Eveline

Capítulo 25

Entrei no banheiro e me despi. Olhei para mim mesma no reflexo do espelho, eu parecia cansada. A minha maquiagem ainda estava intacta. E eu agradeci silenciosamente por aquelas histórias de vampiros não ter reflexos não serem verdadeiras. Devo admitir que não gosto muito de me olhar mas quando fazia isso perdia até a noção do tempo. Eu me encarava como se quisesse me bater, o que não deixava de ser verdade. Ver a minha aparência igual a de 207 anos atrás me incomodava várias vezes.

Liguei o chuveiro e me enfiei debaixo da água quente. Normalmente quando tomo banho é apenas para relaxar e eles são frios. Como várias outras coisas, o banho não é uma necessidade dos vampiros. Mas a água quente no meu corpo me fazia bem, sentir o próprio corpo sempre gelado não é muito legal. Molhei meu cabelo e suspirei fundo com os olhos fechados. Poderia ficar ali por horas.

Sai do chuveiro e me enrolei em uma toalha. Passei a mão no espelho embaçado e voltei a me encarar. Procurei por um pente e pentiei meus fios longos e molhados. Peguei minhas roupas jogadas no chão, vestindo apenas minhas peças íntimas, saí enrolada na toalha, me esquecendo completamente que Leonardo já devia estar no quarto. Nem sequer o ouvi.

Ele estava sentado na cama lendo o seu livro, seus olhos vieram até mim quando sentiu a minha presença. Me encarou e se levantou. Andou até mim e não tirou os olhos dos meus.

— É incrível como você fica linda de qualquer jeito. — sussurrou sorrindo.

— Obrigada. — sorri gentilmente.

— Quer uma camisa minha? Ficaria mais confortável para dormir. — eu apenas assenti com a minha cabeça e ele pegou as minhas roupas da minha mão, levando-as até a cômoda e voltando com uma camisa.

— Obrigada. — a peguei e fiquei pensativa. Ele tentou desviar o olhar mas senti que me olhava dos pés a cabeça, seus olhos tinham desejo. Éramos namorados que ainda estavam com uma barreira no meio, como se ainda não estivéssemos completamente à vontade um com o outro e não quero que essa barreira continue... Fiquei seminua na sua frente, ele continuou parado sem conseguir desviar o olhar, enquanto eu colocava a camisa. — Parece que você vai me devorar com o olhar. — sorri e ele balançou a cabeça.

— Me desculpe... Eu não pude.... Não pude não olhar. Você é tão linda. — se aproximou e pegou a toalha no chão. — Poderia ficar a vida inteira te olhando... — me encarou e foi até o banheiro, voltando logo em seguida sem a toalha.

— Não precisa se de desculpar, Leo. — percebi que eu continuava sorrindo, esquecendo por um momento que mais cedo estava quase surtando. — Somos namorados, não é? — ele abriu um largo sorriso.

— Eu amo quando você diz isso. — se aproximou de mim e colocou as mãos na minha cintura. — Não acredito que posso namorar com alguém como você... É tão perfeita. — subiu uma das mãos até meu rosto.

— Eu é que não posso acreditar que namoro você. Você é tão incrível. — inclinei o meu rosto sentindo o calor de sua mão.

— Eu te amo muito, Eve. Quero estar com você sempre, independente de qualquer coisa. Quero que saiba que sempre irei tentar cuidar de você. — olhava em meus olhos.

— Eu farei tudo por você. Vou te proteger até o fim da minha vida. Quero que saiba disso também. — ele balançou a cabeça e apertou a minha cintura.

— Estou louco por você, Eveline. — aproximou mais os nossos rostos. — Eu te amo e te desejo tanto... Você é simplesmente demais. — era tão bom ouvir aquelas palavras, me esquecia completamente de tudo.

— Eu te amo... — sussurrei antes de sentir os seus lábios com intensidade nos meus.

Ele me puxava mais para si e para o beijo. Sua mão deslizava pelo o meu corpo e eu podia sentir o seu amor, paixão e desejo a cada segundo que o beijo se tornava mais intenso. Eu estava o desejando mais que qualquer coisa naquele momento. Queria senti-lo completamente, e amá-lo. Sentia o meu corpo ficando quente, como nunca havia sentido antes.

Ele me levantou e entralecei minhas pernas em sua cintura. Caiu sobre mim na cama e passou seus beijos para o meu pescoço. Não pude resistir e soltei leves gemidos com o prazer que já estava sentindo. Ele continuou acariciando cada parte do meu corpo.

— Eu quero senti-lo... — sussurrei. — Dentro de mim. — ele voltou a me olhar e sorriu.

— E eu quero senti-la mais que qualquer coisa. — me beijou e foi descendo os beijos até a minha peça íntima, a tirando vagarosamente e depois mordendo lentamente as minhas coxas.

Nunca senti tanto prazer na minha vida. Parecia que estava prestes a enlouquecer a cada segundo que ele continuava entre as minhas pernas. Eu não poderia imaginar sentir isso nessa altura da vida.

Depois de alguns minutos, ele ficou em pé e retirou a camisa. Como nunca reparei em cada detalhe no corpo dele?! É tão lindo e perfeito aos meus olhos. Eu o olhei com um sorriso no rosto e ele retribuiu enquanto se despia na minha frente. Estava tão louco como eu... Eu podia ver em seus olhos.

Ele se colocou em cima de mim e apoiou as mãos na cama. Eu adorava como ele me olhava.

— Você é perfeita, Eve... Quero que sinta todo o meu amor. Quero que nunca se esqueça dessa noite. Você é a coisa mais linda que já vi nesse mundo. Tudo em você me atrai e me deixa louco. — disse entre sussurros enquanto se enfiava dentro de mim devagar. — Eu te amo...

— Eu te amo. — gemi logo em seguida o sentindo por completo dentro de mim. Os movimentos lentos e tão prazerosos. Olhava em meus olhos e depositava beijos pelo o meu pescoço. Até chegar em minha boca com um beijo intenso, assim como os movimentos que continuavam mais prazerosos, com força e rápidos.

Eu agarrei suas costas as arranhando com a intensidade do prazer, mas tinha que manter o controle, podia descontrolar a minha força. Mas aquilo estava tão bom. Eu não podia pensar em mais nada ao meu redor. Estávamos nos amando e parecia tão certo e mágico. Tantos anos sem sentir nada, tanto tempo acreditando que o único prazer na minha vida seria o sangue.

Sua respiração que se tornava ofegante me deixava com mais desejo. Mordidas nos meus ombros, beijos pelo o meu corpo, posições cada vez mais prazerosas.

Nem em todos os anos da minha existência poderia sonhar com tanto prazer, amor e carinho em um único momento. Eu me esqueci completamente de qualquer coisa, não existia mais nada e nem mais ninguém.

Apenas eu e Leonardo Mellark. Apenas amor.