MEU EU EM VOCÊ

86. ALANA

Dois anos depois...

- Estou bonita pai? - pergunto o observando me olhar parado na porta do meu quarto.
- Você está incrível - ele sorri.
- Nem acredito que irei me formar - abro um sorriso enquanto me olho no espelho.
Estou usando um vestido de alça, longo azul escuro de cetim com uma abertura lateral na perna esquerda e um escarpam preto de camurça salto fino.
Meus cabelos estão presos em um coque com duas mechas soltas a frente do meu rosto.
A maquiagem optei por algo que valorizasse a cor dos meus olhos.
Um delineado nas pálpebras e uma sombra clara com um esfumaçado um pouco escuro e cílios postiços.
Nos lábios optei por um batom vermelho.
- Podemos ir? - meu pai ajeita o terno - Estou bonito?
- Claro que está meu amor - Verônica aparece ao seu lado usando um vestido mais soltinho no corpo um pouco acima dos joelhos e salto alto.
- Vocês dois estão lindos - abro um sorriso e vejo Verônica cutucar meu pai.
- Filha, antes de irmos precisamos te contar uma coisa - meu pai me alerta.
- Sem notícias ruins por favor pai.
- Não é ruim - ele sorri - Na verdade é incrível - ele me encara.
- Estamos grávidos - ambos dizem ao mesmo tempo e fico paralisada ingerido a notícia que acabei de receber.
- Grávida? Você? - aponto pra Verônica - Do meu pai?
- Claro que é meu né filha!
- Ah, desculpa não foi isso que eu quis dizer - me apresso em corrigir - e que não sabia que meu pai ainda podia fazer filhos.
- Ei, não estou tão velho assim - ele abraça Verônica pela cintura e todos caímos na gargalhada.
- Parabéns - me aproximo e os envolvo em um abraço - Você está de quantos meses? - passo a mão por sua barriga.
- Três meses - ela sorri animada.
- Nossa, isso tudo? Onde eu estava que não percebi isso? - meu olhar é de espanto.
- Dormindo na casa do seu namorado - meu pai me repreende.
- Não é sempre - reviro os olhos.
- Você mora mais lá do que aqui, não sei que milagre que foi esse de vir arrumar aqui e não lá.
- Tá, tá, já entendi. Vamos? - tento mudar de assunto.
- Esse assunto ainda não acabou Alana - ele me alerta.
- Vamos meu amor, deixe ela - Verônica acaracia seu braço.
- Concordo com Verônica, vamos.
Passo por eles e vou direto para o carro.
Pego meu celular e vejo que tem uma mensagem de Kalel.

"Você deveria estar se arrumando aqui no meu AP pra eu te foder antes de irmos a nossa formatura :("

"Justamente por isso vim me arrumar aqui. Você não ia me dar paz :'D
Estou saindo de casa agora"

" :( Te encontro lá.
beijo, amo você."

"Te amo ❤️"

