Capítulo 1

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"Eu tentei matar a dorMas isso só me trouxe mais(Muito mais)Eu estou morrendo e eu estou derramandoRemorso e traição sanguinários"

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"Eu tentei matar a dor
Mas isso só me trouxe mais
(Muito mais)
Eu estou morrendo e eu estou derramando
Remorso e traição sanguinários"

"Eu tentei matar a dorMas isso só me trouxe mais(Muito mais)Eu estou morrendo e eu estou derramandoRemorso e traição sanguinários"

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Eveline Kannenberg. Esse é o meu nome. Eu tenho 18 anos, 225 na verdade. Nasci em 18 de Janeiro de 1795 mas em meus documentos atuais é 18 de janeiro de 2002. Imagine como seria a reação de algum humano ao ver meu rosto e saber que já passei dos 100 anos de idade. Acho que seria uma surpresa inacreditável, não?

Eu sou um monstro. Pior do que qualquer outro monstro de um conto que já possa ter ouvido durante sua infância. Eu vivo nas sombras, na escuridão. Não posso sentir o sol, ao menos que eu queira morrer queimada. Às vezes penso que seria o melhor.

A minha morte, de fato, seria a salvação de muitas pessoas.

— Não posso entender. Por que precisamos viver misturados aos humanos? — meu olhar não saía de cima de Eddie. — Qual a necessidade?!

— Eveline, já fizemos isso antes. — a tranquilidade na sua voz me irritava.

— E você sabe o que aconteceu. E eu não fui a única que fez tudo aquilo. — seu olhar veio até mim e se pôs na minha frente em segundos.

— Aquilo foi um erro, de todos nós. — ainda falava com tranquilidade. — Precisamos fazer isso para que possamos continuarmos sem o desejo de sangue humano. — soltei uma risada irônica

— Ah, é claro. Somos vampiros, Eddie! Vampiros! Não perdemos o desejo por sangue humano, ainda mais fazendo isso. Vamos estar perto deles o tempo inteiro. Como isso vai ajudar em alguma coisa? — ele suspirou.

— Eveline, chega. Não importa o que você pensa. Você junto com a Laurine, irá para o colégio e viverá como uma humana. E eu e a Aradia iremos trabalhar. Vamos viver junto com eles por toda a eternidade. — a tranquilidade não parecia estar mais presente na sua voz.

— Eu não vou te garantir de nada. Se eu atacar algum humano, ou talvez a própria Laurine, não venha com sermões. — o encarei.

— Eu sei que não perderá o controle.

— Parece que ainda não me conhece, tio Eddie. — dei alguns passos, me distanciando até chegar a porta. — Como eu acabei de dizer, não vou te garantir de nada.

— Ah, perdão. Atrapalho? — Aradia surgiu na porta atrás de mim e eu evitei olhar no seu rosto.

— Você sempre atrapalha, Aradia. O tempo inteiro. — era possível notar a raiva na minha voz. — É bom que saiba disso. — me virei para sair e ela agarrou meu braço.

— Eu sou sua mãe, Eveline. Você gostando disso ou não. Tenha o mínimo de respeito por mim. — disse com calmeza enquanto soltava meu braço.

— Mãe? Acha que eu me importo com isso? Vai se ferrar, Aradia. — a encarei e sai logo em seguida.

No topo da árvore mais alta, eu pudia ver a cidade. Vivíamos em Ligonier, um distrito da Pensilvânia, nublada e sem muitos moradores ou visitantes. O que era bom para uma família de vampiros.

Eram poucas às vezes em que a luz do sol, forte e brilhante, aparecia por aqui. Nos mudamos para cá depois que na última cidade aconteceu o "surto" entre um de nós. Uma pena, pois eu adorava a Itália.

Eu olhava aquela cidade da Pensilvânia e a única coisa que eu sentia era vontade de destruí-la. Acabar com todos que viviam aqui, transformá-los em nada ou em vampiros. Mais e mais monstros soltos pelo mundo, seria tão perfeito.

— Eveline, desça por favor. — alguém me chamou, com calma já que eu poderia ouvir qualquer coisa a quilômetros de distância de mim. — Quero te mostrar algo. — desci imediatamente e fiquei cara a cara com Laurine.

— Qual o problema, Laurine?

— Eu comprei uma coisa, duas na verdade. Pra nós duas. — ela sorriu. Laurine me irritava com esse jeitinho de mocinha fofa e boazinha.

— Eu não te pedi nada. — o sorriso continuava no rosto dela e então saiu caminhando. — Anda logo, Laurine. — a segui até a garagem da nossa nova casa. — Que merda é essa? — olhei para o carro e a moto parados ali. — Não precisamos disso. — a olhei com a testa franzida.

— Precisamos para ir até o colégio, Eveline. Não podemos sair de tão longe e ir caminhando até lá. — coloquei as mãos na cintura e suspirei olhando o chão.

— Temos velocidade, Laurine! Mais velocidade do que essas coisas. E eu não acredito que você esteja animada pra viver com humanos! — a olhei.

— Papai acredita que isso seja o melhor pra nós, todos nós. Vamos viver uma vida normal e nova. — ela falava com a tranquilidade do Eddie.

— Para de tentar agir como uma humana! Você é uma vampira, como todos aqui! — meu tom de voz se alterou e o sorriso tinha sumido do rosto dela finalmente.

— Eu só quero ter uma vida normal. — me aproximei dela. — Isso é demais?

— Quer saber, tudo bem, Laurine. Vou entrar nesse joguinho idiota que vocês querem fazer. — a encarei. — Vamos ver quem de nós será o próximo a ter um surto. — sussurrei e ela abaixou a cabeça. — Você como sempre... Parecendo que ainda tem humanidade. — me virei em direção a saída da garagem. — Ah, e eu fico com a moto. Obrigado, priminha. — a deixei ali com a cabeça baixa, parecendo uma humana coitada.

Todos me irritam tanto. Querem viver como humanos sendo que deixaram de ser há muitos anos. Séculos na verdade. Idiotas!

Decidi não voltar pra casa, enquanto os outros não fossem fingir que estão dormindo. Quando cheguei já estava amanhecendo e logo começaria o jogo.

Um jogo que talvez vá causar muitas mortes. E espero não levar a culpa sozinha!

 E espero não levar a culpa sozinha!

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