33. KALEL

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O grupo caminha junto. Katarina está ao meu lado mas não consigo parar de olhar pra Alana e nem faço questão de disfarçar. A vejo tirar várias fotos, até algumas com o novato e sinto o ciúmes me consumir.
Por um segundo percebo que seu tênis desamarrou, ela se abaixa para amarrar enquanto todo o resto se distancia. Percebo que Katy está rindo e interagindo com outras pessoas então percebo que essa é a melhor hora para tentar ficar sozinho com Alana. Quando percebo que as vozes já estão um pouco distante eu a puxo pela cintura quando ela se levanta para ir atrás dos demais. Tampo sua boca com minhas mãos a impedindo de fazer qualquer som e a puxo para trás entrando em uma das passagens que existe ali. Ela esperneia um pouco para tentar me soltar mas em vão. Por fim ela acaba cedendo e a solto. Ela se vira pra mim furiosa.
- QUAL É O SEU PROBLEMA KALEL? - ela grita.
- Você! - respondo mantendo a calma.
- EU? TÁ DE BRINCADEIRA NÉ?
- Você quem está brincando comigo garota com aquele emo ridículo.
- Não fala assim do Alex - ela me alerta.
- Vai defender um garoto que acabou de conhecer é isso mesmo? E que cena ridícula foi aquela de ficar tirando fotinho com ele ?
- Da um tempo Kalel, não vou ficar aqui discutindo com você.
Ela se vira furiosa para ir atrás dos demais alunos mas acaba se desequilibrando e caindo no rio que passava por ali. Percebo que ela está apavorada, e engolindo muita água e se debatendo em vão. Sem pensar duas vezes tiro minha blusa de frio, a camisa e pulo na água.
- Se segura em mim - vou em sua direção.
- Não - ela continua se debatendo.
- Você vai se afogar.
Me aproximo mais e a agarro pela cintura, sem mais resistência ela passa seu braço em volta do meu pescoço, as pernas em minha cintura e juntos saímos da água.
- POR QUE RECUSOU MINHA AJUDA? VOCÊ QUASE SE AFOGOU - a coloco sentada no chão.
- PORQUE EU NÃO QUERIA SUA AJUDA, SE NÃO TIVESSE ME "SEQUESTRADO" NADA DISSO TERIA ACONTECIDO - ela passa a mão pelos cabelos molhados tirando o excesso de água.
- Se eu não fizesse isso não teria oportunidade de falar com você a sós.
- Era só pedir imbecil.
- Se eu pedisse, você viria?
- Não.
- Então, fiz certo.
Ela revira os olhos e torce sua blusa encharcada.
- Me escuta por favor - imploro.
- Não quero ouvir você.
- Eu não consigo mais Alana.
- EU NÃO QUERO SABER!
Ela se levanta e saí pisando firme com lágrimas nos olhos pelo caminho que estava antes de eu a puxar pra trás, mas não vê e nem escuta nada. Percebo que ela começa a entrar em pânico e a andar de um lado pro outro. Está frio e ela começa a tremer e por fim se senta em uma pedra que tem por ali.
- Eles vão voltar quando notar que a gente sumiu - tento acalma la.
- Cala a boca.
- Você pode ser menos grosseira?
- Não eu não posso, isso - ela aponta pra si mesma - é culpa sua!
- Me desculpa a intenção não era essa.
- Claro que não - ela revira os olhos.
- Toma - pego minha blusa de frio e a ofereço.
- Não quero.
- Para com essa teimosia você está tremendo, só estou tentando ajudar.
- Ajudar? - ela se levanta e caminha em minha direção furiosa - Olha onde estamos, olha como eu estou. Você adora fazer isso comigo não é mesmo? - seus olhos se enchem e começam a escorrer lágrimas descontroladamente - Eu te odeio por me fazer sentir o que sinto. Você me desestrutura por completo eu era tranquila, era bem resolvida e agora sinto que não tenho mais controle de absolutamente nada e tudo por sua culpa. Eu não quero mais sentir nada disso, EU NÃO QUERO!
Ela Começa a ficar ofegante, percebo sua falta ar e o choro que se intensifica cada vez mais. Ela volta a se sentar passando as mãos pelo rosto e puxando os cabelos pra trás  tentando novamente respirar. Me abaixo diante dela e seguro seu rosto.
