Capítulo 08

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Era quinta feira, e três dias havia passado desde que Regina descobriu que Emma havia adotado sua filha e desde lá elas não tinham conversado. Emma estava em seu lugar na sala do coral, ela estava angustiada sentia que algo iria acontecer e isso estava a preocupando, Kathy voltaria no final de semana para Nova York  e na noite anterior ela havia reclamado de uma dorzinha na barriga Emma a levou pra sua cama fez uma massagem e ela adormeceu, e quando ela saiu pela manhã ela ainda dormia,  de repente seu celular toca fazendo se assustar.
G- Emma, por favor, sem celular nos ensaios? —broquei Gold ao escutar o toque do celular de Emma.
E- Desculpe professor, vou desligar. — A loira já ia desligar quando viu o nome de Mariah no visou na mesma hora seu coração apertou.- Desculpa senhor Gold mas vou ter que atender  é de casa.—Emma se afasta um pouco pra atender.
August e Regina observavam  Emma e perceberam quando seu semblante mudou o que deixou August em alerta e Regina curiosa. Emma desligou o telefone e voltou para seu lugar e começou a recolher suas coisas August percebeu que ela estava tremendo e se manifestou.
A- Emma, o que aconteceu?
E- Kathy eu preciso ir, ela não está bem, tenho que levá-la para o hospital. —Emma não percebeu,  mas já estava chorando descontroladamente,  sua filhinha estava mal é isso a apavorava.
August deu um pulo da cadeira e caminhou até a amiga e Kara também fez o mesmo, ela tinha se apegado a Kathy nesses últimos dias.
K- Ems fica calma, assim você não vai ajudar.
E- Minha filha Kah, cadê a droga das minhas chaves.—O desespero era evidente.
A- Você não veio de carro, mesmo assim não poderia dirigir nesse estado, eu levo você. —Diz pegando suas chave no bolso.
K- Eu vou com vocês. – Anuncia Kara.
A- Não Kah você pode fica e pega nossa coisa depois a gente se encontra. – Pede August
K- Okey,  mas manda notícia.
Emma e August,  sai da sala sem olhar pra traz, Emma queria pegar sua filha o, mas rápido possível, Regina que ficou em choque quando ouviu que sua filha não estava bem saiu do transe quando ouviu a porta da sala bater levantou em um pulo e saiu correndo atrás de Emma.
R- Emma espera. – Grita assim que avista a loira já no estacionamento.
E- Agora não Regina eu preciso ir pra casa.—Responde sem se virar e continua andado.
R- Eu sei, por favor, me deixa ir com você. – Suplica
Emma para de anda e encara Regina ela podia ver ali a preocupação e a angustia nos seus olhos, e por, mas que ela tivesse medo que  Kathy  sofresse com essa aproximação, ela não conseguiu dizer não ao pedido de Regina ao pedido de uma mãe.
E- Tudo bem, agora vamos, por favor,  eu preciso ver minha filha.—Voltou anda sendo seguida por Regina.
O trajeto até a casa de Emma pareceu uma eternidade quando o carro chegou na frente de sua casa Emma nem esperou ele para completamente e já desceu correndo pra dentro de casa sendo seguida por Regina  e August,. Quando entrou a cena que viu, fez seu coração apertar, Kathy, estava encolhida nos braços de Mariah com um rostinho vermelho no choro doloroso, Emma correu até a filha e a pegou no colo imediatamente ela se agarrou no pescoço da mãe, e começou a soluçar.
E– O que aconteceu? – perguntou tão rápido que mal conseguia raciocinar direito.
M– Ela começou ate febre e ela ficou alta e se queixa de dores na barriga. Está chorando e a todo tempo pedindo por você. Também pediu pela mama Gina – mencionou com a voz um pouco contida. – Eu fiquei desesperada então liguei pra você, aqui esta as coisa dela, mostrou a bolsa de Kathy arruma no sofá.
E- Okey obrigada Mariah, eu vou levá-la pro hospital, você pode ficar aqui, por favor?
M- Claro sem problema, mas, por favor, me dê noticias.
E- Pode deixar.
Kathy chorava muito e uma Emma desesperada lutava para consolá-la, enquanto caminhava para o carro.
Ka- Mamãe. Mamãe... Mamãe... cavalinho, cavalinho mamãe, Volta, ele ficô sozinho... – ela pediu, com a voz entremeada pelo choro. – Quelo o cavalinho, mamãe.
