Capítulo 58

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Ela não quis sair do quarto

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Ela não quis sair do quarto. Preferiu ficar sozinha por algum tempo e eu a respeitei. Me retirei e fui ver Marie Julie, que estava na cozinha, tomando café e sendo observada pelos olhos atentos de Selene.

— Bom dia, Leonardo. — acenou com a cabeça e sorri gentilmente como resposta, indo até Marie e a beijando no topo da cabeça.

— Olá, irmão. Bom dia. — sorriu. Marie sempre se mostrava muito tranquila em relação à tudo, mas eu podia ver um pouco de medo em seu olhar. — A mamãe está na biblioteca... Com o senhor Kannenberg e a irmã dele. Acho que eles estão conseguindo conversar melhor uns com os outros... Ela pediu para que você fosse lá logo, precisam estudar.

— Está bem... — sussurrei e olhei para Selene, que continuava parada em um canto, com os braços cruzados, nos observando atentamente.

— Leonardo, Marie... Eu irei ficar com a Josephine agora. Ela nem deveria estar sozinha lá fora... Mas é necessário já que Laurine não se recuperou completamente ainda e já que minha irmã não se sente bem...

— Como você sabe? — perguntei.

— Eu também conheço muito bem a minha irmã, humano. Somos iguais em muitas coisas... Eu sei que ela não deve estar se sentindo bem e que prefere ficar sozinha... — assenti com a cabeça e abaixei o olhar. — Mas bom, continuando... Ficarei lá fora, certificando de que tudo está no lugar junto à Josephine. Peço que por favor... Não abram as portas, nem a da entrada principal, nem a do quintal. Também não fiquem próximos as janelas... Se juntem à mãe de vocês e ao Eddie e Aradia. Não fiquem sozinhos por aí. — disse se aproximando e nos encarando.

— O-ok... — Marie gaguejou e me olhou em seguida.

— Tudo bem, Selene. Obrigado por tudo. — acenou com a cabeça e saiu pisando firme da cozinha.

— Leo... — Marie me chamou quando eu estava prestes a sair da cozinha também. — Quando... Quando tudo isso vai acabar? — segurou a minha mão.

— Marie, não se preocupe... Vai ficar tudo bem. Eu te prometo. Tudo vai passar logo...

— Eu estou com medo... Nossas vidas mudaram de um dia para o outro... Eu quero que você seja feliz, irmãozinho. — sorriu. — Mas quando vi o que aconteceu com a Laurine... Todo aquele sangue, os gritos de dor dela... Me assustaram tanto! E se isso acontecer com você também? Ou com a mamãe? — sua expressão se transformou em preocupação.

— Não, não... Não vai, Marie. Não vai. — a abracei. — Ninguém vai tocar em você ou na nossa mãe.

— Você vai nos manter em segurança, não é? Agora é um bruxo. Será tão forte... Nossa. Quando que eu iria imaginar, faço parte de uma família de bruxos... Pena que não vou ter nenhum poder, né? — se afastou sorrindo.

— É. Eu herdei todos. — sorri e toquei a ponta do seu nariz. — Você só é uma humana bobinha...

— Ah, você é muito chato! — me empurrou. — Vamos logo, Selene disse para não ficarmos sozinhos. — acenti com a cabeça e seguimos para a biblioteca em silêncio.

EvelineOnde histórias criam vida. Descubra agora