- Olha pra mim.
Ela recusa e tenta se desvencilhar do meu toque, mas eu insisto.
- Preciso que olhe pra mim e respire devagar.
- N..não, me solta.
- Por favor, olha pra mim - ela me encara - Isso, agora puxa o ar e solta devagar.
Ela começa a fazer o que acabei de pedir e parece estar voltando a si.
- Você está indo bem - passo a mão por seu rosto limpando as lágrimas - me desculpe, a culpa é minha eu fui um idiota com você.
Eu a abraço e no primeiro momento ela se afasta mas não desisto e ela acabo cedendo.
- Você está melhor ? - me afasto.
- Sim, como você sabia o que fazer ?
- Minha irmã, sempre que ela tem uma crise eu a ajudo. Já até me acostumei, reconheço os sinais.
- Ah.
- Me perdoa eu não sabia que eu era tão ruim pra você.
- Você me deixa confusa.
- Eu também fico confuso. A verdade é que não estou sabendo lidar com todo esse sentimento que tenho dentro de mim.
- A gente não pode ficar junto essa é a verdade. Seus pais nunca aceitarão e não quero ser humilhada daquela forma de novo.
- Eu sei disso e nem eu quero que aquilo aconteça de novo. Eu juro, não soube como reagir, me perdoa por aquilo também.
- Águas passadas.
- De verdade?
- Sim, quero esquecer aquele episódio.
- Certo - abro um sorriso - Posso te perguntar uma coisa ?
- Pode.
- Você se sentiu atraída pelo aluno novo ?
- Ele é legal.
- Isso é um sim?
- Não sei...
- Tudo bem - me levanto - Toma, veste a blusa de frio seus lábios estão ficando roxos já.
- Obrigada - ela pega a blusa.
- Será melhor se tirar a roupa molhada e vestir só essa.
- Tudo bem, pode se virar por favor ?
- Eu já vi seu corpo.
- Por favor?
- Tá bom.
Me viro pra esperar enquanto ela se troca, quando volto a olhar ela já está vestida. Meu moletom fica enorme nela o que a deixa ainda mais linda.
- Você pode tentar ligar pra alguém e dizer que estamos aqui? Eu ligaria mas meu celular caiu na água e não vou nem olhar, já sei que pifou.
- Nossa é mesmo, acho que te devo um celular novo.
- Claro que não tá maluco?
- Deixa eu fazer algo de bom pra você já que a minha presença te atormenta tanto.
- Esquece isso - ela ordena.
Pego meu celular na bolsa e ando de um lado para o outro.
- Não tem sinal.
- Droga.
- Calma, vamos ficar bem.
- Espero que sim - ela suspira e se encolhe - Então... Você e a Katarina estão juntos de novo?
- Você sabe que não.
- Claro.
- Preciso falar, desculpa mas não posso mais guardar isso pra mim.
Me acomodo próximo dela e passo a mão por seu rosto carinhosamente - Eu amo você, tento ficar longe juro que tento mas sou puxado pra você de novo. Não entendo o que acontece e nem como só sei que preciso de você. Minha vida não é mais a mesma desde que você apareceu. Eu queria muito poder me entregar a esse sentimento e queria que você me acompanhasse mas o que aconteceu agora a pouco só mostra o quanto eu faço mal à você. E se é isso que eu causo vou me afastar, eu prometo. Vou trancar a faculdade e passar o restante do semestre nos EUA, talvez eu tente entrar na faculdade de lá.
- Você não precisa fazer isso Kalel.
- Eu tenho que fazer, enquanto estiver por aqui mais cedo ou mais tarde eu irei até você. Não quero te ver com ninguém não suportaria.
- Mas eu suporto te ver com a Katarina né?
- Se você sentisse o que eu sinto também não suportaria.
- Eu não suporto - ela admite pela primeira vez em alto e bom som - eu faltei dois dias seguidos depois de ver vocês se beijando.
- Juro, aquilo não foi proposital, não entendi nada. Nós não voltamos só que ela não entende.
- Ela não entende ou é a sua válvula de escape?
- O quê?
- Você sempre volta correndo pra ela.
- Porra, eu acabo de dizer que te amo e você me diz que sempre corro pra ela?
