25 ~ Esse homem é uma perdição.

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Sanem

Quando aquela atriz linda e talentosa chegou, toda a minha auto-confiança caiu por terra. As palavras de Yusuf se tornaram pouco relevantes. Eu tentava disfarçar, e não encarar a forma como ele olhava para ela. Era um olhar de intimidade e adoração. Eu sabia que eles haviam feito uma novela juntos, e pensar nisso não me deixou confortável. Ela já tinha beijado aquela boca tantas vezes que eu não poderia contar... Isso se ainda não continuasse beijando. Então começei a beber um Dry martini após o outro. Yusuf pareceu notar minha mudança, mas não comentou nada. O tempo foi passando, e eu começei a me sentir mais leve, mais solta e com vontade de dançar.
Gulliz tinha chegado também, nos comprimentou, conversamos um pouco e logo depois ela foi se acabar de dançar com outros membros da equipe.
Eu ria dos passos malucos dela , mas mesmo assim, meus olhos sempre viajavam até o Can e sua amiguinha Özge. De repente ele começou a se aproximar da minha mesa com ela. Nos apresentou, e graças a Deus Yusuf dominou a conversa e não deixou ficar um clima estranho. Can me chamou para conhecer algumas pessoas, mas eu percebi que entravamos indo para dentro da mansão... Sendo que a maior parte das pessoas estavam na area da piscina.
Eu me controlei para não transparecer o ciúme que estava me corroendo. Como eu poderia ter ciúmes do que não era meu?
Enquanto esse pensamento passava pela minha cabeça, Can falou sobre Özge e Yusuf. Eu não sabia se o comentário que eu fiz depois deixou claro como eu me sentia, mas Can parou no corretor e me encarou. Fiz o mesmo que ele, percebendo que estar tão perto não seria o mais indicado a fazer se tratando da minha atração por aquele homem. Mas eu estava confiante. As várias doses de bebida deixaram minha mente confusa e minha boca sem controle, e quando percebi ele já estava com o corpo colado ao meu, suas mãos me envolvendo, e então mandei o controle para o inferno. Lembrei da pergunta que ele me fez no carro, na noite de ontem, e eu tinha a resposta.

- Agora... Eu estou esperando que você pare de me deixar na vontade.

Quando eu percebi, as palavras já tinham escapado a minha boca. O efeito que o cheiro e as mãos deles tinham sobre mim era devastador. Eu sentia meu corpo pegar fogo. Um alarme soou na minha mente, mas eu não queria saber de mais nada. Eu queria que ele me beijasse. Queria sentir seus braços à minha volta.
Eu nunca tinha sentido isso por alguém... E era isso que eu estava sentindo por ele: Necessidade.
Foi tudo muito rápido, e quando eu percebi já estavamos nos devorando.

Can atacava meus lábios com lascívia

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Can atacava meus lábios com lascívia. Uma de minhas mãos percorreu o caminho que meu subconsciente já desejava a algumas semanas: Os cabelos proximos a nuca de Can.
Nos beijavamos com descontrole, parecia que algo estava acabando, e tinhamos que aproveitar, as mãos de Can desceram pelas minhas costas e ele me encostou na parece, pressionando seu quadril em mim. Quando senti um volume endurecido um pouco acima do meu ventre, deixei escapar um suspiro entre os lábios procurando por ar. Tive que esfregar minhas pernas uma na outra para tentar aliviar o tesão que eu estava sentindo. Ele desceu a cabeça para o meu pescoço, também buscando por ar. Minha cabeça foi para trás, e ficamos alguns segundos recuperando as batidas descompassada dos nossos corações.
Quando Can subiu o olhar até o meu, suas órbitas estavam ainda mais escuras.

 Quando Can subiu o olhar até o meu, suas órbitas estavam ainda mais escuras

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Era desejo puro o que eu via refletido neles.
Can deu um beijo na curva do meu pescoço.

- Me desculpa, Demet. Eu não deveria ter feito isso.

Suas mãos soltaram lentamente meu corpo, e agora estavamos novamente um de frente para o outro.

- Por que você está pedindo desculpas?
- Acho melhor eu te levar pra casa.

E então a compreensão me alcançou. Ele estava arrependido dos minutos anteriores.
Eu  estava envergonhada. Baixei meu olhos para os meus saltos. Eu tinha acabado de dar o maior amasso da minha vida, e o cara estava me pedindo desculpas?
Estava claro que não sentiamos o mesmo.
O fodão Can Yaman conquistava, conseguia o queria e caia fora. Ele parou no beijo, sinal que ele não queria mesmo se envolver a esse ponto ou eu não era atraente o suficiente para ele. A realidade da forma como me deixei envolver também me alcançou. Eu praticamente pedi para que ele me beijasse.

- Eu vou pegar um Taxi. Não precisa se preocupar.

Começei a sair do corredor, Can veio atrás de mim.

- Eu prometi para sua mãe que cuidaria da sua segurança.

Eu ri com deboche.

- Sua forma de proteção é bem diferente do que minha mãe estava esperando.

Minha cabeça começou a girar um pouco, e o efeito do álcool agora era de tontura e confusão. Can me segurou antes que eu pudesse cair para trás.

- Acho que você e Dry martini não podem andar juntos.

Ele tinha acabado de me dispensar e agora fazia piadinhas sobre minha embreaguês... Eu queria me enterrar na grama ao lado da piscina. Era muita humilhação. E como se não bastasse o que já tinha acontecido, eu consegui piorar minha situação.

- Você pensa que só porque é  um grande gostoso, pode fazer o que quer?

Eu senti seu corpo tremer um pouco com a gargalhada que saiu de seus lábios.

- Será que amanhã você vai se lembrar de tudo isso? Espero que sim. Esse grande gostoso aqui não pode esperar a hora de te atazanar o juízo.

Eu choraminguei e pragueijei as doses de bebida a mais. Eu poderia ter ficado nas cinco primeiras.

Meu celular começou a tocar, Can e seu nos sentamos em sua enorme sala de estar. Tirei o celular da bolsa, olhando para a tela do celular, arregalei os olhos.

- É minha mãe! Se eu chegar assim em casa ela vai me matar!

Deixei o celular cair no meu colo, tentando achar uma saída entre os seguintes pensamentos: "Meu pai eterno, que pegada foi essa".
"Eu deveria ter ido dançar com a Gulliz".
"Meus pais vão me matar, será que terei um enterro digno?"

Todos esses pensamentos em fração de segundos.

- Quer que eu atenda? Posso dizer que você esqueceu a bolsa aqui na sala e esta com as suas amigas, ou algo assim.
- Minha mãe vai ficar uma fera comigo, Can. Eu sou uma péssima filha!

Ele sorriu, com aqueles dentes e lábios lindos. Esse homem é uma perdição.

Notas da autora: E agora? Como Demet vai se livrar dessa enrrascada? Vamos aguardar os proximos capítulos.
Amanhã não sei se vai dar pra postar, por isso postei dois hoje. Beijinho meninas, e comentem o que acharam dessa situação toda. Por que será que Can interrompeu a sessão de amassos? 🙊😝❤.

 Um Amor de Best SellerOnde histórias criam vida. Descubra agora