Capítulo 3

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O humano saiu da sala, e eu fui para o meu lugar

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O humano saiu da sala, e eu fui para o meu lugar. Esperando dar início a aula. Minutos antes dela começar ele voltou e se sentou perto de mim. O seu cheiro era tão forte que mesmo que ele fosse para o outro lado da sala eu ainda o sentiria. Isso começou a me incomodar.

Observei os humanos, todos são tão parecidos e nem sabem disso. Ah, e nem imaginam como o sangue deles é maravilhoso. Aquele garoto me deu sede, e fazia pouco tempo que eu tinha feito minha refeição pela manhã. Em um momento eu não consegui tirar os olhos do pescoço dele, aquelas veias pareciam estar me chamando.

Eu sai rapidamente da sala quando a aula acabou, foi procurar Laurine. Ela andava com uma garrafa de sangue. É claro que não tinha como perceber o que continha ali.

— Laurine! — puxei ela pelo braço pra dentro de uma sala — Me dê a garrafa de sangue! — a encarei

— Você está com sede de novo?! — ela olhou nos meus olhos que deviam estar vermelhos — Mas não tinha caçado antes de sair?

— Sim, Laurine. Eu não sei o que aconteceu. — falei enquanto ela retirava a garrafa da bolsa — Eu encontrei um humano e o cheiro dele me deu tanta sede... Eu preciso daquele sangue. — tomei a garrafa da mão dela com pressa

— Você não pode, Eveline. — disse enquanto trancava a porta da sala — Pode nos colocar em risco.

— Laurine, você sabe que eu não me importo com isso, nunca me importei. — devolvi a garrafa depois que a esvaziei — Eu não irei matá-lo, posso tentar não fazer isso...

— Eveline, não! Por favor, não! — se aproximou de mim — Você tomou o sangue mas seus olhos continuam muito vermelhos.

— E sabe por quê? — a encarei — Eu preciso do sangue dele. E não de um animal. — me afastei e abri a porta — Não vou conseguir me controlar, Laurine. E nem seguir o joguinho estúpido do Eddie. — sai rapidamente antes que ela tentasse me impedir.

Não pude participar das outras aulas. Eu esperei pelo humano na saída do colégio, e quando vi ele saindo fui até ele. Tentando parecer uma humana simpática.

— Ei! — o chamei e me olhou espantado

— Ah... Oi. — ele franziu a testa — Achei que tivesse ido embora. — então posso imaginar que de alguma forma ele procurava por mim no colégio

— Tive que resolver alguns problemas. — olhei para ver se Laurine não podia estar por perto, e pelos barulhos dos passos dela que eu conhecia perfeitamente, ela ainda estava longe de alcançar a saída. — Eu queria te pedir desculpas pelo ocorrido mais cedo. Eu fui uma ignorante. — a gente começou a caminhar lado a lado até ficarmos próximos das árvores. Um lugar mais vazio, por onde os outros alunos não veriam o meu ataque.

— Não, sem problemas. Eu sou muito distraído. — ele evitava olhar nos meus olhos, ou por achar eles bizarros ou por vergonha.

— Como se chama? — eu não conseguia mais tirar os olhos do pescoço dele, eu queria tanto atacá-lo logo.

EvelineOnde histórias criam vida. Descubra agora