Capítulo 57

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Eveline estava parada de braços cruzados em frente a janela do quarto, o cabelo preso e o olhar distante

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Eveline estava parada de braços cruzados em frente a janela do quarto, o cabelo preso e o olhar distante. Ela não havia conseguido dormir novamente, e até mesmo pra mim andava sendo difícil.

— Eve? — a chamei e me levantei da cama, indo em sua direção. Ela me olhou e sorriu gentilmente.

— Bom dia. Você quer ir ao colégio hoje? — voltou a olhar em direção a janela.

— Acho melhor não... Eu prefiro estudar com minha mãe e despertar todos os meus poderes logo. Ninguém tem cabeça pra pensar no colégio agora... — ela baixou o olhar. Eu sei que tem algo de errado, mas parece que ela prefere não falar sobre. — Você está bem? — toquei suas costas com uma das mãos.

— Acho que sim... Eu só estou preocupada, Leo. Andei pensando em algumas coisas e... Não sei.

— No que esteve pensando? No John, os Lerman?

— Em tudo. Em tudo na minha vida, tudo e todos. — me olhou enfim.

— Me conte o que está acontecendo.

— Primeiro que eu não sei se realmente mereço isso... Ter você. — franzi a testa mas continuei em silêncio para que ela continuasse. — No fim das contas, eu não sou uma pessoa boa... E, veja onde eu coloquei você, sua família, a minha família, todos... Estou sendo egoísta. Estou pensando em mim e em como me sinto bem e feliz ao seu lado, mas não penso nos outros... Você é um bruxo, mas ainda corre muito perigo, os outros também estão em constante perigo... Tudo por minha causa, Leonardo. — sorriu ironicamente. — Estou transformando a vida de todos em um inferno e nem tenho certeza se vamos conseguir vencer os Lerman... Eles são mil vezes mais forte e experientes que nós. Eles tem quantos vampiros quiserem ao lado deles... O John está obcecado, eu vivi uma história com ele e ele acha que ainda existe chances... Eu vou ter que matá-lo caso não mude de ideia. Leo... É tudo por minha causa. Esse inferno todo... Minha causa.

— Eveline, entramos nisso juntos... Não se esqueça. Você não me colocou aqui... Eu quis entrar nisso. E eu já sabia dos problemas, eu sabia do perigo... Coloquei minha mãe e minha irmã nisso também, porquê tenho absoluta confiança em você e nos outros, sei que vamos conseguir ganhar essa guerra. Talvez sejamos egoístas... Pensando na nossa felicidade... No nosso futuro... Mas todos os outros também escolheram nos ajudar. Você não é uma má pessoa... Pelo amor... Você é uma pessoa incrível. — ela balançou a cabeça negativamente e se afastou quando tentei tocá-la.

— Não. Não, Leonardo... Não adianta me dizer nada. Eu o amo, eu sou feliz ao seu lado, eu faria tudo e vou fazer para te manter em segurança... Mas não... Eu não sou boa. Talvez eu nunca tenha sido. Já fazem dias, anos, que eu sei disso. Eu tento esquecer as minhas atitudes do passado... Mas não dá. Elas sempre voltam na minha mente. Eu tenho medo. Tenho preocupação. Uma guerra vai se iniciar, eu posso perder você, posso perder o Eddie, a Laurine, a minha irmã que acabei de conhecer... Posso perder a minha mãe. — levou as mãos ao rosto, e eu sabia que estava chorando. Eu odeio vê-la assim... E odeio mais ainda quando não sei o que fazer exatamente.

— Eveline... — a abracei com força sem pensar. Suas mãos se entrelaçaram nas minhas costas depois de alguns segundos, e ouvi o seu choro baixo e abafado. — Você não é ruim, você cometeu erros... E está tudo bem. Veja a pessoa que é agora, a que ama, protege, a que chora, ri, fica com raiva... A que brinca e cuida dos outros em pequenos atos. Você é incrível, meu amor... Eu não digo apenas por ser seu namorado e por te amar loucamente, eu já sabia disso assim que bati os olhos em você. Todo mundo aqui te adora, até mesmo a minha mãe, ela já te vê com outros olhos também. Eddie te tem como uma filha, Laurine como uma irmã assim como a Selene, Josephine certamente gosta de você e te apoia... Afinal ela ficou do seu lado e não do irmão. E a Aradia... A qual você acabou de chamar de mãe e mostrou que não quer perdê-la, ama você. Ela errou muito... Com certeza. Mas ela te ama, do jeito dela. — sai do abraço e coloquei minhas mãos em seu rosto, secando suas lágrimas com os polegares. — Você é amada por tantos... Todos querem te ajudar e me ajudar. Não tem nada de errado nisso. Por favor, acredite em mim quando eu digo que você é incrível e que tudo vai dar certo no final. Vamos todos ficar bem e juntos... Eu também estou preocupado e com medo, mas tudo vai ficar bem. — ela baixou o olhar e apenas voltou a me abraçar.

Os dias não estão sendo fáceis pra ninguém por aqui. Eu me preocupo muito com todos.

O meu dever é estudar o máximo que puder, ter os meus poderes, minha força e proteger todos que estão nos ajudando agora.

John Bennett, não irá me ferir, ou ferir novamente qualquer pessoa desta casa. Eu ainda sou um simples humano, mas logo serei forte o suficiente para destruir qualquer um. Ele não irá tirar Eveline de mim, não irá tocá-la e muito menos a causar qualquer dor.

Os Lerman, mesmo sendo perigosos e considerados os reis do mundo vampiro, não iram conseguir o que querem. Eu não vou permitir, nem eu e nem Eveline.

Eu estou preocupado, isso não posso negar. Eu também tenho medo. Mas acredito que somos capazes de enfrentá-los e conseguir o bem no final de tudo.

Eu odeio ver Eveline da forma como está. O encontro com John não a fez bem, o que ocorreu com Laurine muito menos. Nada disso está sendo bom pra ela, pra ninguém.

Tudo que está acontecendo e que ainda irá acontecer, faz com que ela fique ainda mais pensativa, e os traços de ansiedade se mostram ainda mais sérios. Ela não gosta de admitir que precisa de descanso, ou de que não se sente bem. Ela é uma pessoa orgulhosa. Mas eu a conheço. E por isso, irei cuidar dela. Da melhor forma que eu conseguir. Estamos juntos nisso, e tudo que a fere, também me fere.

Eu, Leonardo Mellark, futuro bruxo mais forte desse mundo, irei proteger minha família, o amor da minha vida, e as pessoas que estão com a gente nisso.

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