92. ALANA

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Quatro anos depois ...

Hoje é véspera de natal e todos resolvemos passar aqui em nossa casa.
Eu mesma fiz questão de preparar tudo mesmo Kalel dizendo que eu poderia pagar alguém para fazer eu quis me dar ao trabalho.
Os gêmeos me ajudaram do seu jeito todo atrapalhado e eu amei cada bagunça que eles fizeram por toda a minha cozinha.
Kalel me ajudou em praticamente tudo não porque ele queria mas por estar perto de nós.
Ele era incrível nessa história de ser pai e marido. A forma como se preocupava conosco, como fazia de tudo pra estar ao lado nosso lado a cada momento importante fazia com que eu me apaixonasse cada vez mais por ele.
- Amor preciso que dê banho nos gêmeos para que eu possa limpar a cozinha - acariciei seu rosto.
- Mama - Miguel estendeu os braços para que eu o pegasse no colo.
- Acho que eles preferem tomar banho com você - ele acaricia a cabeça de Mel que está grudada em sua perna direita feito um carrapato. - Pode ir, eu limpo tudo aqui.
- Você não deve saber nem aonde fica o pano de chão - dei uma gargalhada.
- Como você é engraçadinha - ele fez careta - Além de super pai querida, eu também sou um super marido - ele beijou meus lábios.
- Isso é verdade - o encarei.
- Alana não me olha assim que faço essas crianças dormirem e faço mais dois filhos em você - ele ameaça.
- De jeito nenhum - ela se afasta - esses dois valem por quatro - dou um suspiro.
- Se bem me lembro - ele olha para cima como se pensasse em algo - quando eu estava em coma há seis anos atrás, você disse que teríamos quantos filhos se eu quisesse.
- Amor, calor do momento - dei uma gargalhada - Vem Mel, vamos tomar banho.
- Papa - ela agarrou sua perna com mais força.
- Vá com a sua mãe pequena - ele a pegou no colo.
- Quelo fica papa - Mel recosta sua cabeça no peito de Kalel.
Mel e Miguel tinham os olhos azuis iguais aos meus e os cabelos loiros escuro.
Ela era uma menina doce mas muito travessa, me dava muito mais trabalho que o irmão.
Tenho certeza de quando juntava meu irmão Alan, Miguel e Mel era ela quem liderava a gangue.
Já Miguel era mais tímido e quase sempre ficava grudado em mim, as vezes em que se juntava a irmã era quando ela praticamente o arrastava e ele como um bom menino não retrucava e apenas a seguia.
- Olha - ele se afasta e a encara - A mamãe vai dar banho e arrumar você e seu irmão para hoje a noite enquanto o papai limpa a cozinha, aí depois você pode grudar em mim o tempo todo - ele beija seu rosto - Combinados? - ele levanta o mindinho para ela que faz sim com a cabeça e seu mindinho no dele.
Ela era grudada no pai, vivia atrás dele quando estava em casa. Toda vez que ele chegava, ao abrir a porta ela já corria em sua direção e se jogava em seus braços.
- Vem meu amor - eu a chamei e ela fez careta. Estreitei os olhos - Tudo bem, então acho que hoje vou brincar naquela banheira enorme só com o Miguel, né amor? - ele balançou a cabeça sorrindo pra mim.
- Chão, chão - ela esperniava para descer dos braços do pai e correu para o banheiro.
- Golpe baixo - Kalel sorriu pra mim.
- Mas funcionou - dei uma piscadela e segui para o banheiro.
Enquanto coloquei a banheira para encher retirei a roupa dos gêmeos e depois a minha ficando apenas de sutiã e calcinha. Estava exausta e ao entrar com eles naquela banheira pude sentir todo o meu corpo relaxar.
Eles batiam as mãos na água enquanto riam e brincavam, confesso que gostaria muito do silêncio nesse momento mas eu amo ainda mais ver a energia desses dois e toda essa bagunça.
Entro no clima com eles e quando dou por mim vejo Kalel escorado na porta nos observando com um sorriso bobo nos labios.
- Vocês pretendem passar o Natal na banheira?
- Meu Deus - encarei os gêmeos enquantos me olhavam curiosos - Eu perdi a noção do tempo.
- Eu percebi - ele pega uma toalha e enrola Miguel o retirando da água.
Eu pego a minha me viro de costas para Kalel retirando o sutiã, me cubro e tiro a calcinha, em seguida pego a toalha da Mel e a enrolo a retirando da água. Ambos vamos para o quarto dos gêmeos e juntos os vestimos.
Em Miguel colocamos um moletom preto, já que Kalel iria vestir um igual e em Mel coloquei um vestido pretinho rodado e um jaqueta vermelha por cima e eu obviamente vestiria uma roupa igual.
Deixamos as crianças deitadas na nossa cama de casal, Kalel já tinha preparado a mamadeira de ambos. Eu os entreguei e ficamos ali conversando enquanto eles mamavam.
- Eles vão dormir - Kalel os olhava.
- Mas se dormirem agora, vão acordar no meio da madrugada - bufei - Não podemos deixar, vou me trocar enquanto você interagi com eles tudo bem?
