"Eveline Kannenberg é uma vampira de 225 anos. Quando humana era uma pessoa completamente sorridente, alegre e sonhadora. Mas após ter tido seus sonhos arrancados, ela se tornou um monstro. Já não se tinha mais esperanças quando se tratava da vampir...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Leo... Pare a música. — pedi olhando atenta para a parede de vidro.
— O que foi? — a música parou e o ouvi colocando o livro na mesa de centro.
— Eu ouvi alguma coisa... — respondi tentando focar minha audição no que acontecia fora de casa.
Era 18 de Junho de 2024, hoje estávamos completando um ano de casamento. Compramos uma casa em Oregon, cercada com árvores como queríamos e sem vizinhos muito perto. Por aqui quase sempre estava frio, coisa que gostamos.
Era por volta das 9 da manhã quando eu ouvi algo vindo do lado de fora. Não era um animal como costumava a ser... Eu não me preocupava em ser um inimigo, já não os tínhamos mais. Mas de qualquer forma era estranho ouvir um barulho diferente do que eu já estava acostumada.
— Pode ser um animal, Eve. — ele se aproximou e tocou minha cintura.
— Não... Não é... — sussurrei.
Minha atenção e audição estavam totalmente focadas no que tinha lá fora agora. Fechei meus olhos e pude ouvir os barulhos dos animais, as gotas da garoa de chuva caindo, o vento e por fim... O que tinha me chamado atenção.
— É um choro! É de um bebê! — falei encarando Leonardo imediatamente.
— O que?! Um bebê lá fora? — perguntou surpreso.
—Sim, tenho certeza. Não tem ninguém lá... Eu não vi outra coisa. É apenas o bebê. Temos que ir buscá-lo imediatamente, Leonardo. — falei apressada caminhando até a porta. — Vamos!
— É claro. — ele correu até o casaco jogado no sofá e veio com pressa para a porta enquanto eu já saia de casa.
Por que um bebê estaria sozinho na floresta? Ele está correndo tanto perigo!
Eu corria e pude ouvir meu marido correndo atrás de mim, mas nossas velocidades não eram as mesmas. Eu já estava muito à frente.
Adentrei a floresta e não precisei ir muito longe para encontrar o bebê. Enrolando em um cobertor no chão... Ele chorava muito e estava com as bochechas vermelhas, com certeza pelo frio e chuva que caia sobre ele.
— Céus... — peguei o bebê em meus braços. — Quem teria coragem de te deixar nessa situação?! — balancei a criança, que logo parou de chorar.
Olhei ao meu redor e não havia sinal de qualquer outra pessoa por ali. Totalmente deserto. Depois de pouco tempo pude ouvir Leonardo chegando atrás de mim.
