Capítulo 20

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— Se eu já quis conhecer meus pais biológicos? — me sentei na cama de Laurine

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Se eu já quis conhecer meus pais biológicos? — me sentei na cama de Laurine. — Que pergunta aleatória e estranha.

— Ah, Eveline... É que sinceramente eu nunca tive vontade de conhecer os meus pais biológicos... Eles me abandonaram como se eu fosse um lixo. — ah, se ela realmente soubesse... — Queria saber se você é assim também. Já quis saber a sua origem?

— Sim. — me detei na cama e olhei para o teto. — Quando eu era pequena, me perguntava o por quê de ter sido abandonada. E sentia uma imensa vontade de conhecer a minha mãe de verdade, o meu pai, e quem sabe irmãos. Mas sempre que eu falava no assunto, a Aradia ficava com raiva e brigava comigo. Dizia que eu não devia pensar naqueles que nunca me quiseram...

— Sinto muito, Eveline. — senti ela sentando na cama.

— Não sinta. Eu já estou velha. Todos os meus possíveis parentes devem estarem mortos há muito tempo. — suspirei. — Mas é... Eu não nego que gostaria de saber qual é a minha origem. — me levantei. — Mudando desse assunto chato, eu vou me arrumar, ok? E vê se começa também. É o seu aniversário. — falei andando até a porta. — Não precisa se enfeitar como se fosse uma árvore de Natal ou sei lá o que, tá? Não esquece que estamos indo a um parque, e que Ligonier continua nublada, e não é uma balada. — sorri e ela jogou um travesseiro em minha direção, mas eu já havia saído do quarto e chegado no meu.

Já era a terceira semana de março, primavera. Como prometido iria sair com ela. Mas acabamos adicionando mais algumas pessoas nesse passeio em comemoração ao aniversário. Leonardo, Agnella e Enrico. Sinto que a coitada da Laurine ficará de vela.

Leonardo me entregava uma rosa praticamente todos os dias, como forma de dizer que me amava. Recebi olhares de raiva da Susan, ela é louca por ele, e se já não gostava de mim antes...

Tudo parecia estar indo bem. Aradia nunca mais falou comigo, e as rachaduras do rosto já tinham desaparecido. A mãe dele ainda não sabe que estamos ficando mais próximos a cada dia. E bom, até agora nenhum sinal dos Lerman.

Eu me sentia bem. Mas aquela nuvem pesada de preocupação sempre estava sobre a minha cabeça. E eu sei que na de todos dessa casa também. Era impossível não pensar no que podia estar prestes a acontecer.

Fui me arrumar para sair com a Laurine, eu sentia até leves mudanças na minha aparência. Sempre tive uma expressão séria, ou de quem sempre parecia estar com raiva. E agora parecia que eu era mais "gentil" e "calma".

Logo estava pronta e fui esperar Laurine no carro. Aquela vampira levava quase mais um século de vida para ficar pronta.

Quando já estava no carro, tive uma sensação estranha. Sentia que alguém me observava. Comecei a olhar ao meu redor e em um canto da floresta vi a mesma vampira que tinha visto algumas semanas antes. Selene, se não me engano.

Mas quando saí do carro para ir até lá e perguntar o que estava fazendo aqui, ela sumiu. Dei alguns passos a procurando mas não tinha nem mesmo o cheiro dela. Era só o que me faltava... Ter alucinações com uma vampira qualquer.

EvelineOnde histórias criam vida. Descubra agora