Capítulo 11

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Me virei depressa e encarei Eddie

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Me virei depressa e encarei Eddie. Ele insistia em encarar o Leonardo que certamente já devia ter notado.

— Pare de encará-lo! — disse ao homem na minha frente que parecia não ter me ouvido. — Eddie, por favor! — ele voltou a me olhar finalmente.

— O que tem? Vamos chamá-lo aqui. — antes que eu me opusesse, com um movimento rápido e sutil ele o chamou até nossa mesa. Ouvi os passos lentos do humano até nós, enquanto Eddie se levantava e o cumprimentava. — Sou Eddie Kannenberg, tio da sua amiga. — senti o olhar de Eddie na lateral do meu rosto, até parecia que estava ardendo. "Sua amiga"? Mas quem raios deu a liberdade para esse vampiro falar assim com o Leonardo?!

— Eu não queria incomodá-los, peço perdão. — a voz dele estava mais rouca, talvez pelo frio que os humanos sentiam, afinal ainda era época de inverno e a neve que tinha cessado por alguns dias já estava caindo novamente. Senti que ele me olhou, mas não fixou o olhar em mim como o Eddie estava fazendo naquele momento.

— Não tem problema. Eu já estava de saída. — o olhei enquanto ele tocou o ombro de Leonardo. — Fique, converse com a minha sobrinha. Acredito que já saiba desse jeitinho indiferente dela às vezes. — encarei Eddie e lhe dei um sorrisinho de quem queria atacá-lo ali. Jeitinho indiferente? Só por quê eu não olhei e nem falei com o humano ainda.

— Ok... — ele sussurrou e voltei a olhar para o lugar vazio na minha frente enquanto Eddie saía rapidamente do local. — Eu posso realmente ficar...? — ele continuou parado ao meu lado mas não sentia o seu olhar.

— Se você quiser. — pude o olhar finalmente quando ele se sentou no lugar que estava ocupado por Eddie. Ele estava com o rosto avermelhado por conta do frio, acredito eu.

— Você se parece com o seu tio fisicamente. O cabelo preto, liso e o formato do rosto. — como ele pode reparar nisso nos poucos minutos que falou com o Eddie? Mas bom, era verdade. Sempre me perguntei como eu poderia ser tão parecida com Eddie e Aradia, era como se realmente tivéssemos o mesmo sangue, pertencentes a mesma família.

— Nem somos da mesma família. — ele franziu a testa. — Quero dizer... Sou adotada mas realmente somos parecidos, fisicamente pelo menos.

— Ah, sim. Entendi... — ele puxou o cachecol do pescoço e colocou no canto da mesa, se preparando para dizer algo. — Você está bem? Eu não quis ser chato e ficar te enchendo de mensagens.

— Estou. E você? — ele desviou o olhar e cruzou as mãos sobre a mesa. Sinto uma mentira vindo aí. — E me responda com sinceridade. — quem era eu para exigir sinceridade?

— Vamos deixar isso para outra hora. Não é importante. — me olhou de volta. — O que minha mãe te disse exatamente? E me responda com sinceridade. — abriu um leve sorriso. Ora, me imitando, humano?

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