77. KALEL

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Observo Alana ir até o professor falar algo e depois sair da sala.
Olho ao redor e percebo que todos estão concentrados então aproveito esse momento e me levanto para ir até o professor tentando não chamar atenção dos demais exceto de Katarina que me segura pelo braço.
- Vai aonde? - ela cochicha.
- Preciso falar com o meu pai urgente. Coisa do trabalho, com tanta coisa acontecendo acabei me esquecendo.
- Você pode falar depois.
- Não, tem que ser agora.
Me desvencilho dela cuidadosamente e vou até o professor. Peço a ele para sair e ele concorda sem nem ao menos questionar.
Saio sem que ninguém note e olho pelo corredor na esperança de encontrar Alana.
Saio da sala por completo e começo a caminhar pelo corredor quando a vejo sair do banheiro. Ela está de costas e não percebe quando me aproximo.
Antes que ela feche a porta eu a paro com a mão.
- O que você está fazendo? - ela me encara.
Não respondo, apenas abro a porta e a puxo para dentro do banheiro trancando a porta.
- O que você está fazendo Kalel? Nós vamos ser expulsos caralho - ela grita.
- O que você tem na cabeça Alana? - ando de um lado para o outro.
- O que eu tenho? Tá falando de quê garoto?
- Você aceitou namorar com aquele babaca.
- Então quer dizer que você pode se casar e eu não posso namorar outra pessoa?
- Não faz isso Alana, só vou me casar com ela porque você - eu aponto para ela - praticamente me obrigou.
- Eu te obriguei a dar a ela um anel de noivado também?
- Pelo amor de Deus, foi minha mãe quem comprou e eu nem sabia disso.
- Ah claro - ela abre um sorriso sarcástico.
- Por que você não acredita em mim caralho? - passo a mãos pelos cabelos que insistem em cair sob meus olhos.
- Por que estamos discutindo sobre isso mesmo? Nós acabamos Kalel - ela tenta abrir a porta mas eu a impeço.
- Ainda não acabei - a seguro pela cintura e a puxo pra perto de mim.
Nossos rostos ficam próximos e posso sentir sua respiração quente e ofegante sob minha pele - você não pode namorar com ele.
- Posso sim - ela tenta se soltar mas eu a prendo com mais força.
- Não pode!
- Por que não?
- Porque é a mim quem você ama - sinto seu corpo amolecer em meus braços quando digo essas palavras e aproximo meu rosto do dela.
- Kalel por favor não faz isso.
- Fazer o que? Dizer a verdade?
- Você vai se casar não podemos fazer isso.
- Basta você me dizer que me quer de volta e eu acabo com toda essa palhaçada.
- Vocês vão ter um filho, eu não posso te pedir isso.
- Eu vou assumir a criança Alana.
- E vai perder todo o seu dinheiro.
- Não me importo, eu posso trabalhar com qualquer coisa.
- Kalel - ela me encara - e como vai ser quando você precisar estar ao lado dela? Ela sempre vai tentar te tirar de mim. Eu não quero passar por isso, já sofri de mais até aqui.
- Alana por favor - aproximo meus lábios dos dela - olha como você me deixa até mesmo no meio de uma discussão - pressiono meu corpo contra o dela e ela geme - sei que você está tão sedenta quanto eu - beijo seu pescoço.
- Kalel por favor - ela sussurra.
- Vai me dizer que não sente saudade disso - aperto seu seio - que não sente saudade de nós?
- Não faz isso - ela implora.
- Sou eu quem conhece você linda, seu corpo, seus pontos mais sensíveis. Ninguém vai te foder igual eu fodo - sussurro em seu ouvido - eu me caso com você e podemos arrumar um lugar só nosso.
- Não promete o que não pode cumprir - ela joga a cabeça de lado deixando seu pescoço a mostra para que eu beije.
- Eu posso, só preciso que você diga sim!
- Eu tenho dezoito anos Kalel, não vou me casar com você.
- Tudo bem, mora comigo então prometo de te foder todos os dias.
- Você é muito baixo - ela sussurra.
- Não - eu a viro de costas pra mim a encostando na porta e a abraçando por trás - eu sou apenas louco por você e faço qualquer coisa pra te ter.
Ela não diz nada e aproveito esse momento para deslizar minhas mãos para dentro de seu short que a propósito está uma delícia vestida assim.
Levo a minha outra mão livre até seu pescoço e o aperto delicadamente enquanto pressiono seu clitóris com meus dedos e começo a massagea-los.
- Você quer que eu pare - sussurro em seu ouvido e ela geme - acho que isso é uma resposta - abro um sorriso malicioso.
- Não podemos - ela diz enquanto geme - não.. - sua voz quase não saí.
- Você é gostosa pra caralho Alana.
- Você...vai.. se.. casar.. - ela diz pausadamente.
- Só porque você decidiu assim - beijo sua orelha e mordo seu pescoço - mas é você quem eu amo, é você quem eu quero passar o resto da minha vida. Quero poder te foder todas as noites - enfio um dedo dentro dela e ela se retraí.
- Não! - ela grita e tenta se livrar de mim - não, isso não vai funcionar comigo, não dessa vez Kalel.
- Desculpa eu ... - me afasto.
- Não, eu não te desculpo - ela passa a mão pelo rosto - porra você está noivo!
- Mas eu amo você, será que é difícil entender?
- Não Kalel, não é. Eu também te amo, mas nós dois não podemos mais ficar juntos e gostaria muito que você respeitasse esse espaço.
- Você tem certeza disso Alana?
- Tenho - ela parece firme.
- Ok - a encaro - meu casamento é daqui duas semanas.
- O quê? - ela parece surpresa.
- Isso mesmo que ouviu. Eu prometo que essa foi a última tentativa e você nunca vai poder dizer que eu não tentei.
Me aproximo da porta enquanto ela vem em minha direção e me abraça por trás.
- Eu te amo Kalel e sempre vou amar.
- Então fica comigo caramba - me viro para encara-la - vamos dar um jeito em tudo.
- Não posso competir com um filho, desculpa mas não posso.
- Então é isso. Não vou mais me intrometer na sua vida. Adeus Alana.
Abro a porta do banheiro e saio sem me importar com quem está do lado de fora e volto para a sala de aula.

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