Naquele instante Regina ouviu a vozinha de sua filha sobrecarregada de soluços. E a consciência de tudo aquilo fez seu coração, já afetado, gelar.
O choro se tornou mais intenso, desesperado. Com as mãozinhas sobre a barriga, o corpo pequenino se curvou nos braços de Emma.
Para Emma foi desesperador não saber como fazer a dor passar. Sem muito pensar, ela agarrou, mas ainda para acalentar seu anjinho.
E– Já vai passar meu amor. Já vamos para o hospital, o Dr. vai fazer o dodói passar – ela tentava massagear a barriguinha dela, mas Kathy se mantinha curvada, com as mãozinhas na barriga, dificultando o cuidado.
Ka – Cavalinho... – ela implorou entre o choro.
E– Mamãe vai buscar o cavalinho – sussurrou ao dar alguns passos na direção à porta de sua casa. E foi aí que ouviu, atrás de suas costas, uma voz melodiosa, quase celestial. A voz que reconheceria em qualquer lugar do mundo, em qualquer idioma.
R- Emma.—Regina chama sua atenção.
E- Oi Regina....
R– Posso ajudar? – perguntou, hipnotizada pela presença de Kathy, que escondia o rostinho choroso na curvatura do pescoço de Emma sem se dar conta de quem estava ali.
E de repente, Regina sentiu seus braços formigarem, como que sabendo que seguraria pela segunda vez aquela que era o alvo de seu amor mais singelo. O amor de mãe.
E– Segure-a, por favor. Cavalinho ficou em casa, preciso ir buscá-lo.
Chorando, sem se dar conta de quem estava ali, Kathy se agarrou ao pescoço de Emma se negando a se afastar dela.
Mesmo contra a vontade, Emma afastou os bracinhos dela de seu pescoço e ao fazer menção de passá-la pros braços de Regina, Kathy a viu. Imediatamente a reconheceu. Ela não teve dúvidas, tampouco medo e, no minuto seguinte, os bracinhos se ergueram enquanto o corpo pequenino se inclinava na direção do colo de sua mãe biológica.
Regina estava trêmula e seus braços formavam como jamais acontecera antes. Ao sentir Kathy em seus braços a olhou intensamente. O corpo inteiro reagindo com uma torrente de emoções só sentida na primeira vez que a carregou em seus braços. Seu coração deu um solavanco dentro do peito, para logo depois voltar a bater em um ritmo diferente. Algo inspirador para a mãe que tanto sonhou em ter sua filha em seus braços novamente. Fora como se seu coração reconhecesse o chamado. O chamado da alma. O chamado do destino.
Por um instante, que pareceu parar no tempo, as duas ficaram presas em um olhar intenso, se reconhecendo, absorvendo a nova realidade de terem uma a outra novamente.
Fugando, com lágrimas no rostinho, Kathy ergueu a mãozinha direita devagar, tocando o rosto de Regina suavemente como que para ter certeza de que era mesmo real e não apenas um sonho.
Regina fechou os olhos apreciando o toque suave e singelo daquela mãozinha. O coração renovando as esperança.
Ka– Mama Gina. Você veio mesmo, eu tava te chamano...
Hipnotizada pela presença de Kathy, Regina nem percebeu quando Emma cruzou a porta de sua casa, apressada, em busca do cavalinho. Nada além sua filha atraia sua atenção agora.
E foi aí que se lembrou do que ela havia dito “Mama Gina” ela tinha dito. Um sorriso repleto de carinho surgiu no canto dos lábios de Regina enquanto sua mente fazia a associação dos fatos. Emma havia dito pra ela que ela era, aquela garotinha também a desejava como mãe assim como tinha Emma como tal. E ela não podia deixar de se perguntar por quê?.
O transe foi interrompido pelo choro intenso de Kathy, que voltou a se curvar com as mãozinhas sobre a barriga se contorcendo de dor.
Emma voltou apressada, segurando o cavalinho de pelúcia em uma das mãos. Então Regina percebeu que era o mesmo que ela havia dado no dia que elevaram. August  se aproximava de olho na cena.
A– Vamos Emma.
E– Sim – respondeu , rapidamente. Ainda segurando o cavalinho, ela estendeu os braços. – Vem com a mamãe, vem filha.
Mesmo com dor, e muitas lágrimas percorrendo seu rostinho, Kathy suspendeu o olhar ameaçando um sorriso de lado herdado provavelmente de Robin.
K- Você bucô a mama Gina, a mama Gina Agola ela vai ficá com a gente plá semple?
Com o olhar resignado, Emma não soube o que responder. Era tão estranho ter Regina tão perto, e ao mesmo tempo tão longe. Ela sempre disse a Kathy que quando sua mama Regina tivesse pronta ela voltaria pra cuidar dela também e agora ela não sabia o que Regina estava pensando tampouco o que pretendia fazer.
Regina ainda estava anestesiada pela experiência de conhecer a filha e de pegá-la pela primeira vez depois de seu nascimento. Porém, estava com medo de que tudo não passasse de um sonho, ou até mesmo, fantasia de sua mente desejosa e confusa.
Emma tentou pegar a filha de volta, mas Kathy se encolheu recusando-se a trocar de colo.
E– Vem amorzinho, você está pesada. – Ela  explicou, enquanto insistia em tentar pegá-la. Regina se recusou a entregá-la, virando um pouco o corpo de lado.
R– Eu consigo carregá-la – afirmou. – Vamos para o carro? – perguntou de forma objetiva, não dando chance para Emma retrucar. Ver Kathy sofrendo daquele jeito estava deixando-a nervosa. Tudo o que queria era que sua garotinha parasse de sofrer e que aquela dor sumisse tão rápido quanto surgiram.
Vendo que Regina estava firme em sua decisão.  Emma vai rumo ao seu carro onde August já as esperava no carro.
R– Vamos no meu carro a cadeirinha dela já está nele – ela apontou pro carro estacionado na rua.
Regina virou o rosto brevemente e reconheceu no mesmo instante o JAC prata da loira estacionado à frente do carro de August.
Elas caminharam às pressas até ele. Regina acalenta Kathy em seus braços, da melhor forma que consegui. Emma abriu a porta traseira. Imediatamente Regina notou a cadeirinha cor de rosa, no assento, e ficou satisfeita com o que virá.
Novamente Emma tentou pegar a filha, dessa vez para colocá-la na cadeirinha, mas Kathy se recusou sem querer deixar o aconchego do colo de Regina.
E– É para sua segurança meu amor. Senta na cadeirinha amor. Nós vamos ver o vovô E ele vai fazer o seu dodói passar. Você não quer que sua barriguinha pare de doer, filha? – Emma tentou convencê-la com doçura, mesmo assim, Kathy se recusou agarrando-se ao pescoço de Regina aos prantos. Seus olhinhos verdes, era um reflexo de desespero e dor.
Reginá olhava Emma, espantada, completamente abismada com a forma delicada e cheia de cainho com que ela falava com sua filha. Ela não conseguia intender como ela podia amar sua filha, como ela podia amar a filha da garota que fazia sua vida um inferno..
R– Kathy – disse Regina, com a voz suave. – Esse é seu nome, não é?
Ka- Katherine, mama, mas pode chama assim.—Responde em meio ao choro.
R– Então Kathy você senta na cadeirinha e a mamãe Emma coloca o cinto bem folgadinho para não te apertar. Eu vou aqui atrás com você, segurando sua mãozinha.
Como que concordando com as palavras, Kathy afastou os bracinhos do pescoço dela estendendo-os na direção a Emma. Ela a pegou e colocou sentada na cadeirinha, deixando o cinto frouxo para não apertar sua barriguinha. E enquanto ela fazia isso, Kathy manteve os olhinhos vidrados em Regina temendo perdê-la de vista.
Emma se afastou e fechou a porta. Usando a outra porta Regina entrou no carro, ficando ao lado de Kathy como havia prometido. August já estava dentro do carro  apenas esperou emma entra ao seu lado para da partida e ir rumo ao hospital.
O trajeto até o hospital não levou muito tempo.
Na emergência, Regina permaneceu com Kathy em seus braços enquanto Emma preenchia a ficha e toda parte burocrática. Poucos minutos depois, ela voltou e ficou sentado esperando que o nome da filha fosse chamado, mas isso não aconteceu tão rápido como imagina que seria.
Os minutos se passavam e a cada batida do relógio Kathy chorava com mais intensidade. Foram trinta minutos de muita dor e desespero, na sala de espera. Nem mesmo todo cuidado e atenção de Regina estavam conseguindo consolá-la.
Quando menos esperava Regina  viu Emma ficar de pé. Seu semblante parecia irritada. Ela começou a andar na direção do balcão da recepção. Ela a seguiu com o olhar. Tentou ler os lábios dele, para ver o que falava, mas tudo o que conseguiu entender foi: “Mas minha filha está com muita dor. Está bem que seja.”
Regina fazia carinho no rostinho de Kathy ninando-a em seu colo tentando amenizar um pouco o desconforto causado pela dor intensa na barriguinha. Enquanto Kurt sussurrava uma musiquinha buscando distrai-la
Emma  voltou aparentemente irritada, sentou, mas não levou mais que dois minutos o nome de Kathy foi chamado.
Antes mesmo que ela fizesse menção de pegar a filha, Regina ficou de pé com ela nos braços. Demonstrando interesse em ir junto. Mesmo assim Emma a pegou, dessa vez, Kathy não fez recusa, estava com dor demais para reagir.
Sem pedir permissão, ela os acompanhou deixando August sozinho na recepção. Embora preocupada.
- Desculpa, mas só a mãe pode entrar com a criança.—Uma enfermeira disse olhando diretamente para Emma. Por um segundo Emma pareceu pensar antes de responder surpreendendo Regina que já estava angustiada, imaginando que teria que esperar do lado de fora.
E- Ela é a outra mãe da minha filha, então ela vai entrar comigo.—Sem esperar resposta seguiu por um corredor, e entrou em uma sala decorada com bichinhos onde um médico jovem as atendeu. Imediatamente colocou o termômetro embaixo do bracinho de Kathy e se sentou do outro lado da mesa, ficando de frente para elas.
Apreensivo, Emma foi logo avisando.
E– Kathy foi adotada por mim quando nasceu, ela e a mãe biológica dela então não peça para ela sair pois ela não vai o Dr. Swan sabia disso.
Com um ar calmo, o médico respondeu.
MD– Ele está acompanhando um caso grave de acidente. Mais não se preocupe. Diga-me. O que há com essa princesa?
Emma olhou a filha em seu colo.
E– Ela se queixou de dor na barriga ontem à noite antes de dormir. Eu pensei que ela só queria dormir na minha cama, então fiz uma massagem e ela acabou dormindo. Hoje quando sair pela manhã ela ainda estava dormindo. Há cerca de uma hora Mariah a babá dela me ligou pedindo que eu fosse buscá-la porque estava com febre e reclamando de dores na barriga.
MD– Deu algum remédio?
E– Não, não achei prudente.
MD– Mudou algo na alimentação?
E– Apesar de ela come de tudo, não  – respondeu Emma. – Ela tem uma alimentação saudável. Mas hoje ela só comeu alimentos que já havia experimentado. Dei a mamadeira com as vitaminas enquanto ela ainda dormia. No café ela come cereal com iogurte e algumas frutas.  No almoço de acordo com a tabela alimenta dela ela comeu feijão, purê de abóbora, que ela adora. Frango grelhado e uns pedacinhos de pepino. Mas que ela comeu pouco, já reclamando do incomodo na barriguinha. Como havia  avisado Marian sobre o ocorrido, ela disse que a sentou em seu colo e ela se acalmou. Mas o desconforto foi aumentando e com ele veio febre alta.
O médico maneou a cabeça afirmativamente, demonstrando que estava entendendo. – E o intestino? – perguntou ele.
E– Uma vez por dia, na maioria das vezes logo após o almoço.
M– Notou algo diferente no xixi? Ela reclamou de dor ou ardência ao urinar.
E– Não.
MD– Posso examiná-la?
E– Claro – Emma assentiu, reforçando com um maneio de cabeça.
Ela saiu da cadeira e se ajoelhou em frente à Regina, para poder falar com a filha. Ela ainda chorava, e Emma acariciou seus cabelinhos finos escuros.
E– Anjinho – começou ela – Vovô não pode vir. Ele mandou um amigo para te examinar. Não precisa ficar com medo, ele não vai te machucar amor. Mamãe está aqui.
Emma tornou a ficar de pé e pegou Kathy no colo. A levou para a maca onde seria examinada. Com delicadeza retirou a roupinha dela, deixando-a só de frauda e a deitou na maca, permanecendo de pé ao seu lado segurando sua mãozinha.
Regina observava tudo admirada. Ainda em choque com as palavras de Emma. Jamais imaginou que a loira amava tanto sua filha. Mas não podia negar que tudo aquilo a chocava. Ela estava tão segura que Emma seria a última pessoa do mundo que faria ao por ela, mais era inegável como participava ativamente dos cuidados de sua filha. Era uma mãe zelosa e atenta, sabia dizer horários e birras. Ela era verdadeiramente a mãe de sua filha.

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