"Eveline Kannenberg é uma vampira de 225 anos. Quando humana era uma pessoa completamente sorridente, alegre e sonhadora. Mas após ter tido seus sonhos arrancados, ela se tornou um monstro. Já não se tinha mais esperanças quando se tratava da vampir...
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— O que está acontecendo aqui? — foi questão de segundos para Selene e Laurine entrarem na sala.
— Não se meta, Selene. — Leonel disse baixo. — Primeiro eu me livro da sua irmã e do bruxo... Depois me resolvo com você e o resto. — ele se aproximou. Leonardo não tirava os olhos dele. Ele não precisa erguer as mãos para conseguir jogá-lo longe. Apenas precisa manter os olhos nele. — Não tente nada, garoto. Você não irá me matar.
— E por que não? — Leonardo perguntou.
— Vocês não precisam saber... — sorriu.
— Deixa de ser maluco, Lerman... — Selene disse. — Deixe a minha irmã e o Leonardo em paz.
— De forma alguma.
— Chega! — dei alguns passos em direção ao Leonel. — Conversamos demais... Por um mísero segundo acreditei que você poderia entender... Você diz que conhece o amor, que conhece a dor, a decepção, a traição... Mas mesmo assim não se importa com as pessoas que estão ou já estiveram na mesma situação. Você é doente, Leonel. Você é capaz das piores coisas possíveis... Isso já está claro.
— Vocês não me conhecem. Não me conhecem... O que eu contei à vocês, foi somente uma das minhas dores. Eveline, eu realmente não queria ter que fazer isso. Mas é para o bem de todos. — olhou em meus olhos enquanto caminhava até mim. Levantei minha mão em sinal para que os três atrás de mim não tentassem nada.
— Suas dores te transformaram nisso? — perguntei. — Elas te consumiram?
— Talvez... Mas eu não me importo. Já tenho muitos anos vividos, Eveline. Quem sabe um dia eu tenha sido a pessoa que vocês acreditam e chamam de boa. Eu sinceramente, acho que sou muito melhor agora.
— Existem esperanças de você mudar?
— Não... Nem todos podem ser como você... Nem todos conseguem mudar. Nem todos tem a oportunidade de mudar... — disse baixo.
— Entendi. — continuei o encarando. — Selene, Laurine, chamem os outros. Vamos resolver isso. — eu entendo que talvez seja burrice tentar lutar sozinha com ele.
— Espere... — ouvi a voz de Leonardo. Sem tirar os olhos de Leonel, dei alguns passos para trás, ficando do lado deles novamente. — Estou ouvindo... Josephine... — olhei para ele. Leonardo fechou os olhos. Ele estava recebendo alguma mensagem.
— Josephine?! O que tem com ela? — Laurine perguntou já aflita.
— Josephine se encontrou com o irmão. Lutaram. Ele estava prestes a matá-la quando de repente, se afastou. Ela está ferida. E ele está nos procurando. — droga... Havia me esquecido de John.
— Hm... John nunca me decepciona. — Leonel disse sorrindo.
— Eveline... Não esqueça. — Selene sussurrou e eu a olhei.
