31. KALEL

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Já fazem dois dias que ela não aparece na faculdade, desde que Katarina me beijou justo em sua frente. Quando fui me explicar ela já tinha ido, tentei ir atrás mas fui impedido por Katy e talvez fosse melhor deixa lá ir, mas não posso negar, sinto sua falta, como nunca senti de ninguém antes. Pensei em ligar várias vezes ou até mesmo ir até ela, mas suas palavras estão bem vivas em minha mente "Não precisa consertar nada. Não temos nada quebrado para ser consertado", aquilo partiu meu coração de uma forma avassaladora e dói só de me lembrar.
E por mais que tente parar de pensar nela eu sempre volto a mesma coisa. - Será que ela vai na viagem com a gente? - Pergunto a mim mesma enquanto arrumo minhas coisas - com certeza sim, ela não iria perder  uma nota tão alta quanto essa.
- Conversando sozinho maninho? - Josephine entra em meu quarto e se senta em minha cama.
- Só pensando alto - sigo arrumando minhas coisas.
- Vai viajar?
- Sim, coisa da faculdade, mas volto hoje mesmo.
- Ah - ela cruza as pernas - e quando verei minha cunhada de novo?
- O quê?
- A Alana, quando a verei de novo?
- Não sei, não estamos juntos - fecho a mochila e me sento ao seu lado.
- Como assim? Pensei que aquele dia vocês tinhas se acertado.
- E nos acertamos, mas aconteceu algumas coisas e acho que não era pra ser ou ela não gosta tanto assim de mim.
- E vai voltar pra Katarina?
- Não sei.
- Oi? Ela é uma dúvida pra você? porque na minha opinião não deveria nem ser opção.
- Eu sei...
- E vai deixar a garota ir assim fácil?
- Ela não me quer Jô.
- Não foi o que pareceu aquele dia na piscina.
- O QUÊ? - grito - VOCÊ VIU?
- Bom só até a parte em que vocês começaram a se pegar na piscina, depois eu parei de ver. Não queria presenciar meu irmãozinho transando. Eca - ela faz cara de nojo.
- Não transamos - reviro os olhos.
- Ok, também não me interessa - ela se levanta - mas pense bem sobre ela. Se gosta mesmo não deixa ela escapar porque quando aparecer outro cara que dê a ela a atenção que você não deu, você pode perde lá pra sempre.
Ela beija minha testa e saí do meu quarto me deixando sozinho com meus pensamentos.
Limpo minha mente, pego minhas coisas, o meu carro e vou direto pra faculdade.
No estacionamento já tem alguns alunos conversando entre si. Desço do meu carro e a primeira coisa que faço é percorrer o lugar com os olhos em busca da minha menina, mas ela não está. Me sento sobre o capo do carro e Katarina se aproxima. Seus cabelos estão soltos, e ela está com um vestido azul e óculos escuros. Se fosse a algum tempo atrás certamente eu iria foder ela dentro do carro antes de irmos a essa viagem.
- Oi superman - ela fica entre minhas pernas e me abraça.

- Oi superman - ela fica entre minhas pernas e me abraça

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- Oi Katy.
- Pensei que fosse me chamar de Lois Lane como nos velhos tempos - ela sorri.
- Não - devolvo o sorriso sarcástico.
- Você está mal humorado?
- Não, só chateado.
- Eu te disse, ela nunca vai amar você como eu amo. Ninguém vai.
- Não quero falar sobre isso com você tá bom?
- Tá, mas eu sei que no fundo você sabe que estou certa.
A encaro e logo desvio minha atenção quando vejo Alana se aproximar.
- Aquilo é um piercing no septo? - Katy a encara - como ela é brega.
Caralho, ela sempre me supreende. Ficou dois dias sem vir a escola e quando vem me aparece vestida dessa forma e com um piercing. Minhas calças ficam apertadas só de ver ela passar entre as pessoas. Ela está incrivelmente linda e gostosa naquela saía. A imagino de costas pra mim com a saia pouco levantada e meus dedos dando a ela prazer enquanto chama por meu nome assim como fez aquela noite.
Passo a língua por meus lábios ao me lembrar daquela noite. Como eu queria me afundar naquela garota até perder a noção do tempo.
Ela olha em minha direção mas logo desvia o olhar, não entendo por quê até que percebo que Katy ainda está entre minhas pernas "droga" eu deveria me afastar. A empurro com delicadeza e desço do capo ficando de pé ao lado do meu carro com a mochila sobre meu ombro.
Ela nem se quer olha mais em minha direção, só tem olhos pra sua amiga Jéssica. Queria tanto poder abraça lá, dizer que fui um idiota ao dizer aquelas coisas e que minha vida sem ela está incompleta mas ela não quer ouvir, não mais.

MEU EU EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora