Capítulo 40

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— Josephine? — me surpreendi com ela parada na minha porta

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Josephine? — me surpreendi com ela parada na minha porta. — O que foi?

— Queria conversar um pouco com você, Eveline. — ela respondeu séria me encarando com aqueles olhos vermelhos. — Eu cheguei e nem trocamos muitas palavras ainda. Já faz muito tempo eu não a vejo...

— Uhum, tudo bem... — dei uma última olhada para Leonardo que continuava dormindo antes de fechar a porta atrás de mim. — Você está diferente... — começamos a andar pelo corredor até as escadas. — Fisicamente, pelo menos.

— Ah, é... — sorriu gentilmente enquanto descíamos. — Do castanho para o branco foi uma grande mudança. — passou a mão no cabelo. — E bom, assim como você o estilo gótico me chamou mais a atenção. — sorrimos. — Mas você continua a mesma com esse cabelo longo e preto.

— Ah, sim! — fomos para a parte de fora da casa e nos aproximamos do penhasco. — Você só se alimenta se sangue humano, não é?

— Meus olhos me entregam, né... — ela se sentou na beirada do penhasco e fiz o mesmo. — Eu prefiro o sangue deles mesmo... Mas tenho controle. Não saio atacando todos os que vejo... E nem vou ficar perto do seu humano. — disse olhando para o rio. — Você gosta mesmo dele... Não é necessário nem alguém perguntar.

— Eu o amo. — sussurrou.

— Assim como amava o John? Ou é diferente agora? — olhei para as minhas mãos e pensei.

— John foi o meu primeiro amor... Desde crianças éramos muito próximos... Eu só podia me imaginar com ele e foi horrível quando acreditei que ele tinha morrido. Surtei, enlouqueci e depois... Nunca mais sequer citei o nome dele. Guardei a dor pra mim mesma e fiz muitas coisas. Por anos o John não fazia mais parte dos meus pensamentos... Tinha ficado no passado, ou era no que eu acreditava. — suspirei. — Com o Leonardo... Podemos dizer que foi amor à primeira vista, mesmo que isso pareça muito clichê e brega. E também foi confuso... Muito confuso. Quando trocávamos poucas palavras já era o suficiente pra me fazer me sentir bem ou viva outra vez. Ele simplesmente não saia mais da minha mente... Tudo o que eu queria era ficar ao lado dele. Em pouco tempo, ele me ajudou a me tornar alguém melhor... Acredite, se eu não estivesse com ele e você chegasse, iria encontrar uma Eveline muito diferente... — sorri.

— Sinceramente, não consigo te imaginar como uma pessoa ruim... Quando te conheci, meus pais ficaram encantados por você! Você era tão doce, calma... Eu até senti um pouco de ciúmes. — me olhou. — Me perguntei o que podia ter acontecido com você e John... Antes dele ter saído de casa, no seu aniversário, ele me falou que iria fugir com você... Me pediu mil desculpas por ter que me deixar sozinha com o nosso pai doente, falou que voltaria logo, assim que casa-se com você. E seríamos todos uma família. Eu o apoiei, queria que ele fosse feliz... Eu acreditei que vocês realmente tinham fugido...

— Mas eu nem sequer o vi naquele dia. — sussurrei.

— É... John me contou tudo quando foi me buscar, depois de 5 anos. Eu com 17 e órfã. Nosso pai morreu alguns meses depois que John sumiu... E parece que o meu irmão já sabia disso, nem quis perguntar... Foram anos difíceis, eu só tinha 13 anos e precisava viver com as migalhas dos outros, cuidar da nossa casa, me cuidar sozinha... Ah! Mas quando aquele idiota apareceu eu descontei toda a minha raiva! Afinal, até onde eu sabia, ele voltaria logo... E pra mim logo não significava 5 anos. Então ele me transformou, me levou para a Alemanha e me deixou em uma casa qualquer. A gente só se falava por ligações, ele praticamente não ia me ver e não me dizia onde estava. Eu só sabia que ele estava procurando por você pelo mundo inteiro, junto à sua irmã, Selene. Eu não aguentava mais e vim atrás, como já fiz outras vezes. Ainda estou muito surpresa em como é possível eu ter te encontrado primeiro...

EvelineOnde histórias criam vida. Descubra agora