Capítulo 22

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Quando meu corpo e meus sentidos já estavam completamente recuperados, voltei para casa

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Quando meu corpo e meus sentidos já estavam completamente recuperados, voltei para casa. Andava de um lado para o outro no meu quarto, minha cabeça estava cheia! Como Selene poderia saber sobre aquelas coisas? Isso não faz sentido.

Pensei em falar com Eddie mas algo me dizia que a pessoa certa com quem eu deveria conversar era a... Aradia. Afinal, foi ela que me encontrou abandonada. Se alguém pode saber algo do meu passado, esse alguém é ela.

Antes de entrar no quarto dela suspirei pesadamente. Séculos evitando falar com ela ou até mesmo a olhar, e agora sou eu que estou indo atrás... Preciso engolir um pouco do meu orgulho e raiva agora. Tenho que ter foco.

— Aradia? — a chamei entrando no seu quarto, sem bater já que ela fazia o mesmo comigo. — Preciso conversar com você... — olhei para todos os cantos visíveis do quarto. As cortinas da janela se mexiam com força pelo vento. Ela devia ter saído. Mas fui surpreendia quando me virei para sair do quarto e dei de cara com ela de braços cruzados.

— Você me procurando? Ora. Eu definitivamente não esperava por isso, Eveline. — sorri ironicamente enquanto ela me olhava, como se quisesse ler os meus pensamentos.

— Não crie expectativas, ainda te odeio. — a olhei por um momento e pisquei. — Pode conversar ou não?

— Eu que te pergunto isso... Pode conversar comigo ou prefere socar o meu rosto novamente?! — ela caminhou até o outro lado do quarto, se sentando em uma poltrona.

— Eu não perderia a oportunidade de socar a sua cara. — sussurei e me aproximei de Aradia, sentando na poltrona a sua frente. — Mas manterei o foco no que vim saber. Eu quero que me diga o que sabe sobre a minha origem... Minha mãe biológica... Enfim. Tudo que sabe sobre mim e eu não. — ela pareceu incomodada com a pergunta, cruzou as pernas e em seguida os braços. Não tirando os olhos de mim.

— Eu diria quem realmente é a sua mãe, já que parece que você não enxerga isso, mas sabe... Não estou afim de ver a minha fi... — parou e fechou os olhos. – Não estou afim de ver você surtando e me atacando outra vez. — eu a encarava séria e então suspirei. — Não sei absolutamente nada sobre a sua origem.

— Por que eu sinto que não é verdade? — ela desviou o olhar.

— Será que é porquê me odeia? Eu sou sincera, Eveline. Como todos nessa casa. Não sei nada e não entendo o motivo de estar querendo saber sobre isso depois de 2 séculos. — limpou a garganta e voltou a me olhar.

— Eu me lembro de quando era mais nova... Quando eu ainda achava que você era a melhor mãe do mundo... Te perguntava se um dia iria conhecer a minha mãe biológica, quem sabe irmãos, um pai... Mas toda vez que eu tocava naquele assunto você me dizia que eu não deveria pensar naqueles que nunca me quiseram. — ela me olhou desconfiada. — Você ficava com tanta raiva, e brigava tanto comigo... Faltava me bater. E eu não entendia.

EvelineOnde histórias criam vida. Descubra agora