24 ~ A vontade entre nós.

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Can

Demet estava linda naquele vestido preto. Aliás, ela ficava linda em qualquer coisa, imagina sem nenhuma peça de roupa?
O idiota do Yusuf estava perto demais. Assim que deixei a mesa de Demet para recepcionar o pessoal que estava chegando, Yusuf se apossou do meu lugar. Eu não podia negar, eu estava com ciúmes. Constatar esse fato, me pegou desprevenido.
Aqui estava eu, com ciúmes de uma menina recém saída das fraudas. Logo depois do sonho em que eu a tinha em meus braços, eu não consegui parar de pensar nela, e isso estava começando a tirar minha concentração em coisas básicas, como a leitura do roteiro. Eu ficava procurando em qual momento eu poderia estar em cena com ela.
Se sem tocá-la eu já tinha sonhado com ela, depois do beijo tecnico de hoje mais cedo eu tinha até medo de fechar os olhos, quem dirá o que eu poderia sonhar.
Demet estava sorrindo para Yusuf, e ele babando com a atenção que recebia dela.
Quando ouvi a conversa deles no camarim eu tive a impressão de que ela não estava confortável com ele, mas vendo-os tão entrosados daquela forma, o ciumes me fez ver a coisa de outra forma.
Terminei de beber meu drink, conversando com os caras da equipe de som, mas meus olhos não desgrudavam de Demet. Em determinado momento nossos olhares se encontraram. Ela percebeu minha fixação em observá-la e pareceu não aguentar a intensidade, então ela disfarçava e me olhava, depois baixava os olhos. Yusuf não percebeu que ela falava com ele, mas seus olhos procuravam por mim.
Aylan, meu irmão chegou. Além do pessoal da equipe inteira de Erkenci kus, convidei Aylan, e alguns amigos mais íntimos. Özge Gürel, era uma desses amigos. Tinhamos trabalhado juntos em um projeto incrível chamado Dolunay. Projeto esse que me tornou ainda mais reconhecido em Istambul e abriu muitas portas para fora também.

- Achei que não vinham mais. - Abraçei meu irmão.
- Você sabe que Samia demora uma vida pra se arrumar, né?

Samia deu um tapa brincalhão em Aylan. Eles namoravam a pouco mais de dois anos. Samia e eu nos davamos bem na medida do possível. Ela era irmã mais nova de Kara, se pareciam muito uma com a outra, e ela era um lembrete ocasional do meu passado. Logo depois do fatídico dia do abandono na igreja, meu nome quase foi arrastado na lama. Para a mídia, Kara era um anjo injustiçado. Mas a história não era bem assim.
Cumprimentei Samia mais formalmente. Özge estava ao seu lado, eu a Abraçei calorosamente. Tinhamos uma amizade muito especial.

- Yaman... - Apertou minha bochecha. - Você não retornou minhas ligações! Quem é o novo rabo de saia?

Eu ri. Nossa conexão era incrível e não bastou muito para que Özge percebesse que havia algo diferente em mim.
Fingi procurar por alguém, sorrindo mostrei a ela que não tinha ninguém ao meu lado.

- Não tem ninguém, Senhorita Gürel.

Sorrimos todos, e acompanhei eles até o Bar. A música tinha aumentado, e a galera já começava a se soltar. Alguns dançando animadamente, outros se servindo na farta mesa de petiscos e churrasco. Eu não abria mão do churrasco.
Como a mesa de Demet estava proxima ao Bar, passei bem perto dela. A conversa não parecia mais tão animada. Demet me olhou de uma forma diferente. Seu olhar passou de mim para Özge, e não era um olhar simpático. Talvez a marrudinha também não gostasse de Özge, pelo que os jornais também diziam dela.
A noite estava em uma temperatura gostosa, bebemos alguns drinks, e reparei que Demet também não deixava o copo secar. Observei pedir um drink atrás do outro, e seus olhos as vezes cruzavam os meus.
Como sou um homem educado, e nada tem a ver com gostar de ver o circo pegando fogo... Decidi apresentar Özge a Demet.

