"Eveline Kannenberg é uma vampira de 225 anos. Quando humana era uma pessoa completamente sorridente, alegre e sonhadora. Mas após ter tido seus sonhos arrancados, ela se tornou um monstro. Já não se tinha mais esperanças quando se tratava da vampir...
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Me aproximei de Selene depois de alguns minutos da festa, junto ao Leonardo. Ela não saiu do lugar desde que chegamos.
— Não quer... Sei lá, se divertir um pouco com os humanos? — paramos ao seu lado e ela revirou os olhos.
— Não estou muito afim... Eu vim apenas para garantir que estivessem em segurança. Não sou igual a uma certa vampira... — olhou rapidamente para onde Josephine e Laurine continuavam dançando. — Desde quando temos outro casal?
— Casal? — Leonardo perguntou com a testa franzida.
— Aquelas duas... Pra mim está nítido que formam um casal e se ainda não formam... Formaram. — olhamos para as duas.
— Laurine e Josephine?! Eu acho que não... Não tão diferentes... — eu disse e recebi um olhar e uma risada debochada de Selene.
— Você quer mesmo falar sobre diferenças? — passou o seu olhar para Leonardo e voltou pra mim. Sorrimos e revirei os olhos.
— Ainda assim. Acho muito improvável essas duas formarem um casal... Mas enfim, se um dia forem, espero que façam bem uma a outra. — falei.
— Eu acho que combinam. — Leonardo disse.
— Vamos parar de falar nelas... As duas são vampiras, podem acabar nos ouvindo... — Selene sussurrou. — Vão curtir mais essa festa... Vocês merecem. Eu continuarei aqui.
— Já disse que deveria se divertir também...
— Há alguns anos atrás, o meu jeito de me divertir com os humanos era diferente... Eu tenho controle mas prefiro não exagerar em nada. Se divirtam. — sorriu e piscou.
Leonardo segurou a minha mão e nos afastamos novamente. Agnella e Enrico vieram até nós e conversamos por alguns minutos. Logo, chega a vampira de cabelo loiro e a de cabelo branco. Com as mãos grudadas... Mas parece que quando as encarei, elas soltaram. Parece que nem mesmo elas tinham percebido.
— Tudo bem por aí? — Josephine perguntou cruzando os braços.
— Sim. Até agora não tem nem um movimento fora do comum... — eu respondi.
— Ah, ótimo. Talvez o idiota do meu irmão tenha voltado para onde veio... Ou sei lá. Só está se preparando para fazer alguma idiotice.
— Oh, sim... — olhei para Leonardo que estava com um sorrisinho no rosto. — Mas acho melhor já irmos.
— É, não vamos abusar... Ainda estamos com uma ameaça por aí... — ele disse e as duas apenas assentiram com a cabeça.
Procuramos pela Agnella ou pelo Enrico, mas parece que os dois sumiram no meio da pequena multidão. Até que finalmente os encontramos.
— Vocês já vão? — ela fez um beicinho. O cheiro de bebida invadindo o ar. — Fiquem, fiquem... Por favor. — sorrimos com a cena.
— Ella, você já exagerou com as bebidas... — Enrico disse à ela, que sorriu e pareceu ignorar completamente o que o namorado disse. — Pessoal, obrigado por virem... Eu cuidarei dessa daqui... — passou a mão pelas costas dela. — Agnella também está grata por terem vindo.
