logo que entrei em casa, Anahí chegou. Íamos jantar com a minha mãe hoje, já que meu pai estava viajando a trabalho e ela dizia estar com saudades das "filhas". A relação de Annie com minha família era incrível.
- E aí, Barbie?
- Oi, ruivinha. Senti saudades!
- Eu também, Annie. Você sumiu essa semana.
- As coisas estão corridas no escritório, mal tenho tempo para respirar.
- Eu imagino, no laboratório também estamos assim.
- Me conta as novidades! Não nos vemos desde domingo.
- Acabei de voltar da casa do Christopher, nós conversamos e nos resolvemos.
- Uau, finalmente. Ele disse por que teve aquela reação? Fala sério, foi só um beijo.
- Foram dois beijos, Anahí. - Arregalei os olhos na mesma hora que percebi o que tinha dito. - Não que isso importe.
- Sei... Mas e aí?
- Ele admitiu que sente uma atração por mim, e sinceramente eu também sinto por ele, mas seremos apenas amigos.
- Amigos que enfiam a língua um na boca do outro...
- Anahí!! - a repreendi na mesma hora e senti meu rosto esquentar, a vi revirando os olhos e rindo.
- Ai, Dulce, vocês já se beijaram mesmo, o que que tem repetir ou fazer coisas a mais? Aposto que ele transa gostoso. - a esse ponto, eu provavelmente já estava roxa.
- Sério, Anahí, chega!
- Você pensou nisso, né? Dulce Maria Saviñon não negue.
- Chega, vou me trocar para que a gente saia.
- Uh, Dulce está com vergonha, sei que quer admitir, não adianta negar.
- Você é insuportável às vezes, sabia?
- Sim, e não vou sossegar até você admitir.
- Tá, talvez eu tenha pensado nisso. - vi Anahí abrir um sorriso enorme. - Mas só pensei, não vamos fazer nada, pode tirar esse sorrisinho do rosto.
- Veremos até quando você vai resistir. - suspirei fundo e fitei o chão.
- Annie... Você sabe que não é fácil assim... Se fosse em outras circunstâncias, eu já teria tido iniciativa para isso. - Ela suspirou e me abraçou de lado.
- Eu sei, eu só quero que você fique bem, evolua no seu tratamento, mas tudo tem seu tempo.
- E eu tenho certeza que isso vai passar, por enquanto eu só não consigo..
- E não tem problema, sua prioridade agora é você. Mas não se esqueça que não tem nada demais você ficar excitada com Christopher, ou querer prazer, isso é normal, Dul.
- Eu sei, preciso tirar esses pensamentos de que isso é "errado" da minha cabeça.
- Sim, eu odeio tanto o Pablo por ter enfiado essas asneiras na sua cabeça, bom e por todo o resto também. Filho da puta.
- Não precisamos falar dele. Agora deixa eu me trocar, Anahí, estamos atrasadas e dona Blanca odeia atrasos.
Entrei para meu quarto e logo fui me trocar. Tirei meu moletom e coloquei uma calça jeans, uma camiseta e uma jaqueta, já que com certeza faria frio a noite. Avistei Christopher pela janela, ele também estava se arrumando, e pelo pouco que vi, ele estava lindo. Sai dos meus pensamentos ao ouvir Anahí pigarrear atrás de mim, me assustando levemente. Me virei para ela e resolvi não falar nada sobre.
- Vamos, Annie?
- Vai continuar fugindo do que você está querendo, né?
- Não sei do que você está falando. - Eu disse saindo do quarto e indo pegar a chave do carro.
- Sei. Vamos vai.
E assim, finalmente saímos. Durante o caminho todo, Anahí não voltou a falar sobre Christopher e eu agradeci por isso, afinal estava ficando desconfortável com o assunto, e ela pareceu perceber. Pouco tempo depois, chegamos e entramos, minha mãe nos recebeu com um sorriso no rosto e um abraço apertado.
- Oi, mamãe! Como você está?
- Oi, minha filha! Estou bem! Annie, quanto tempo não te vejo!
- Ai, tia, estou trabalhando tanto.
- Vocês duas não descansam, trabalham demais.
- Mamãe, sempre isso...
- Dulce, eu quero seu bem, filha. Quando você vai me dar um genro que preste?
- Ih tia, está difícil...
- Anahí! - mais uma vez a repreendi. - Não estou pronta para isso ainda, vocês sabem.
- Não se feche, Dulce. Às vezes, as pessoas aparecem quando a gente menos espera. - e nesse momento, Anahí me olhou como se dizia "eu falo".
- Chega, chega. Quem sabe mais para frente? Por enquanto, não.
Encerramos esse assunto e fomos jantar. Minha mãe conversava animadamente com Anahí e eu não conseguia me concentrar na conversa, apenas em tudo que havia escutado hoje. E se eu desse uma chance a Christopher? O que poderia acontecer? Não queria me envolver emocionalmente mas ele também não, e isso não tinha nada de errado. Talvez eu pensaria melhor sobre isso.
- Dulce!
- Ai, Annie! Não grita, que susto.
- Você que estava no mundo da lua aí.
- Não estava não.
- Pensava em que, hein Dulce? - agora foi a vez de minha mãe me alfinetar.
- Nada demais. Só algumas coisas do trabalho. - menti.
- Se desliga disso, Maria.
- Eu vou. Não era nada demais, na segunda-feira eu resolvo.
- Tudo bem.
Ficamos mais um tempo ali e algumas horas mais tarde, resolvemos ir embora. Annie iria para a casa de Poncho, então pediu um uber para ela, já eu, entrei em meu carro e segui meu caminho sozinha, apenas ouvindo algumas músicas que tocavam na rádio. Quando cheguei em casa, percebi o quão cansada estava. Tomei um banho, coloquei meu pijama e resolvi olhar a lua mais uma vez, essa noite eu dormiria tranquila, finalmente.
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Tudo Para Ficar Com Ela
Fanfiction+18 | Finalizada | Christopher Uckermann é um mulherengo do maior nível, não se importa com os sentimentos de ninguém, e se acha a pessoa interessante, tem que ser dele. Quando sua nova vizinha, Dulce Maria, se muda para a casa ao lado, ele se vê te...