Bloqueio a tela do celular e me ajeito no banco de trás do carro enquanto meu pai se dirige a faculdade.
Como de costume ele coloca um Rock N' Roll e de repente volto para minha infância, quando saíamos juntos toda sexta a noite e ouvimos rock durante todo o trajeto.
Aproveito cada minuto de nostalgia ao lado do meu pai pois sei que em breve sairei definitivamente de casa e descobrir que Verônica está esperando um bebê me conforta pois assim sei que ele não se sentirá sozinho quando eu me for.
Chegamos ao auditório da faculdade e meus olhos percorrem todo o lugar procurando por Kalel mas não o vejo.
- Filha, vamos nos sentar ali ok?
Meu pai avisa, concordo com a cabeça e o observo se acomodar nas cadeiras a frente do palco.
- Amiga - Jéssica se aproxima - Como você está gata.
- Obrigada - abro um sorriso - Você também está incrível.
- Gostou do meu vestido? - ela gira mostrando o vestido vermelho de cetim aberto nas costas.
- Eu amei, combinou muito com você.
- Obrigada - ela sorri.
- Viu Kalel por aí? - olho o celular.
- Hm, ainda não, mas olha quem está ali - ela aponta pra entrada - Alex. Agora queria saber o que essa família Villela tem, porque você ficou perdidamente apaixonada pelo Kalel e o Alex pela irmã gêmea dele - ela da uma gargalhada.
- Acho melhor você não descobrir - a encaro.
- Foi só uma brincadeira amiga - ela sorri sem graça.
- Sei, sei - dou uma gargalhada.
Alex está acompanhado de Josephine e eles caminham em nossa direção.
- Oi cunhada - ela sorri e me abraça.
- Oi Jô, oi Alex - eu os cumprimento - Então isso é oficial? - eu os encaro.
- A partir de hoje sim - Alex a abraça firme.
- Fico feliz por vocês.
- Obrigada Alana. Alex é incrível - ela o encara com o olhar apaixonada.
- Kalel já sabe disso?
- Já sei de que? - ele me abraça por trás e beija meu pescoço  - Uau - ele me vira para si - Cada dia que passa você se supera mais. Tá linda - ele beija meus lábios.
- Você também está lindo - abro um sorriso e passo o polegar por seus lábios para limpar o batom vermelho.
Ele está usando um terno azul marinho com listras discretas, uma camisa branca social com uma gravata preta e calça social conjunto do terno.
- Então, o que eu perdi? - ele passa a mão por minha cintura e olha especificamente para Josephine e Alex.
- Bom esse é o Alex .. - Josephine o apresenta.
- Eu já conheço ele Jô - Kalel responde com desdém.
- Sim, mas não o conhece como seu cunhado - ela diz com voz firme.
- Que piada ruim - ele da uma gargalhada.
- Não é piada - Alex se manifesta - Eu estou namorando a sua irmã.
Kalel o observa por alguns segundos e vejo seu corpo se irrigecer imediatamente. Ele cerra os punhos ao lado do corpo e segura firme minha cintura.
- Isso só pode ser brincadeira - ele se afasta de mim e se aproxima de Alex.
- Kalel - eu o puxo de volta - Não faz isso.
- Qual é a sua ein? Primeiro a minha garota e depois a minha irmã seu filho da puta?
- Não fala assim com ele - Josephine chama sua atenção.
- Eu entendo. Parece meio louco isso mas eu me senti atraído pela Alana, talvez por sermos tão parecidos mas a verdade é que não rolou. Quando vi sua irmã me senti ligado a ela e eu sei que você me entende porque tem a mesma coisa com Alana.
- Não ouse falar da minha garota - ele o pega pela gola de sua camisa social preta - escuta bem, se magoar a minha irmã..
- Para Kalel - Josephine tenta segura-lo.
- Se magoar a minha irmã eu quebro a sua cara, entendeu?
- Eu não vou magoar ela - Alex responde com firmeza.
- Amor por favor - eu o abraço por trás - É a nossa formatura - olho ao redor na esperança de que estejam todos ocupados de mais pra dar atenção ao que está acontecendo aqui.
Alex e Kalel se encaram por mais alguns segundos e logo em seguida se afastam.
A diretora anuncia o início da formatura e ambos nos encaminhamos para trás do palco e vestimos nossa beca de cor preta.
Eles chamam um por um e quando dou por mim já estamos oficialmente formados.
