MEU EU EM VOCÊ

65. ALANA

Sinto o calor de seus lábios na pele sensível do meu pescoço e sinto tudo em mim se arrepiar. Uma onda de prazer toma conta do meu corpo e amoleço em seus braços que me seguram firme evitando que eu caía.
- Você está bem? - ele se afasta um pouco e me encara.
- É que você me deixa fraca - mordo o lábio inferior.
- Isso é bom? - ele beija o canto dos meus lábios.
- Uhum - é só o que consigo responder.
Ele abre um sorriso, mas não qualquer sorriso e sim aquele pelo qual me fez ficar loucamente apaixonada. Eu não o via á dias e agora meu corpo vem reagindo a toda a saudade que eu estava sentindo dele.
Sua respiração segue ofegante enquanto beija meu pescoço e me puxa pra mais perto de seu corpo.
Puxo seus cabelos loiros me entregando a cada beijo e sensação.
Eu o amo como nunca amei ninguém e sei o tanto que ele merece ser feliz só não sei se agora sou capaz de proporcionar isso a ele.
Ele caminha em direção a porta com os lábios colados nos meus e a fecha com violência em seguida á tranca.
Ele pressiona meu corpo contra a porta retira minhas mãos do seu cabelo e as leva a altura da minha cabeça as prendendo com uma de suas mãos. Solto um gemido imediato e sei que estou pronta. Esse homem é a minha perdição.
- Eu estava com saudades - ele sussurra ao pé do meu ouvido - eu te amo Alana - a outra mão que estava até então na minha cintura passa a acariciar meu rosto - não me deixe - ele quase implora.
- Não faz assim Kalel - meu corpo amolece novamente.
- Me diga então o que você quer? - ele passa a língua em meus lábios de forma provocante - você sabe que faço tudo o que me pedir, exceto me afastar de você é claro - ele sorri e leva seus dedos até meus lábios.
Quero agarra-lo mas minhas mãos estão presas, ele adora me torturar dessa forma. Pressiono uma perna contra a outra pra tentar minimizar o impacto que suas palavras tem lá em baixo mas em vão. Meu corpo todo está em chamas e eu sinto que preciso que ele apague da melhor forma que sabe.
Inclino o rosto para frente e beijo seus lábios.
O beijo é lento explorando cada parte dos nossos lábios com total sedução. Ele sabe o que fazer e como fazer pra me deixar desse jeito.
Sua mão livre desce lentamente por meu corpo deixando um rastro de fogo por onde toca.
Ele a enfia por debaixo da camiseta preta que estou e sobe até meus seios.
- Sem sutiã? - ele me encara e passa a língua pelos lábios - você me deixa tão duro e tão excitado - ele sussurra quase como um gemido.
Suas mãos passam delicadamente pelo bico do meu seio e solto um gemido.
"Sua vadia!"
Alguns flashbacks aparece diante de meus olhos. As mãos arrancando minha roupa deixando meus seios a mostra invadem minha mente enquanto Kalel me acaricia. Uma angústia toma conta de mim e tento limpar meus pensamentos.
"É o Kalel, é ele quem está me tocando agora e eu amo. É ele quem me dá prazer" repito como um mantra pra voltar a focar no agora mas não parece resolver.
"Você não vai sair enquanto eu não provar desse seu corpo"
- Não, não, não - começo a choramingar baixinho.
- Você não gosta que eu faça isso? - ele aperta meu seio.
- Não! - grito e tento me soltar.
- Desculpa, eu.. - ele se afasta assustado - eu...
As lágrimas escorrem por meu rosto de forma descontrolada enquanto envolvo meus braços por meu corpo sentindo vergonha e nojo de mim mesma. Não o encaro, não tenho coragem apenas dou as costas para ele abro a porta de forma desesperada. Corro até o outro lado do corredor adentrando o quarto que nas últimas semanas tem sido minha casa. Fecho a porta um pouco mais forte que imaginava, me recosto nela e escorrego desabando ao chão sem conseguir controlar minhas emoções.
Ouço batidas na porta e me assusto, mas não me afasto.
- Por favor Alana me perdoa. Eu sou um idiota - Não consigo responder apenas chorar - me deixa entrar prometo manter distância eu só quero ver se você está bem.
"Claro que não está né seu idiota. Olha tudo o que a garota passou e na primeira oportunidade você está com as mãos por debaixo da blusa dela" ouço Kalel sussurrar pra si mesmo em forma de repreensão - eu juro Alana, não fiz por mau, eu não sei onde estava com a cabeça. Eu deveria ter respeitado seu tempo. Mas você estava ali prestes a me deixar e eu não sei viver sem você. Eu sou babaca, eu sei, mas um babaca que te ama e eu juro que espero o tempo que for só pra poder ter você ao meu lado por inteira. Não me importo se tiver que esperar por anos, só não desiste de nós. Eu preciso de você e por mais imbecil que eu seja sei que também precisa de mim. Por favor, apenas...
O silêncio toma conta do ambiente após todas essas palavras que de certa forma conseguiram me acalmar se cessam. Fico sentada pensando se devo ou não abrir a porta mas talvez ele já nem esteja mais aqui. Sinto um aperto no coração mas me levanto cuidadosamente e abro a porta.
Kalel está do outro lado do corredor encostado na parede e de cabeça baixa. Posso ver que as lágrimas tomam conta de seu rosto. Quero correr até ele mas prefiro manter uma distância segura, ainda não estou pronta como pensei que estivesse.
- Eu só me lembrei de tudo o que houve - minha voz quase não saí - eu não consigo fazer isso agora.
- Tudo bem, eu espero. Isso não vai ser problema. Podemos recomeçar do zero se quiser, só me deixa ficar na sua vida - ele se ajoelha - namora comigo Alana?
- Kalel, eu...
- Não precisa responder agora, só pensa no quanto fomos felizes e no quanto nos amamos e que estou disposto a esperar o tempo que for por você. Só me permita fazer da forma certa ...
- Tudo bem - digo sentindo que não tenho argumentos pra lidar com isso, não agora - eu preciso tomar um banho e me trocar resolvi que vou ainda hoje pra casa do meu pai.
- Deixa eu levar você? - ele quase implora - prometo manter a distância necessária.
- Tá, pode ser.
- Obrigado - ele abre um sorriso sem jeito.
Fecho a porta e corro para o banheiro afim de tirar toda a impureza que minha mente insiste em afirmar que tem por todo o meu corpo. Eu preciso ao menos tentar, eu o amo tanto.