- Özge, essa é Demet e Yusuf. - Özge muito gentilmente cumprimentou os dois. - Como você já sabe, Demet e eu somos parceiros em Erkenci kus, e Yusuf é seu acessor.
- Özge e eu já nos conhecemos. - Ele sorriu para Özge que sorriu de volta. - Como foi a viagem para Itália? Lá tem muitos lugares incríveis!
- Foi maravilhoso! Eu praticamente não descansei já que entre os ensaios fotograficos e os passeios, não sobrava muito tempo!

Eles continuaram conversando, então aproveitei para ter alguma atenção de Demet.

- Vem, quero te apresentar outras pessoas.

Seu olhar estava um pouco mais suave, mas ainda parecia desconfiada. Ela pediu licença a Yusuf e Özge.
Enquanto andavamos lado a lado, ela não falou nada, mas eu sabia que a mente não estava nada quieta. Ela tinha um rosto, além de muito bonito, muito expressivo também.

- Parece que Özge e Yusuf se conhecem bastante. - Falei, quebrando o silêncio.
- Você não deve ter gostado nada disso ne?

E então eu entendi o que se passava com Demet. Ela estava com ciumes de Özge. Prendi o riso, e continuamos a andar, agora eu e ela iamos para uma parte mais reservada da enorme mansão.

- Por que eu não gostaria? - Me fiz de desentendido.
- Me diz você. Parece que são bem íntimos...

Parei em um dos corredores, a música naquela parte da casa estava mais abafada. Estavamos sozinhos. Demet também parou, agora de frente para mim. Me encostei em uma das paredes, e ela repetiu meu gesto, encontando na parede de frente para mim, uma sobrancelha arqueada, em desafio. Ela esperava uma resposta.

- Sim, você esta certa. Özge e eu somos muito íntimos. E a muito tempo. - Estudei o rosto com calma. Estava um pouco corado, não sei se pela bebida ou se pela nossa proximidade.
- Ah... E você não se importa de deixa-lá sozinha com o Yusuf?
- Minha preocupação agora, é estar sozinho com você.

Cruzei os poucos centímetros que nos separava. Ela se surpreendeu com minha proximidade, mas não se afastou.

- E porque quer estar sozinho comigo? Só porque estamos longe da piscina não quer dizer que eu não tenha outras formar de te matar. - Sorrimos juntos.

Era tão gostoso estar com ela. Demet tinha uma personalizade ímpar. Ao mesmo passo que era como um tornado, ela também me trazia calmaria. Estavamos proximos demais, e meus dedos coçavam para tocar a pele macia.

Sedendo as minhas vontades, com uma mão toquei em seu rosto, e a outra mão deixei em sua cintura

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Sedendo as minhas vontades, com uma mão toquei em seu rosto, e a outra mão deixei em sua cintura. Ela umideceu os lábios, e me encarou. O pequeno gesto enviou arrepios ao meu corpo inteiro. Da cabeça às pontas dos pés. Eu precisava beijá-la. Precisava sentir de novo os lábios dela nos meus, mas dessa vez, sem a técnica da cena.
Nossos rostos a centímetros um do outro, a respiração se misturando.

- Can, você me perguntou ontem o que eu esperava de você...

Assenti com a cabeça, hipnotizado pelo desenho dos lábios umidos.

- Agora... Eu estou esperando que você pare de me deixar na vontade. - A voz baixa, os olhos semicerrados, e com os lábios entreabertos estavam me convidando para tomá-los para mim.

Naquele momento não havia nada inocente na menina a minha frente. E em meus pensamentos, se passavam várias formas de matar a vontade de nós dois.

Notas da autora: Eeeeeita que a brincadeira acabou. Demet chamou na pressão! Como essa vontade vai passar hein meninas? 🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥 .
Como eu sou uma amiguinha muito legal, não vou deixá-las na mão. Volto mais tarde para contar pra vocês se o Can vai seder a pressão e mostrar pra Demet como um homem maduro mata a vontade. 🙈🙊🔥

 Um Amor de Best SellerOnde histórias criam vida. Descubra agora