Capítulo 60

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Acalmei Agnella um pouco mais e me despedi

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Acalmei Agnella um pouco mais e me despedi. Provavelmente não a verei mais.

Ela estava péssima e nem posso imaginar como Enrico deve estar se sentindo também. Queria poder ajudá-los, mas primeiro eu já estou cheia de problemas e segundo, a própria Agnella não queria ajuda. Apenas queria desabafar com algum amigo.

Ela é uma garota forte, eu tenho certeza. Enrico também é muito forte. Eu torço para que os dois se acertem e que os pais de Ella paguem pelo que fizeram.

É inacreditável como as pessoas podem ser tão insensíveis e desprezíveis. Por quê o dinheiro ou a cor da sua pele seria mais importante que qualquer outra coisa? Será que Enrico ser uma boa pessoa, um bom namorado, que cuidou, protegia e ajudava Agnella por dois anos não significa absolutamente nada? Até onde eu sei, os pais dela mal a viam... Quem esteve presente na vida dela nos últimos anos foi ele.

Tenho 2 séculos de vida, e sinceramente... Ainda me surpreendo em como pode existir pessoas tão ignorantes.

— Olha só quem eu encontrei aqui... — uma voz irritante me tirou dos meus pensamentos. Parei de caminhar e me virei para olhar Susan.

— Não tenho tempo para desperdiçar com você, Susan. — falei e voltei a dar as costas para ela.

— Eveline, voglio ancora sapere cosa sei. — disse em italiano. Suspirei e fechei meus olhos. Ela quer saber o que eu sou? — Possiamo parlare italiano? Sono sicuro che conosci quella lingua. La stanza sarà piena in pochi minuti, nessuno ci capirà. — Susan quer conversar em italiano, sabe que eu falo o idioma. Disse que é para ninguém nos entender... Apontou para uma sala vazia quando me virei novamente para olhá-la, e queria que eu a acompanhasse.

— Penso che solo parlando la tua lingua madre capirai qualcosa ... Non devi sapere nulla di me! — "Você não precisa saber nada sobre mim".

— Estúpida! Depois daquele dia em que você quase me matou... Depois do dia em que você me deixou em pânico, eu pesquisei... Eu observei você. Observei tudo! Você não pode ser humana! — era evidente que ela se controlava para não gritar. Enquanto o som do sinal começou a tocar e os alunos saindo de suas salas, passando por nós.

— Sei un idiota, Susan. — sorri ironicamente enquanto continuei falando em italiano. — Olha... — a olhei nos olhos. — Eu realmente não tenho tempo para perder com você... Escute bem o que irei dizer, provavelmente vai ser a última vez que irá ouvir isso vindo de mim... — me aproximei mais um pouco. Nossos rostos estavam a centímetros de distância. Ela não desviava os olhos dos meus. — Eu te peço desculpas por tudo... Por ter agido daquela forma. Eu errei. Você é bem sem noção mas eu preciso assumir que também exagerei... E de verdade, sinto muito... — ela franziu a testa. — Você começou com essa rivalidade ridícula, correndo atrás de uma pessoa que não te queria... Susan, você é inteligente. Você é uma mulher linda... Não precisa perder tempo me observando ou com qualquer outra idiotice... Eu sou uma pessoa normal, talvez exagero como minha paixão pela cor preta, como você diz, talvez eu seja um pouco arrogante, talvez eu tenha uma força muito grande... Eu luto para isso. Para ser forte e poder me defender... Me desculpa mais uma vez pela forma como agi com você naquele dia e nos outros também. — sorri gentilmente enquanto ela continuava com uma expressão inexplicável.

— Ah... É... Eu...

— Você não irá mais me ver. Fique contente. — toquei o seu ombro. — Não te desejo coisas ruins... Acredite, eu sou tão comum como qualquer outra pessoa.

— Nada do que eu disser chegaria a altura do que você acabou de dizer... Eu não esperava por isso. E posso ver que está sendo sincera...

— Realmente estou. Não precisamos ser amigas... Mas também não temos que ser rivais. Temos nossas diferenças e isso não é motivo para uma guerra...

— S-sim... — gaguejou e baixou o olhar. — Admito que fui uma idiota. Mas não sou de pedir desculpas.

— Não quero suas desculpas... Eu preciso ir. Até nunca mais, Susan Carpenter. — me afastei.

— Até, Eveline Kannenberg. — disse baixo e dei as costas novamente, continuando meu caminho até o estacionamento.

Acho muito difícil que essa humana possa descobrir alguma coisa sobre mim. Muito difícil mesmo. Mas foi extremamente bom dizer aquelas palavras. Sinto como se estivesse tirado um peso das minhas costas. As minhas desculpas foram sinceras.

Eu cheguei ao estacionamento e me surpreendi ao notar que o carro de Eddie não estava ali. Ele foi embora com Helene e me deixou aqui?

Não, o Eddie não iria fazer isso. Procurei pelo carro andando entre algumas vagas mas nada dele. O que diabos aconteceu?

"Olhe para trás, amor. Estou aqui."

A voz de Leonardo invadiu a minha mente, me assustei e virei imediatamente para procurá-lo.

Lá estava ele do outro lado do estacionamento, encostado no seu carro, o qual fomos buscar em sua casa há pouco tempo, os braços cruzados e um sorriso no rosto. Eu não posso negar a sensação de bem-estar ao ver aquele sorriso. Não contive em dar um também enquanto caminhava até ele.

— O que está fazendo aqui? — perguntei enquanto nos abraçavamos. — Onde está o Eddie... Sua mãe?

— Não se preocupe. Eu cheguei e disse a eles que poderiam ir... — depositou um beijo na minha testa.

— Não deveríamos estar sozinhos... Ou deixá-los lá. — franzi a testa.

— Eve, não se preocupe... — segurou o meu rosto. — Eu posso me defender sozinho agora... Eu consegui.

— Conseguiu? Como assim conseguiu?

— Eu tenho o poder do fogo e total controle sobre meus outros poderes... Eu consegui. — disse sorridente.

— Isso é sério? — sorri com a notícia.

— Sim, meu amor... Foram dias muito cansativos... Você sabe o quanto eu estava focado... A gente mal se via, e olha que estávamos na mesma casa e no mesmo quarto... Mas eu finalmente consegui. Tenho força e poderes...

— Oh, Leo... — o abracei novamente com força. — Eu fico tão feliz. Eu sabia que iria conseguir... Eu sabia.

— Não seria possível sem você também... — me afastei para olhá-lo nos olhos. — Você não saiu da minha mente... Eu só pensava em conseguir isso para te proteger... Só pensava em você. Obrigado por ter me apoiado e estado comigo.

— Eu sinto a sua falta. — disse baixo abaixando a cabeça. — Sinto muito a sua falta...

— Eu também... — senti suas mãos em minha cintura e voltei a olhá-lo. — Por isso hoje vamos tirar um tempo para nós dois. Está bem? Não quero se preocupe. A voz de Selene irá entrar na minha mente caso algo aconteça... Eu a expliquei que caso ela esteja focada em me enviar uma mensagem, eu irei recebê-la em instantes. Não precisa se preocupar... Vou te levar em um lugar. —

— Hm... Que lugar?

— Já vai descobrir. — se afastou e abriu a porta do carro. — Vamos, querida.

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