41. ALANA

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Kalel me deixa sozinha no banheiro e por alguns instantes penso se não deveria ter pedido para que ele ficasse.
Termino o meu banho e me troco ali mesmo. Seco os cabelos retirando o máximo de excesso de água que consigo. Desço para o quarto ele não está, coloco as roupas sujas em um cesto que tem por lá e em seguida vou a sua procura.
Chego na cozinha e o encontro guardando várias coisas no armário.
- Quer que eu te ajude?
- Não, já estou acabando - ele sorri.
- Você comprou muita coisa.
- Não sei por quanto tempo você vai ficar, não quero que falte nada.
- Não vou ficar muito tempo, amanhã mesmo vou começar a procurar por algo, mandar alguns currículos.
- Não precisa ter tanta pressa. Parece que não quer ficar aqui comigo.
- Eu quero, quero muito mas também não quero abusar.
- Você não esta abusando - ele se aproxima.
- Só não quero mais problemas.
- E por que você teria?
- Seus pais? Se descobrirem não quero nem imaginar.
- Não vão e se descobrirem, esse chalé é meu posso colocar quem eu quiser aqui dentro.
- Mas eles não vão gostar e você sabe disso.
- Chega desse assunto ok? - ele pega uma sacola de papel branca com um lacinho e me entrega - comprei algo pra você - ele abre um sorriso.
Eu a abro com cuidado - Um celular Kalel?
- Sim.
- Meu Deus. Eu não posso aceitar - o devolvo.
- Pode sim, é um presente. Eu praticamente estraguei o seu então... - ele se recusa a pegar.
- Eu vou mandar o meu pro conserto, tá tudo bem.
- Não, é seu, estou te dando como um pedido de desculpas por tudo.
- Kalel..
- Não diz nada, só aceita por favor.
- Eu.. é...
- Seu namorado está te dando um presente e você vai mesmo recusar?
- Meu namorado? - abro um sorriso.
- Sim.
- Como vou retribuir isso? Nem emprego eu tenho ainda.
- Não estou te pedindo pra retribuir, estou te dando algo que é minha obrigação já que por minha culpa o seu caiu na água.
- A culpa foi minha na verdade.
- Não foi, se eu não tivesse feito aquilo você não tinha caído na água com ele e nem tinha se afogado - ele faz uma careta - odeio pensar que tudo aquilo foi por minha culpa. Se algo mais sério acontece com você eu nunca me perdoaria.
- Mas, se não fosse isso não estaríamos aqui agora - abro um sorriso.
- Eu amo você de mais garota - ele acaricia meu rosto- Você merece muito mais que isso e  prometo dar o meu melhor sempre.
- Obrigada - me rendo ao seu toque - eu amo você.
Ele beija meus lábios e me sinto tentada a tirar sua roupa, mas logo me recomponho.
- Quer comer algo?
- Isso é uma excelente ideia.
- Preciso te alimentar para que fique forte caso queira brincar mais tarde.
- Kalel! - dou um tapa em seu braço.
- Estou brincando - ele dá uma gargalhada - Vou fazer algo pra você.
- Você? - dou uma gargalhada.
- Sim, porque a risada ?
- Não imagino você cozinhando.
- Ficaria surpresa linda- ele dá uma piscadela - vou fazer uma macarronada tudo bem?
- Claro, eu amo macarronada.
- Ponto pra mim - ele sorri.
- Vou colocar o celular no quarto e já volto pra te ajudar tá bom?
- Tudo bem linda.
Passo por ele e sigo para seu quarto. Cheguei tão atordoada que nem havia reparado em quão grande era aquele lugar. Tem um guarda roupa embutido, uma TV, um pequeno sofá e a cama que não deixa nada a desejar. As janelas também são enormes com uma vista perfeita. Fico abismada com aquele espaço divinamente decorado. Coloco o celular em cima da cama e volto pra cozinha.
- Seu quarto é incrível - digo enquanto me sento a mesa.
- Obrigado.
- Não tinha reparado o quão grande e bonito é aqui.
- Realmente, aqui é um silêncio, uma paz.
- Verdade, deixa a gente bem tranquilo - me aproximo dele - Hmmm, esse molho tá cheirando bastante.
- Espero que goste.
- Vou amar com certeza. Posso ajudar em algo?
- Pode ir montando a mesa.
