Alana é uma menina do interior que acaba de se formar no ensino médio e logo vai começar a faculdade, pra isso ela e seu pai precisam se mudar para uma nova cidade com novos amigos e desafios. O que ela não imaginava é que nesse novo colégio ela enc...
Acordo com o barulho do despertador e o desligo antes que a minha menina acorde. Ela tem trabalhado tanto, queria que ela me deixasse pagar essa kitnet para que não precisasse se matar tanto no trabalho e ainda carregar o peso da faculdade mas ela é muito cabeça dura.
As semanas passaram tão rápido e me sinto feliz por ter passado todos os dias aqui com a minha menina. Hoje já é sábado dia de ir visitar a minha avó. Queria tanto que ela fosse comigo, tenho certeza que ela iria amar a fazenda que minha avó mora, mas também sei que o risco de acabar sendo "maltratada" por ela era grande, então prefiro não arriscar. Na hora certa ela vai conhecer aquele lugar incrível. Me levanto tomo um banho rápido e me arrumo com todo cuidado. Pego minhas chaves e quando estou prestes a sair ouço sua voz sonolenta. - Vai sair sem nem se despedir? - ela ainda está de olhos fechados. - Me perdoa meu amor, não queria acordar você - me aproximo e beijo seus lábios - volto logo eu prometo. - Hmm - ela se senta - já estou com saudades. - Eu também - acaricio seu rosto - vê se não trabalha muito ok? - abro um sorriso. - Consegui folga pra hoje. - Sério? - Sim, me avisaram ontem a noite esqueci de comentar com você. - Bom que você descansa. - Sim e coloco as coisas da faculdade em dia. - Acho que vou ficar aqui com você - abro um sorriso. - De jeito nenhum! Vai lá ver sua avó mais tarde nos vemos na festa do Rick. - Sério, eu quero ficar com você.. - Kalel, vai logo - ela abre um sorriso. - Tá bom - beijo seus lábios - Até mais tarde meu amor. - Até. Me levanto, saio da casa da minha garota e entro no meu carro. Gasto exatos trinta minutos para chegar na minha casa, meus pais, minha irmã e Katarina estão do lado de fora ajeitando as coisas no porta-malas. - Bom dia - me aproximo. - Ah, oi meu filho que bom que chegou - minha mãe me abraça e beija meu rosto - agora que não mora mais aqui, pensei que nem iria vir. - Não vamos começar tá bom? - me aproximo do meu pai - você não me disse que Katarina ia com a gente. - Sua vó quer ver ela - ele fecha o porta-malas - ela ainda não sabe que vocês não estão mais juntos. - Mais vai saber, porque eu vou dizer a ela. - Filho por favor, sua vó não está nas melhores condições pra se preocupar com isso agora. - Oi my litlle brother - Jô se aproxima. - Oi - abro um sorriso sem graça - não sabia que você também ia. - Eu também não, mas rolou uma certa chantagem pra eu ir - ela revira os olhos - eu não queria ficar sem meu carro, então ... - Pra quê esse tanto de coisa? Vão ficar lá o final de semana? - Parece que sim. - Bom, eu não vou. Tenho compromisso. - Explica isso pros nossos pais - ela da uma risada. - Vamos? - minha mãe nos chama e abre a porta de trás do carro. - Ah, eu vou no meu carro. - Não, você vai junto com a gente - ela me encara. - Vocês vão voltar hoje? - Domingo a noite meu bem. - Então, vou no meu carro porque tenho compromisso hoje à noite. - Não, nós vamos no carro do seu pai e fim de papo. - Então eu não vou - fecho a cara e a encaro. - Ei Marta, deixa o garoto. - Obrigado pai. Minha mãe revira os olhos e entra no carro totalmente revoltada com a postura do meu pai. Josephine e Katarina entram no carro e por último meu pai. Entro no meu carro e o sigo pela estrada. A casa da minha avó é um pouco longe, gastamos exatamente 1h30 pra chegar lá. Assim que chegamos, estaciono o carro logo atrás do carro do meu pai e os ajudo a descer as malas. Katarina mal olhou pra mim e por mais que queira falar com ela penso que é melhor manter dessa forma. - Animado pro sábado em família? - Jô se aproxima. - Super animado - digo com tom de irônia. Entramos com as malas e lá estava minha avó como sempre muito bem arrumada. Se tinha uma coisa que ela era é vaidosa. Os cabelos brancos perfeitamente penteados, unhas pintadas de vermelho e um vestido de corte reto branco. - Meus amores - ela se aproxima - como é bom ver vocês - ela abraça Josephine - Como você está linda meu amor, tirando esses arames na sua cara. Meu filho, você não vai mandar ela tirar isso da cara não? - ela olha na direção do meu pai que apenas abre um sorriso em forma de resposta. - Também estava com saudades vovó - Jô a abraça e revira os olhos. - Katarina sempre impecável - ela a abraça - meu neto tem muito bom gosto - ela a encara com um belo sorriso nos lábios. - Kalel meu filho - ela se vira pra mim - está ainda mais