Capítulo 76

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Malkyn Cedany

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Malkyn Cedany.

Não há dúvidas de que ela é uma bruxa e poderosa. Posso sentir a sua força desde que ela entrou nesse salão.

Ela será mais forte que o Leonardo? Um bruxo é algo raro de se acontecer... Ele herdou forças de todos os antepassados da família Mellark. Mas será que essa bruxa é mais forte ainda do que ele?

Sabíamos que não seria algo fácil... Enfrentar os Lerman já é muito arriscado. Eles tendo uma bruxa forte ao lado deles é pior ainda. Mas sabíamos da possibilidade dela existir... Alguém tinha que estar protegendo o castelo dos olhos humanos e esse já é um feitiço grande.

— É um prazer vê-la, Malkyn. — Leonel começou. — Que bom que tenha atendido ao meu pedido.

— Você não me chamaria por qualquer coisa... Já faz tantos anos que não o vejo, sempre foi a Katrina que me recebia. Estranhei que precisasse da minha presença aqui então é claro que viria. — seu olhar continuava em nós. Focando mais em mim e no Leonardo. — Estou surpresa com o que vejo e sinto. Esse garoto exala muita força e poder.

— Esses são os Kannenberg, a Bennett irmã do nosso John, e o bruxo Mellark. — Katrina disse. Malkyn se aproximou em passos lentos.

— E qual é o problema com eles? Não me digam que querem que eu tome controle das mentes deles também... Hm? — nos encarou.

— Eveline Kannenberg, a que está bem na sua frente, decidiu ir contra as minhas regras... Desafiou à mim e à Katrina. Quero que me ajude a me livrar deles mais rápido...

— Essa vampira teve coragem de enfrentá-los? Uau. Quanta coragem... E o que levaria à isso? — continuou me encarando.

— Amor. — respondi. — Isso é que nos trouxe aqui.

— Amor...? Esse é o problema? — deu as costas e olhou para os Lerman. — Me chamou aqui por isso? Um casal apaixonado decidiu os enfrentar, por conta da imbecil regra de que humanos e vampiros não podem ter relações... E vocês me chamam pra resolver isso?! — franzi a testa e olhei para Leonardo. Que parecia não estar entendendo assim como eu. — Achei que fosse algo mais grave. — se aproximou deles.

— Não fale assim conosco, Malkyn. Você me deve muita coisa, então não questione os meus atos ou regras! — se levantou. — O seu dever comigo é simples... Faça tudo o que eu pedir. E nesse momento quero que se livre deles.

— Não me venha com essa de que te devo muita coisa, Leonel. Lembre-se, eu sou milênios mais velha do que você, mais forte e uma bruxa! Se eu quisesse... Você estaria morto há séculos! Sua sorte é que, bom... De fato tenho muita consideração por você. Mas não me trate como se eu fosse qualquer subordinado seu... Como faz com o coitado desse vampiro. — meu olhar parou em John. Seu olhar não estava focado em ninguém, parecia distante. Ele não se movia e nem mesmo falava.

Mais velha do que o Leonel...? Quantos anos essa bruxa deve ter? E ao que parece, ela não é como todos os subordinados dos Lerman. Alguém no lugar dela, certamente teria simplesmente abaixado a cabeça.

— Se tem mesmo essa consideração por mim, então me respeite como o seu rei. — abaixou um pouco o tom de voz.

— Me respeite também, Leonel. E não, você sabe muito bem que nunca o vi como o meu rei. Não sou da mesma laia que vocês, sugadores de sangue.

— Podemos ir ao assunto que realmente nos interessa? — Katrina perguntou. — Malkyn, obrigada por ter vindo ao castelo. Espero que possa nos ajudar.

— Ajudar? — voltou a nos olhar. — Eu achei o motivo disso tudo bem tolo. Mas tudo bem. — levantou a mão em nossa direção. — Posso acabar com isso bem rápido.

— Não! Abaixe essa mão. E não tente nada contra nós. — Leonardo disse, ficando alguns passos à minha frente.

— E por que eu faria isso?

— Porque eu destruo você. E eles. — nas mãos de Leonardo começou a surgir bolas de fogo. Malkyn pareceu surpresa, ou encantada com aquilo...

— Você tem o poder do fogo, garoto? Então realmente é poderoso. — seu olhar não saia das chamas. — Eu daria tudo para ter esse poder... — sorriu. — Mas bom, nunca o herdei.

— Malkyn... — Leonel começou mas foi interrompido.

— Espere um instante, Leonel. Não é todo dia que eu encontro um bruxo... A última vez foi quando...? Hm, acho que há 2 milênios atrás. — se aproximou. — Também foi poucas as pessoas que vi possuir esse poder. De qual clã você pertence?

— Clã?

— Ah, me esqueço que não existem mais clãs... Então, de qual família você pertence? — o olhou nos olhos.

— Mellark. — disse baixo.

— Mellark... — sussurrou. — Ah, sim. Lembro-me desse sobrenome. Foram bruxas poderosas... Muito bondosas, sabiam fazer o bom uso dos poderes. Mas parece que você não sabe...

— Eu sei exatamente com quem devo usar os meus poderes. — num piscar de olhos Malkyn estava pegando fogo.

Puxei Leonardo para o meu lado novamente. Enquanto assistimos aquela cena... Os Lerman desceram os degraus do trono rapidamente, enquanto John permanecia parado. Malkyn estava em chamas, mas ela não gritava e nem parecia sentir qualquer dor.

Ela deu alguns passos para trás ainda nos encarando. O fogo não parecia lhe afetar.

— Malkyn! — Leonel praticamente gritou. — Pare com essa idiotice.

— Cale-se... — disse tranquilamente. — Ora, bruxo... Essa foi uma boa tentativa. — as chamas pareciam estar sendo apagadas, sumindo lentamente.

— Como isso é possível? Por que você não grita de dor? Por que o fogo não lhe afeta?! — Selene perguntou. Tão surpresa como todos presentes nesse salão.

As chamas simplesmente haviam desaparecido. Não havia uma queimadura... Ou qualquer coisa que demonstrasse que ela havia pegado fogo. Ela estava intacta. Os Lerman a olhavam tranquilos, Katrina até mesmo com um sorriso entre os lábios.

Leonardo havia ateado fogo contra ela... Malkyn deveria estar nesse momento, morta. Como isso não aconteceu? Quem é essa bruxa, que ao que parece, é resistente as chamas do fogo?

— Como você pode resistir ao fogo?! — Leonardo perguntou.

—Hm... — sorriu. — Poderia ter me matado. Mas aprendi a me proteger do fogo. A proteger a minha pele das chamas... Depois que Leonel me salvou de ser queimada na fogueira junto à outras bruxas em 1230.

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