- Onde fica os pratos e talheres?
- Bem aqui - ele aponta pra um armário de madeira maciça.
Pego tudo e ajeito na mesa enquanto ele termina a macarronada e a coloca sob a mesa em uma travessa. O cheiro está divino e a aparência impecável o que faz abrir ainda mais meu apetite. Ele serve um prato pra mim e o outro pra ele. Nos sentamos um de frente para o outro e levo a primeira garfada a boca.
- Nossa...
- O quê? você se queimou? Tá muito quente né? Devia ter esperado esfriar um pouco.
- Não - abro um sorriso - isso está incrível.
- Ufa, pensei que tivesse se queimado. Que bom que gostou.
- Eu amei.
- Você ainda não viu nada linda, essa é só uma das minhas habilidades - ele abre um sorriso malicioso.
- Tá bom - dou uma risada descontraída.
Terminamos o almoço e colocamos os pratos sujos na pia, me ofereço pra lavar mas ele não permite e lava tudo sozinho enquanto eu faço companhia.
- Não sabia que você era tão fofo assim - digo o admirando.
- Não sou é você quem faz isso, sei lá só quero te ver bem.
- Você é um amor mesmo.
- Não sei se você quer ficar sozinha, mas queria passar o dia com você - ele diz enquanto seca as mãos.
- Tudo bem, sua companhia me faz bem, quero que fique.
- Ótimo - ele me abraça e me beija - Podemos configurar seu telefone agora, o que acha?
- Tudo bem.
Juntos vamos até o quarto e abro a caixa retirando o aparelho e seus acessórios.
- Bom, veio um chip de brinde, imagino que vá querer usar o seu, então por enquanto fica com esse pra gente se falar quando eu for embora e depois resgatamos seu número.
Confirmo com a cabeça e juntos começamos a configurar o telefone. Não demora muito e ele já está pronto pra uso.
- Obrigada mais uma vez.
- Não precisa agradecer meu amor. Bom, vou tomar um banho - ele se levanta.
Ele se levanta tirando a camisa deixando seu corpo a mostra. Sinto uma fisgada lá em baixo e fecho as pernas quando acontece tentando reprimir aquela sensação. Pego meu celular e começo a rodar pelas redes sociais mas minha mente não para de imaginar ele dentro do chuveiro nu com aquele corpo perfeito. Tento me livrar dos pensamentos mas em vão. Me levanto tomada totalmente pelos hormônios, não consigo controlar minhas pernas quando elas me levam até a suíte do quarto. Paro diante da porta e ouço o barulho do chuveiro sem hesitar muito acabo entrando. O banheiro está embaçado devido a fumaça do chuveiro. Ele está de olhos fechados enquanto tira o excesso de shampoo dos cabelos. Fico parada o admirando enquanto se enxagua. Lentamente ele abre os olhos e tira a água do rosto passando as mãos.
- Oi - ele sorri.
- D..desculpa, não devia estar aqui - Digo me virando de costas para ele nitidamente envergonhada.
- Não, tudo bem. Quer entrar?
- É melhor eu sair.
Antes mesmo de sair ele se aproxima e me abraça por trás, seu corpo está quente e eu me arrepio toda com o seu toque.
- Vem, sei que já tomou banho mas pode me fazer companhia se quiser - ele beija meu pescoço e algumas gostas caem sob meu ombro.
- Não sei se é uma boa ideia.
- Eu acho que vai.
Ele passa os dedos sob minha barriga me fazendo suspirar e em seguida levanta minha blusa até tirar ela por completo. Ele desce os dedos pelas minhas costas e desabotoa meu sutiã com toda delicadeza e me vira pra ele.
- Seus seios são lindos.
Meu rosto fica vermelho ao ouvir aquilo mas não me movo, não tento fugir ou me tampar. Estou embriagada por esse homem, não sei exatamente como isso vai terminar, só sei que quero descobrir. Ele escorrega os dedos molhados dentre meus seios, segue pela barriga até chegar ao botão tá minha calça. Ele a desabotoa e a tira junto a calcinha me deixando completamente nua. Seus olhos encontram os meus e eu o beijo. Uma de Suas mãos envolvem meu cabelo e a outra segura minha cintura com força. Puxo seus cabelos para trás e beijo seu pescoço.

MEU EU EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora