61 ~ Promessa é dívida

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Demet

Can falou de uma só vez uma frase que quase parou meu coração. Ele disse que me amava e me pediu em namoro. Graças a Allah eu estava sentada, pois se estivesse de pé cairia. Eu pensei que fossemos demorar um pouco a mais para etapa do namoro, e quando as palavras saltaram de sua boca eu demorei um pouco para assimilar.
Naquela manhã, no carro de Can, ele foi o homem mais carinhoso do mundo... Saber que estavamos em sintonia sobre nossos sentimentos fez as borboletas se multiplicarem em mim.
Saí do carro deixando um Can emputecido de desejo. Acenei para ele enquanto virava a esquina para entrar em meu prédio.
Eu não poderia chegar em casa e contar aos meus pais. Por mais que os dois o admirassem e sentissem carinho pelo homem que frequentou nosso lar nos ultimos meses como meu parceiro de trabalho e amigo, a noticia nos jornais, redes sociais e tv eram pesadas.
O medo de aceitar o pedido de Can em parte era por conta de toda essa turbulência que ele estava vivendo. Eu não queria ser apenas uma distração para tirá-lo desses momentos. A outra preocupação era que ele estivesse apenas empolgado e que depois tudo pudesse acabar...
O sorriso sincero e alegre dele me veio a mente quando entrei na sala de estar de casa. Sorri junto com a lembrança.

- Pelo seu sorriso, a noite não foi ruim né, irmã.

Derya estava sentada no sofá com um balde de pipocas, o notebook aberto com a página de fãs de Can aberto e a tv ligada, acompanhando as notícias. Sentei ao seu lado, com todo o peso da preocupação vindo junto comigo.

- Foi ótima, na verdade. - Beijei seus cabelos cacheados e escuros. - Pena que toda essa história ganhou repercussão.
- Estou acompanhando tudo e as páginas dos fãs estão unidas para apoiar e desmentir a cobra venenosa!

Fiz um carinho nos cabelos de minha irmã, contente por ela apoiar Can incondicionalmente. Me lembrei de todas as vezes que eu a repreendi por passar tanto tempo na internet apoiando seu astro quando ele se metia nessas redes de mentiras.

- Onde esta a mamãe?
- Na cozinha, preparando o café da manhã. Perguntei se podia ajudar, mas ela disse que eu ajudar e nada era a mesma coisa por que faço muita bagunça na cozinha dela. - Rimos juntas.

A senhora Yasemin tinha uma paixão pela culinária e sua cozinha era local sagrado. Nada de energia ruim ou desorganização entravam lá.
Passei na cozinha, e observei mamãe cantarolar enquanto preparava o café da manhã.

- A mãe mais linda do mundo acordou inspirada!

Beijei e abraçei minha mãe, ela me abraçou de volta.

- Espero que Gülliz esteja melhor. Derya disse que ela não estava passando bem.
- Ela esta melhorando...

Mamãe continuou me encarando, estreitou os olhos para mim.

- Eu soube as notícias sobre o menino Can. Espero que tudo se resolva, eu não acreditei em uma única palavra daquela mulher!

Sorri aliviada, pelo menos não teriamos problemas para convencer mamãe sobre a índole de Can.

- Eu falei com ele por telefone. - Pigarriei, quando ela abriu um sorrisinho de quem sabia mais do que deixava transparecer. - Ele vai ficar bem. Está verificando a melhor maneira de provar sua inocência.

Mamãe parou de mexer na massa de pão e encostou na pia, limpando as mãos no avental.

- Que Allah o abençoe. Eu sei que ele é um homem de bem.

Mamãe piscou para mim, com cumplicidade.
As palavras estavam quase saindo da minha boca, eu queria dizer que Can e eu estávamos juntos... Mas era melhor esperar.
Deixei mais um beijo estalado em sua bochecha e fui até meu quarto, que nesta casa era mais como uma suíte de tão espaçoso e confortável. Troquei de roupas e guardei a bolsa, peguei meu celular para colocá-lo no carregador e no mesmo instante uma mensagem de Can apareceu.

"Namorada, não vejo a hora de te ver."

Sorri igual uma idiota, lendo 10 vezes para ter certeza que aquilo era verdade.

"Eu também namorado... Obrigada pela noite. Eu sempre me divirto muito ao seu lado."

Enviei a mensagem, Can estava online e logo visualizou.

"Eu percebi como se divertiu... 😈"

Li a mensagem sem conseguir conter o sorriso, imaginando a cara de safado dele.

"Você acabou comigo, Yaman."

"Sabia que eu fico cheio de tesão quando você me chama assim?"

Abanei o rosto, sentindo-o pegar fogo.

"É mesmo, SENHOR YAMAN? 🔥"

"Aí namorada... Hoje você pegou o dia pra me provocar, né? Quando eu te pegar... A senhorita vai se arrepender."

Fiquei molhada na hora com aquela promessa indecente.

"Ah é...? E como exatamente você vai me punir?"

"Uma menina malvada como você, precisa levar umas boas palmadas."

Adeus, calcinha.

"Olha, olha Yaman... Promessa é divida."

Mandei a ultima mensagem e desliguei a tela, tinhamos ficado juntos durante uma boa parte da noite e meu corpo ainda queria mais e mais.
Desci para tomar café com meus pais. Papai falou sobre Can, e também demonstrou confiança de que tudo seria resolvido.
Conversamos sobre como estavamos e o café da manhã seguiu tranquilo.
A parte da manhã para a tarde eu me dedicaria as minhas redes sociais. Respondi algumas fãs e conversei com Yusuf também.
Desde o dia em que ele me consolou no estacionamente e colocamos a verdade na mesa, construímos uma amizade verdadeira. Ele nunca mais tentou nada, e eu realmente entendi que ele estava tentando manter nossa amizade da melhor forma possível. Ele me contou que tinha encontrado Gülliz em um barzinho na noite passada e que os dois tinham estendido a noite. Ele não me deu detalhes mas Gülliz iria dar!
As redes sociais estavam uma loucura, Kara realmente fez um estrago com sua entrevista maldosa e as discussões acaloradas na internet sobre Can cresciam cada vez mais.
A noite foi caindo, e minha ansiedade por encontrar novamente Can só aumentava. Eu não queria ir a lugar algum e nem seria prudente sermos vistos juntos, mais uma polemica para a conta dele não era uma boa ideia.
Avisei para mamãe que iria até a casa de Can, achei melhor não mentir, não contei que além de confortá-lo iriamos fazer algo a mais do que abraços e coisas de amigos.
Cheguei a casa de Can às 19:00 em ponto, ele me recebeu apenas de toalha. Ele queria me matar mesmo.
Seus cabelos pigando um pouco pela água que eu julguei ser da piscina.
Can me cumprimentou com um beijo nos lábios, tomando o cuidado para não me molhar.

- A água esta uma delícia.
- Eu não trouxe roupa de banho.
- E quem disse que precisamos disso?

Eu estava louca para saber como foi o exame de DNA, se Kara aceitou fazer sem alardes. Eu sabia que o resultado demoravam alguns dias.
Can me pegou pela mão e me levou até a área da piscina aquecida da casa.
Deixei minha bolsa pela casa e tirei os saltos.
Eu estava com um vestido azul marinho soltinho e uma jaquetinha jeans por cima.
Can tirou minha jaqueta e colocou no banco próximo, ele tirou sua toalha, revelando sua nudez e então entrou devagar na piscina.

- Vem namorada... Promessa é divina.

Notas da autora: ESSA PISCINA VAI FICAR QUENTEEEEE BRASIL!!! 😈🔥👁👄👁 Nosso casal me mata desse jeito! Volto na segunda. Beijinhos de luz! 💙

 Um Amor de Best SellerOnde histórias criam vida. Descubra agora