Todos nos aplaudem e juntos jogamos o capelo para o alto e nos abraçamos.
Me viro para Kalel, ele abre um sorriso que me desmonta inteira e me abraça forte.
- Parabéns meu amor.
- Parabéns minha vida - eu o aperto contra meu corpo.
- Espera um minuto - ele se afasta e caminha em direção ao microfone.
- Olá - ele fala e sua voz toma conta de todo o auditório - gostaria de um minuto da atenção de vocês. Sei que todos estão ansiosos para irem comemorar mas prometo que não vou demorar - ele me olha - Pode vir aqui meu amor?
- Eu? - pergunto assustada.
- É você amiga - Jéssica fala - vai logo - ela quase me empurra.
Caminho em direção a ele e sinto minhas pernas tremerem. Não faço a mínima ideia do que ele está tramando. Me aproximo mais e já estou praticamente ao seu lado.
Ele estende a mão e eu a seguro meio insegura e ele percebe.
- Confia em mim - ele me olha e sua voz saí como um sussurro. Faço que sim com a cabeça e ele continua - Há dois anos atrás eu estive bem perto da morte mas essa mulher aqui do meu lado me salvou - ele abre um sorriso - E eu sou eternamente grato por tê-la conhecido e por ela ter me mostrado o quão forte um amor pode ser. Quando eu acordei do coma, eu percebi que não existo sem ela e que não tinha nenhuma dúvida sobre viver com ela pelo resto da minha vida - ele faz uma breve pausa me olha e logo continua - Alana, você quer casar comigo?
Ele se vira pra mim retira uma caixinha preta de veludo de seu bolso, a abre e se ajoelha diante de mim mostrando o lindo anel de brilhantes.
Todos estão em silêncio esperando pela minha resposta e eu permaneço imóvel. Ele já havia me pedido em casamento e eu já havia aceitado mas não esperava que ele fosse fazer isso hoje e agora. Sinto meu corpo tremer e o coração acelerar e quando dou por mim já estou balançando a cabeça freneticamente.
- Sim, sim mil vezes sim!
Ele se levanta, coloca o anel em meu dedo e me beija. Todos ali presentes  vão a loucura e sinto meu rosto corar.
- Agora não dá pra voltar atrás, tem muitas testemunhas - digo em meio ao beijo.
- Não vou voltar atrás nunca futura Sra Villela - ele me abraça firme.
Todos vem nos parabenizar e uma delas me surpreende. Katarina se aproxima e me abraça.
- Parabéns. Vocês merecem toda felicidade do mundo.
- Obrigada Katarina.
- Faça ele muito feliz ok?
- Pode deixar que darei o meu melhor.
Ela apenas sorri para Kalel e se afasta. Em seguida descemos do palco e nossos pais nos esperam na saída.
- Parabéns minha filha, pelo noivado e pela formatura - ele me abraça.
- Cuida da minha filha Kalel, ela é preciosa de mais - meu pai o alerta.
- Eu sei bem disso - ele o abraça.
- Parabéns meu amor - Verônica me abraça.
- Obrigada - abro um sorriso simpático e vejo a mãe de Kalel se aproximar de mim.
- Parabéns Alana - ela engole seco - espero que vocês sejam muito felizes - ela evita olhar em meus olhos.
- Diz isso olhando pra mim sogra querida - a desafio.
- Espero que ... - ela respira fundo e me olha - vocês sejam muito felizes.
- Nós seremos - eu abro um sorriso mas não um sorriso qualquer e sim o da vitória.
- Parabéns cunhada, quero muitos sobrinhos tá bom - Jô me abraça.
- Calma garota, já está pensando nisso?
- Com certeza estou - ela sorri.
- Bom, vamos dar uma festa lá em casa e todos estão convidados - o pai de Kalel anuncia - para comemorar a formatura, o noivado dos nossos filhos e a sua promoção Marco. Vamos dar os parabéns ao mais novo gerente da nossa empresa.
- Sério? - fico boquiaberta.
Todos parabenizamos meu pai e vejo a alegria em seu olhar por ganhar uma promoção tão importante em sua carreira.
Me sinto extremamente realizada com tudo que está acontecendo.
- Então podemos ir? - Kalel me abraça.
- Sim - o encaro.
- Vamos no meu carro - ele avisa - nos vemos lá em casa.
Nos despedimos de todos e caminhamos rumo ao estacionamento. Ele ainda está cheio mas rapidamente se esvazia. Entro no carro do lado do passageiro e Kalel no do motorista.