- Deixa eles dormirem - ele morde o lábio inferior enquanto me encara de cima embaixo.
- Kalel...
- Eu fico acordado com eles caso eles não durmam de madrugada - ele sorri - Eu quero você - ele me puxa me cintura e minha toalha quase caí.
- Não faz isso - meu corpo todo se arrepia.
- A gente quase não tem tempo e quando tem é bem rápido - seus olhos são de súplica - Eu estou com saudades Alana.
Desde que os gêmeos nasceram nossa vida tem sido uma loucura sem fim e muitas vezes estamos exaustos de mais para ter qualquer tempo que seja nosso e quando temos são rápidas de mais. Não posso negar que também sinto saudades dele e dos nossos momentos íntimos e começo a avaliar a possibilidade de aproveitar esse momento raro com ele.
- Olha, vou tomar banho enquanto você faz as crianças dormirem tudo bem? - Ele me puxa pela cintura e morde meu lábio inferior - Eu preciso estar dentro de você - nossos olhos se encontraram e sinto um frio na barriga.
- Tudo bem - concordo de imediato.
Ele se afastou e o frio tomou conta do meu corpo, era incrível como ele conseguia me aquecer só com o calor de seu corpo.
Me deitei com as crianças ainda de toalha e cantei algumas canções de ninar enquanto acariciava a cabeça de ambos. Não deu outra, trinta minutos depois estavam apagados.
Retirei as pequenas mãos dos gêmeos que pousavam sobre minha barriga e me levantei com todo o cuidado para que não acordassem. Os observei por um breve momento enquanto ajeitava a toalha no corpo.
Eles pareciam anjos dormindo e um sorriso bobo surgiu em meus lábios sem acreditar em tudo que estava vivendo.
Me aproximei dos dois e beijei a testa de cada um deles e em seguida saí do quarto.
Quando encostei a porta já do lado de fora me virei e dei de cara com Kalel batendo em seu peito, ele me segurou pela cintura e me encarou em silêncio.
Ele estava sem camisa, havia alguns respingos de água pelos ombros e usava uma calça de moletom preta.
Seus cabelos estavam molhados caídos sobre o rosto.
Meu corpo inteiro formigou ao sentir sua pele quente sobre a minha fria.
Seus olhos fixados nos meus me causava arrepios e estava gostando daquilo.
- Eles dormiram - sussurrei tentando quebrar toda aquela tensão sexual entre nós.
- Agora você vai ser minha - seu semblante era sério.
- Mas eles estão no nosso quarto e...
Ele não permitiu que eu terminasse e beijou calorosamente encostando meu corpo na parede fria. Correspondi sentindo a pressão entre minhas pernas. Passei meus braços por volta de seu pescoço enquanto ele devorava meus lábios.
Ele se afastou por um instante e voltou a me encarar - Temos mais três quartos aqui nessa casa, a cozinha, a sala, o banheiro social, a copa, a varanda e eu posso te comer em qualquer um desses lugares.
- As crianças podem acordar ...
- Você sabe que elas não vão acordar agora - ele abre um sorriso malicioso.
- Mas daqui a pouco nossos pais chegam para a ceia e..
- Eu vou te foder Alana - seus olhos estão fixados nos meus enquanto ele me pega no colo e quase grito.
Ele me leva até o segundo maior quarto da casa. A cama enorme forrada com lençóis brancos e uma colcha preta por cima impecável. A decoração era simples porém perfeita.
Ao lado da cama havia um espelho enorme e as paredes eram um azul escuro.
Eu amava aquele quarto e ele sabia disso. Quando tinha tempo, era pra lá que ia pra ler meus livros enquanto ele escrevia suas músicas ao meu lado.
Ele me coloca com todo o cuidado sobre a cama e começa a retirar minha toalha mas eu volto a me tampar sentindo meu rosto corar.
Meu corpo já não era mais o mesmo após a gravidez, havia a cicatriz da cesária e algumas estrias por minha barriga e isso de certa forma me deixou bastante insegura. Ele estreitou os olhos enquanto me encarava.
- Por que você está se tampando?
- Podemos fazer assim, não precisa tirar a toalha - desviei o olhar.
- Você pode achar que não reparei, mas você vive escondendo seu corpo de mim. Por que?
- Ele não é o mesmo de antes - engulo o nó que se formou em minha garganta.
- Olha pra mim - ele ordena e eu obedeço - Eu te amei antes de ser mãe e agora eu te amo ainda mais. Amei todas as suas curvas quando te conheci e agora eu as amo mais. Todos os detalhes do seu corpo me deixam com um puta tesão - ele passa as pontas dos dedos por meu ombro traçando um caminho até meus seios - Pra mim, você é perfeita e deliciosa não importa como. Tudo em você me excita - Ele beija meu pescoço e chupa a pele com força enquanto esfrega seu pau já duro em mim e eu gemo - Está sentindo o quanto estou duro pra você?
- Uhum - é só o que consigo responder.
- Então, não se esconda de mim nunca mais!

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