forte que a última vez que vi você. Está lindo, aposto que deixa várias garotas suspirando por você - ela me abraça - mas logo, logo vai se casar com essa belezura aqui né? - ela aponta pra Katarina. Eu não respondo apensas observo tudo aquilo sem dizer nada. Falar agora que eu e Katarina não temos nada pode estragar todo o final de semana e minha mãe me mataria por isso. Apenas dou um sorriso simpático e ela vai até meus pais para cumprimentá-los. - Venham, vamos tomar café. Ela nos leva até a área onde ela fez questão de montar uma mesa enorme com várias diversidades. - Come Josephine você está muito magrinha. - Claro vó. Nós sentamos a mesa e começamos a comer. Meus pais e minha avó mantém uma conversa calorosa. Aproveito a distração deles pra mandar mensagem pra Alana, mas quando pego meu celular percebo que não tem sinal. - Vó tem wi-fi aqui? - os interrompo. - Não meu querido - ela abre um sorriso. - Quem não tem wi-fi em pleno século vinte e um? - Josephine fala quase que sussurrando. - Nossa avó - cochicho pra ela que caí na risada. - Bom, terminei o café e vou dar uma volta por aí, ver se tem sinal em algum lugar por aqui - me levanto e saio da mesa antes que digam qualquer coisa. Saio terreiro a fora observando a paisagem desse lugar que é perfeito. Muitas árvores espalhadas pelo quintal e um pequeno lago logo a frente. Caminho mais um pouco até o estábulo e nada de sinal. - Droga! - quase grito. - Assim você vai assustar os cavalos - Katarina se aproxima. - Oi - digo totalmente sem jeito. - Oi - ela sorri e coloca o cabelo atrás da orelha. - Não sabia que você iria vir. - Seus pais disseram que sua vó não anda muito bem e que eu deveria vir. Espero que não seja problema pra você. - Não é. - Que bom - ela se aproxima - como vai o relacionamento com a Alana? - Tá tudo bem e você como está? - Melhor a cada dia - ela se movimenta pra frente e pra trás - mas sinto sua falta. - Katarina, não vamos começar com isso. Você sabe que eu... - Eu sei Kalel - ela abaixa a cabeça. - Ei - me aproximo mais dela - não fica assim, você vai encontrar alguém que te ame de verdade e... Ela passa aos mãos em volta do meu pescoço e me abraça forte - só queria que a gente tivesse dado certo - sua voz está trêmula. - Desculpa - eu retribuo o abraço. - Você pode passar o dia comigo? Como quando éramos crianças? Esse lugar tem tanta lembrança - ela se afasta mais sem retirar as mãos do meu pescoço. - Tem mesmo - abro um sorriso - Podemos sim passar o dia juntos - a encaro - começando pelo... - Pé de jabuticaba!- Falamos ao mesmo tempo - Claro, vamos! - ela me puxa pela mão. - Sabe, estava com saudades daqui - Katarina pega uma jabuticaba a come e se senta na grama - Hmm, como isso é bom. - É bom mesmo - abro um sorriso e também como uma jabuticaba e me sento ao seu lado - Também estava com saudades daqui. - Lembra quando a gente cismou que os pintinhos eram nossos filhos? - Você me obrigou a fazer aquilo. - Não, não. Você até colocou o nome de um deles de Otávio - ela da uma gargalhada. - Só porque você não parava de me encher - abro um sorriso. - E quando você me ensinou a pescar? - ela abre um sorriso - eu peguei aquele peixe enorme que não parava de se mexer e eu não sabia o que fazer, até hoje tenho medo. - Verdade, me lembro de você gritando toda histérica com o peixe na isca se mexendo. - Nossa infância foi incrível de mais - ela se aproxima - Nosso primeiro beijo na barraca quando acampamos aqui fora lembra? - Como esquecer - abro um sorriso - eu nem sabia beijar. - Mais melhorou muito com o tempo - ela se aproxima. - Bom, obrigado, você também melhorou. - Talvez nós pudéssemos ... Ela me beija, demoro um pouco pra entender se aquilo está mesmo acontecendo mas quando dou por mim logo a afasto - Katy por favor...
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- Desculpa Kalel - ela se afasta rapidamente - me deixei levar pelas lembranças, sério me perdoa. - Tudo bem, mas não faz isso de novo. - Prometo - ela levanta a mão em forma de juramento. - Tá - é só o que consigo responder. - Vamos esquecer esse pequeno deslize e voltar a curtir esse dia lindo juntos? Eu concordo com a cabeça e continuamos nossa conversa como se nada tivesse acontecido, logo depois Josephine se junta a nós. - Qual o compromisso que você tem hoje? Posso ir junto? não quero dormir aqui - Jô se senta ao meu lado. - Aniversário do Rick. A galera vai comemorar na lanchonete nova que abriu. - Vou com você. - Ah, eu também vou - Katarina se manifesta - não vou ficar aqui sem vocês. - Tudo bem, saímos daqui às 20h em ponto e de fininho pra quem ninguém tente nós barrar ok? - Ok. -Ta bom.