- Pronta? - ele coloca a chave na ignição e liga o carro.
- Espera - seguro sua mão.
- Que foi? - ele me encara curioso.
- Nós nunca transamos no carro - mordo o lábio inferior e o encaro.
- O quê? - ele engole seco.
- Nós nunca transamos no carro - repito com a voz suave.
- Por um acaso você está me chamando pra transar?
- O que você acha?
Ele olha ao redor - Acho que você é uma safada gostosa.
Ele me puxa pela cintura e beija meus lábios com força. Sinto a pressão no meio das minhas pernas enquanto Kalel sobe a mão por minhas coxas até chegar a minha intimidade.
- Você está sem calcinha? - ele se afasta de repente.
- Uhum - balanço a cabeça.
- Por que? - ele me encara furioso - E se alguém visse por debaixo do palco? Qual é o seu problema Alana? - ele quase grita.
- Meu problema é querer sentar em você o tempo todo. Já saí de casa pensando nisso - o agarro pela gola da camisa - Agora, primeiro você me fode e depois você briga comigo.
Subo em seu colo e começo a me esfregar nele. Tenho urgência de sentir ele dentro de mim e ele sabe muito bem disso.
- Então você quer que eu te foda aqui dentro do carro? - sua voz saí grave de mais.
- Quero - já estou ofegante.
Ele me afasta um pouco e segura meu rosto com sua mão firme me obrigando a encara-lo. Logo em seguida ele leva o dedo indicador aos meus lábios e eu os chupo.
- Safada - ele da tapa de leve em meu rosto e em seguida aperta meu pescoço - desabotoa minha calça - ele ordena e eu obedeço sem protestar - Agora escora os braços na janela e empina sua bunda pra mim - Enquanto ele tira o terno e o joga no banco de trás eu volto a me sentar no banco do passageiro.
- Mas e se ainda tiver alguém lá fora? - começo a repensar no que acabei de sugerir.
- Você não queria que eu te fodesse no carro? - ele me desafia e coloca um dedo em mim.
- aah - eu quase grito - Sim - minha voz quase não saí.
- Então faz o que eu mandei - ele sussurra em meu ouvido.
Faço extamente o que ele mandou. Assim que fico na posição ele levanta meu vestido, me dá um tapa na bunda, solta meu cabelo e o enrola em sua mão o puxando de leve para trás.
- Kalel - gemo por seu nome.
- Preciso que fique quietinha agora.
Estou extremamente molhada quando ele me penetra.
Sinto que estou esquecendo algo mas agora nesse exato momento não consigo me lembrar o quê.
Retraío um pouco as costas enquanto ele segura minha cintura e começa a me foder com força.
Meus gemidos ficam cada vez mais alto enquanto ele me penetra com mais intensidade.
- Não grita Alana, assim vamos ser pegos - ele sussurra.
Me sinto ainda mais excitada com essa mistura de tesão com adrenalina e acabo por tapar a minha própria boca pra evitar que meus gemidos saiam altos de mais.
- Gostosa - ele bate novamente na minha bunda - Você gosta quando eu te fodo dessa forma?
- Sim - já estou quase lá.
- E eu gosto quando você senta pra mim.
Ele saí de dentro de mim e se senta no banco do motorista, subo em seu colo e coloco seu pau dentro de mim soltando aquele gemido. Ele aperta minha cintura enquanto rebolo.
- Gostosa - ele sussurra e bate de leve na minha cara.
Jogo um pouco o corpo para trás e começo a cavalgar enquanto ele me ajuda.
Intensifico os movimentos - Olha pra mim - ele manda e eu obedeço - Quero gozar junto com você - Sento cada vez mais rápido e estamos quase lá.
Sinto uma pressão vindo de dentro pra fora e sei que estou prestes a chegar ao orgasmo. Não me controlo e praticamente grito enquanto ele geme quase que ao pé do meu ouvido e juntos chegamos ao orgasmo.
Deito minha cabeça em seu peito enquanto ele me abraça.
- Você acha que precisa passar lá em casa pra se trocar? - ele me encara.
- Acho que sim - abro um sorriso e beijo seus lábios - Na verdade, preciso de um banho.
- Ok, vamos.
Volto ao banco do passageiro e seguimos para o apartamento de Kalel.