- Eu estou mentindo?
- Está! - respiro fundo - já disse que nos conhecemos desde criança não posso simplesmente parar de falar com ela.
- Tudo bem. Nem sei por que estamos discutindo isso.
- Você me deixa louco, não sei o que fazer.
- Melhor não fazer nada, já acabamos o que nem começou - seus olhos se enchem novamente e ela abaixa a cabeça a fim de se esconder.
- Droga!
Me levanto furioso e começo a andar de um lado para o outro - Não!
- Não o quê?
Me aproximo - preciso de você, será que não entende?
Ela volta a me encarar e as lágrimas descem por seu rosto, chego mais perto e beijo sua lágrimas - por favor..
Sinto o nó se formar em minha garganta e a voz fica embargada. Estamos próximos de mais e ela me beija, respondo calorosamente a deitando lentamente no chão e me posiciono sobre ela. Minhas mãos percorrem seu corpo, ela tenta impedir mas logo desiste se entregando a cada toque.
- Preciso de você.
Sussurro enquanto beijo seu pescoço e levanto sua blusa.
- Kalel.. - Ela me alerta.
- Por favor...
Ela me puxa e me beija novamente, dessa vez com mais vontade. Suas mãos escorregam por minhas costas enquanto toco um de seus seios a fazendo gemer. Me sento e ela passa suas pernas por cima de mim subindo em meu colo.

Enquanto beijo seu pescoço ela movimento o quadril lentamente pra frente e pra trás

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Enquanto beijo seu pescoço ela movimento o quadril lentamente pra frente e pra trás.
- Você me deixa louco de verdade - aperto sua cintura e companho seus movimentos com minhas mãos. Ela para por um segundo e me encara Desabotoando minha calça jeans e ergo o quadril para que desça um pouco. Sua mão chega até meu pau e ela o segura firme movimentando pra cima e pra baixo. Solto um gemido e aperto seu pescoço enquanto beijo seus lábios. Sua pele se arrepia ao meu toque o que me deixa ainda mais excitado. Ela continua a massagear meu pau e sei que estou quase lá.
- Caralho Alana, eu vou gozar..
Após acabar de sussurrar essas palavras sinto o formigamento por meu corpo e o líquido quente sobre minha pele. Eu a encaro, sinto o meu rosto corado e beijo seus lábios.
- Você é incrível.
- Foi bom? - ela beija meus pescoço.
- Bom? Foi incrível. Minha vez..
- Hm, melhor não.
- Por que? quero retribuir.
- Eu sei, mas se aparecer alguém? Não quero nem pensar e além do mais, estamos quites agora - ela abre um sorriso.
Pego a camisa que usava agora apouco e limpo a sujeira que fizemos e a coloco de lado - mais eu quero - a puxo pra mais perto.
- Eu também mas...
- ALAAAANA...
- KALEEEEL...
- Alex? - me olha surpresa - eles voltaram - ela se levanta rápido e se recompõe - AQUI, ESTAMOS AQUI! - Ela grita e se afasta.
- Graças a Deus - Alex a envolve em seus braços - Você está molhada, o que houve ?
- Eu, ah ..
- Kalel?
- Oi Katy - me levanto totalmente enciumado com aquela cena. Quero arrancar os braços desse imbecil por tocar a minha garota desse jeito.
- Eu estava preocupada, com medo - ela me abraça e me beija.
- Eu estou bem - a afasto cuidadosamente.
- Tem certeza? - ela me encara e faz o mesmo com Alana - O quê está fazendo com a blusa do Kalel?
- Eu só...
- Não importa Katy, vamos! - Eu a interrompo antes que venha mais perguntas.
Pego minha mochila, a blusa e passo a mão por volta da cintura de Katarina. Não sei o que deu em mim, mas ver Alana tão próxima daquele cara me faz perder o juízo.
- Amiga? - Jéssica se aproxima - Eu estava preocupada, quer dizer todos estávamos.
- Eu falei pra todos andarem juntos!
O professor se aproxima de nós extremamente furioso.
- Eu sei professor mas meu tênis desamarrou e eu acabei ficando pra trás - ela se esforça para justificar nosso afastamento deixando de contar o restante do que realmente aconteceu.
- Tudo bem, agora andem juntos por favor. Vamos!

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