"Eveline Kannenberg é uma vampira de 225 anos. Quando humana era uma pessoa completamente sorridente, alegre e sonhadora. Mas após ter tido seus sonhos arrancados, ela se tornou um monstro. Já não se tinha mais esperanças quando se tratava da vampir...
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"E eu sinto tão forte como se eu te conhecesse há 1.000 anos E você me diz que já viu meu rosto antes … Eu nunca ouvi uma única palavra sobre você Ficar apaixonado não era o meu plano Eu nunca pensei que seria o seu amor."
(This Is It - Michael Jackson)
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A maioria das vezes que Laurine dizia algo, esse algo ficava na cabeça, na minha mente por muitas horas. Aquela vampira que parecia uma boneca de cabelos loiros platinados e olhos azuis sabia usar as palavras certas para me deixar pensativa. Isso com certeza era uma das coisas que eu mais odiava nela.
No final das aulas eu me encontrei com ela no estacionamento. Ela estava conversando com dois humanos que logo se despediram e saíram andando em direções opostas. Quando me viu, Laurine cruzou os braços e suspirou, já sabendo que eu queria conversar com ela.
— Você é realmente boa com isso de fazer amizades com humanos, né? — falei encostando no carro dela — Mas também é muito boa em me criticar por tentar fazer o mesmo. — cruzei os braços enquanto olhávamos para a pequena multidão saindo do colégio.
— Não irei mais te criticar, Eveline. Acontece que eu não tenho vontade de matar nenhum humano... Consigo fingir perfeitamente que sou uma deles, como você mesma diz. — me olhou enquanto tirava os óculos escuros — Já você...
— E como eu já disse, sou o que sou. E meu desejo pelo sangue do Leonardo simplesmente desapareceu.
— Isso não muda nada. Você não parece querer ele morto, agora, mas pode simplesmente se descontrolar e atacar ele mesmo sem vontade ou acabar deixando que ele descubra quem somos. Não se esqueça que ele é protegido por bruxas ou algo do tipo, se ele sabe da existência desses seres... Pode facilmente descobrir a nossa. — suspirei
— O que te faz pensar que eu deixaria ele descobrir que somos vampiros? — ela desviou o olhar.
— Não sei. Na verdade, no fundo eu não sei do que você é realmente capaz, Eveline. Uma hora você queria o sangue dele... Na outra o olhava de uma forma que nunca vi antes. Não vou me meter na sua vida. Só te peço para ter cuidado... Sermos expostos não iria só prejudicar o humano ou você. Seria uma tragédia para todos nós. — colocou os óculos novamente — Vai contar sobre a sua aproximação com ele para o meu pai e a Aradia?
