Capítulo 10

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Eu dormi por dois dias inteiros

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Eu dormi por dois dias inteiros. Nós, vampiros, não costumamos dormir, não é uma necessidade como a do humanos. Mas Eddie me explicou que até nós quando estamos com a "mente fraca" precisamos descansar e dormir é a melhor forma para a recuperação. Acordei faminta e saí para caçar. Quando voltei, Eddie estava no meu quarto, de pé em frente a janela olhando as árvores cobertas pela neve.

— Que bom que está aqui. — me aproximei e fiquei ao lado dele, fazendo o mesmo. — Eu iria te procurar.

— Eu sei. Você ainda quer saber sobre nós e as bruxas, não é? — colocou as mãos para trás.

— Sim e depois se você não se importar, eu gostaria de saber sobre o seu amor, que você comentou naquela noite. — o olhei. Seu rosto estava sério, Eddie não expressava muitas reações e isso dificultava em saber quando ele estava de mau humor ou não.

— Tudo bem, é justo. Você sempre ou quase sempre me conta tudo. — ele era a única pessoa que eu ainda confiava, seria uma grande decepção se um dia ele quebrasse isso. — E sei que posso fazer o mesmo.

— É claro, tio Eddie. — ele me olhou nos olhos. — O que foi? Você dificilmente expressa reações mas sinto que tem algo a mais a me dizer.

— A Laurine não pode saber. — franzi a testa. — Não pode saber sobre quem era o meu antigo e único amor. Ela nunca me perdoaria, e eu não saberia viver com o desprezo da minha filha. — eu não entendo, o que pode ser tão sério?

— Tudo bem. Seja o que for ela não saberá. Não por mim. – ele assentiu com a cabeça e voltou o olhar para a neve.

— Vamos tomar um café? Aradia e Laurine não estão, mas nunca se sabe quando elas podem surgir de surpresa e acabarem ouvindo a nossa conversa. — eu assenti.

— Acho melhor. Eu conheço uma cafeteria próximo daqui.

Saímos caminhando no meio da neve até a cafeteria. Era a mesma que eu tinha me encontrado com Leonardo. Eu e Eddie pedimos dois cafés e esperamos os pedidos chegarem até começarmos a conversa.

— E então, Kannenberg e bruxas, o que tem em comum? — bebi um pouco do meu café e o olhei. Eddie estava com as mãos sobre a mesa e encarava a xícara. Parecia nem estar me ouvindo. — Tio?

— Ah, desculpe. É que eu não quero te decepcionar também, Eveline. Você é como se fosse uma outra filha. — o encarei sem entender. — Você pode me achar um grande hipócrita. Eu peço para vocês se controlarem, agirem como humanos no meio deles... E teve uma época que eu simplesmente era descontrolado.

— Não estou entendendo, Eddie. Todos nós já perdemos o controle uma vez.

— Mas eu perdi várias vezes. — ele me olhou. — Em 1692, quando já era um vampiro de 66 anos, eu ajudava muitos humanos em relação às bruxas de Salem. Eu sabia que elas tinham poder para me matar e matar a Aradia. Eu encontrava uma forma delas e de outras pessoas inocentes a morrerem de qualquer forma, eu podia aproveitar o sangue dos corpos depois... Muitas bruxas sabem quem eu sou e me odeiam até hoje. A mãe de Leonardo provavelmente é uma delas... Sabe me dizer qual é o sobrenome dessa bruxa?

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